Capítulo 22
Yuri comprou aparelhos de barbear e espuma industrializada. Essas coisas, de fazer barba, eram conhecimentos que passavam de pai para filho. Como ele não teve pai, e seu padrasto se afastou quando ele entrou na puberdade, ficou um buraco na vida de Yuri. Nos assuntos de homem, ele era um desastrado. Por sorte, não tinha muita barba, o que lhe abreviava muito trabalho. Depilação íntima, então, era um mistério.
Entrou em casa com as compras que fez na farmácia escondidas. Separou a sacola plástica, deforma que ninguém pudesse ver o conteúdo. No quarto, escolheu a última gaveta de uma escrivaninha gasta. Teria que esperar até mais tarde para usar o banheiro com privacidade. Deveria ser um horário que ninguém estivesse observando. Não tinha o hábito de demorar no banho. Qualquer coisa que escapasse a rotina chamaria a atenção de sua mãe sempre atenta.
Tinha horas que queria entrar com a cabeça erguida, entrar no banheiro e demorar o tempo que fosse necessário. Mas tinha vergonha. E os motivos também não eram do tipo que se poderia ter muito orgulho. Como explicar que teria um encontro íntimo com uma mulher comprometida extremamente grávida? Não suportaria ser acusado de pervertido. Mas as vezes, era assim que se sentia.
Sentado, pensando, obviamente a natureza de sua relação com Karina era diferente. Ele não estava com ela porque estava grávida. Eles já estavam antes. Era incapaz de deixar de amar uma mulher porque estava diferente. Se Karina sofresse um acidente, e ficasse desfigurada, era capaz de a amar ainda mais.
A operação parecia delicada. Olhou do auto do chuveiro e começou a difícil tarefa. Havia pelos por todos lados. Logo o barbeador ficava cheio de pelos, e tinha a impressão que estava imprestável. A operação demorou um século. Quando terminou, estava coçando, e tinha a impressão de que tudo estava uma lástima. Os homens, sem dúvida, não tinham sido feitos para se depilarem. Catou os pelos do banheiro o melhor que pôde para que não restasse sinais. Colocou dentro do saco de compras, e saiu com ele do banheiro para jogar em outro lugar, qualquer um em que não fosse descoberto.
Karina acompanhou todos os passos a distância.
— Comprou?
— Sim.
Mais tarde, no meio da noite.
— Fez?
— Sim.
— Estou ansiosa pra ver. Eu te mando uma mensagem amanhã. Manda pra mim.
— Mandar o quê?
— Nudes.
— Eu não vou fazer isso.
— Porque não?
— Que graça tem?
— Você é meu ator pornô agora.
Ele ficou sem palavras. Ainda assim, não mandou foto alguma. Karina mandou a mensagem de três criaturas rochas com chifres, dando a entender que estava sendo muito má, e estava gostando daquilo.
— Que mal tem depois de tudo o que passamos? Tudo bem. Se não se sente confortável, vou te aguardar. Quando eu chamar, venha o logo. Evandro está chegando.
Na noite seguinte, durante a aula, Yuri ainda se sentia incomodado. Pinicava por baixo da roupa. Sempre que tinha uma oportunidade, saía da sala para se coçar um pouco.
Karina lhe disse para não preocupar com qualquer material. Ela teria tudo em casa. Ele deveria aguardar apenas uma mensagem. A aula terminaria tarde naquela noite e a mensagem chegou antes da última aula terminar.
— Vem agora!
Yuri não teve dúvidas. Pegou suas coisas e saiu. Os colegas ficaram assustados:
— Ei, Pit! Onde você vai? A aula não terminou.
— Eu tenho um compromisso. Anota o assunto pra mim. — Não ficou para ouvir a resposta. No ônibus, sua respiração estava pesada. Passou perto da própria casa e não parou. Segui adiante para a casa da Karina.
Todos os exames indicavam que a gravidez seguia sem complicações. A saúde de Karina estava ótima, seu humor também, e até mesmo a sua relação com a mãe tinha melhorado. A maternidade aproximou as duas. No final, mudou ambas.
