Capítulo 7

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O colégio era uma nova realidade. Tudo mudava. E o pior é que isso era normal. Seus amigos estavam cada vez mais distantes. E novas amigas entravam em sua vida.

Karine estava a um canto conversando com suas amigas. Yuri se aproximou, e foi chamado para perto delas.

— Chega mais, Yuri. Fica aqui com a gente.

Havia entre elas mais três meninas. Simone era uma jovem branca que namorava com um dos figurões do colégio. Todos sabiam que eles tinham praticamente uma vida de casados. Tudo indicava que ele mesmo era responsável pelo pagamento da mensalidade da moça. E a velha amiga de Yuri estava entre eles,  Cassandra. Havia mais uma moça entre eles, Alessandra. Esta estava com a cara amarrada para o Yuri. Não conseguia esconder que não era de muitos amores com o nosso herói.

— Não estou querendo atrapalhar. - Ele falou se aproximando.

— Não pense isso. Fique conosco.

— Fale isso por você, Karine. — Arrematou Alessandra. — Eu não sou amiga do Ameba. E não quero ser.

— O que foi que eu fiz pra você, garota?

— Nada. Eu só não gosto de você.

— Não gostar é uma coisa. Você me odeia. Isso já não é normal. Devo ter te feito algo.

— Não fez nada. Não fale comigo! — E a menina levantou e abandonou o grupo.

As jovens ficaram sem saber o que dizer, até que Karina quebrou o silêncio.

— Espero que ninguém mais tenha outro problema com o Iuri. Da próxima vez, juro que faço antes um Juri Popular, para sentenciarmos nosso amigo a morte.

— Por mim, não tem problema. — se manifestou logo, Cassandra. — Eu sou a favor a condenar o velho Iuri primeiro a tortura. Mas o maior pecado dele é roubar o coração das moças. Isso eu não perdoo.

— Não sei que de coração você está falando. — Continuou Iuri.

— Eu prefiro nem comentar. Vou me retirando também. Por hoje, já foram muitas emoções. Vem, Simone! Vem comigo. Tenho um negócio pra falar.

— Hã? Estou bem aqui. Quero conversar com o Iuri.

— Vem, sua tonta! Eu estou te chamando.

— Entendi. Me espera.

Iuri se despediu das outras moças e ficou sem entender.

— O que foi que aconteceu? – ele perguntou finalmente para a única moça que sobrou.

— A Alessandro é doida. Não liga, não. Tenho certeza que não é nada sério. Vocês vão ser grandes amigos.

— Não estou falando disso. Estou falando da Cassandra e da Simone.

— Ah ... elas são outras doidas. Também não ligue pra isso. Sente aqui do meu lado. E aí?

— E aí, o quê?

— Como assim? Pensou como a gente vai fazer para conquistar o coração da Dido.

— Sua louca! Você quer espalhar para a escola inteira.

— E o que é que tem?

— Eu não quero ninguém saiba. Será que não percebeu?

— As pessoas já desconfiam. Não adianta esconder. A gente percebe você olhando pra ela feito um bobo.

O AmebaOnde histórias criam vida. Descubra agora