O quarto estava na penumbra. Karina sentada sobre a cama estava séria usando um roupão claro. Não queria desperdiçar palavras. pegou uma toalha próxima, andou até Yuri com certa dificuldade, e o tomou pela mão. No momento em que o tocou, algo foi alterado. Sua dificuldade em caminhar foi substituída. Seu meio sorriso mexeu com o jovem, que se sentiu excitado na hora. Ela o conduziu até o banheiro, que ficava no corredor.
A casa estava silenciosa. Yuri tinha medo que fossem pegos, mas a amante estava tranquila. Como ele não percebeu antes. A mãe dela era cúmplice. Ela se recolheu ao quarto e ficou lá para dar a liberdade que a filha precisava. O que há ente as duas? O que pensam?
Os pensamentos vieram e foram embora. O toque de Karine, seus olhos na escuridão, sua aparência como uma pintura, toda a cena era digna de um poema, que ele não escrevia por algum tempo.
Debaixo do chuveiro, havia um banco de plástico. Ela deveria sentar ali. Antes de entrar debaixo da água, ela soltou o roupão, e deixou cair. Yuri a achava linda daquela forma. Ela caminhou e sentou no banco.
— Venha cá. Deixe-me ver o seu trabalho.
Ele se aproximou. O sapato ficou na entrada da casa. Antes de entrar no box, tirou as meias. Diante de Karina retirou a camisa. Quando ele ia desafivelar o sinto, ela o reteve. Ela mesmo o desafivelou e deixou a calça deslizar para o chão. Logo em seguida cuidou da última peça. O conteúdo pulou para fora, e quase atingiu seu rosto.
— Precisa melhor um pouco.
— Não tenho muita prática.
— Pra mim você sabe o bastante. Está lindo.
Yuri cuidou do restante, para afastar as peças. Ela ligou o chuveiro. A água caiu sobre seu rosto. Ela deixou entrar um pouco em sua boca aberta, e em seguida cuspiu a água no Yuri. Ela o pegou com força e pegou o sabonete.
— Quero lavar você primeiro.
— Faça o que quiser.
— Posso mesmo?
Ele não respondeu. Fechou os olhos e se entregou. Ela o lavou completamente. Lavou o topo do membro e as dobras da pele. Deslizou as mãos por baixo, e acariciou os testículos, cuidando de cada dobra, de cada linha.
— Eu quero ir mais longe.
— Vá até onde você quiser.
Então ela acariciou os anus. Ela o lavou também. Lavou a entrada, e deslizou o dedo levemente para o seu interior, sem se aprofundar.
Yuri se esforçava para gemer baixo.
— Você quer o meu cuzinho? — Ela perguntou.
— Você pode?
— É tudo o que quero hoje. Depois que você cuidar de mim. Venha. Faça. Ela desligou o chuveiro.
Ela abriu as pernas. Ele pegou o sabonete neutro e passou no local. Depois começou a deslizar o barbeador. Ele a depilou delicadamente, o tempo que foi necessário, calmamente. Quando ficava quente, ou precisava, ligava o chuveiro e a água escorria pelo corpo dela. Ele a deixou completamente sem pelos, lisa, com a pele branca aparente, uma flor cheia e pulsante como um coração. Ela de olhos fechados gemeu todo o tempo. E então ele a beijou, profundamente entre as pernas, beijou sua rosa lisa entre as pernas, deslizou a língua entre as pétalas, até atingir o bulbo, e ela despejar o néctar de seu gozo em sua boca. Então ela se ergueu e de costas pediu.
— Receba agora o que eu tenho para te oferecer.
E ele tomou o último botão da noite, umedeceu-se com sabão e a tomou até despejar o próprio gozo dentro dela.
Após isso, ele a banhou. Lavou todo o seu corpo e beijou sua boca. Na saída ele vestiu o roupão nela como faria com uma rainha. E no quarto deitou ao seu lado para ficarem abraçados.

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O Ameba
JugendliteraturYuri é um jovem negro que frequenta de favor uma escola de elite na cidade. Este é o ano em que vai enfrentar o Enem. Na sua casa, o pai foi embora, na escola os amigos se afastaram, e o dia raiou debaixo de um vendaval. Falta apenas uma coisa para...