Capítulo 5

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A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas

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A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas.

Francis Bacon

Gabriel Barcellos

Acho que todos nós temos os amigos que merecemos, mas eu tinha minhas dúvidas quando analisava Matheus. Hoje mesmo ele estava me olhando com olhos curiosos enquanto buscava informações sobre minha vida.

Não me levem a mal, eu adoro esse cara. Theu é um amigo e tanto, mas ama saber da minha vida e comentar sobre ela toda vez que pode.

— Então quer dizer que você e a moreninha tiveram um encontro. — Matheus me olha sugestivo. Entendem o que eu quero dizer? — Gamou, não foi? — Com um sorriso animado, ele indaga.

— Não foi bem um encontro, mané. Foi mais um acaso na qual passamos a tarde juntos. — Pego minha caneta. — E você sabe que eu não gamo.

— Não sei mais de nada, Biel. — Ele se senta. — A única certeza que eu tenho é que você tem que parar de ser mariquinha e dar umas saídas.

— Esse papo de novo não! A vida não roda em torno de festas, Theu.

— Quem disse que eu tô falando de festas?

— Safado! — Gargalho. — E eu não estou em abstinência, não sei onde você ouviu que eu não tô trepando.

— E você não me contou? — Ele põe a mão no peito, ofendido.

— E eu lá tenho obrigação de te contar com quem eu durmo, veado? — Reviro os olhos. — Tenho mais o que fazer.

— Me sinto traído. — Ele faz uma careta. — Mas foi bom saber que você anda me escondendo coisas, assim não me sinto culpado em fazer o mesmo.

— O quê? O que você não me contou?

— A, nada demais. — Ele mostra um sorrisinho.

— Idiota.

Matheus se afasta rindo e eu suspiro.

A delegacia estava um caos hoje. O chefe do departamento não estava em seus melhores dias. Um dos melhores policiais havia pedido a conta após ser ameaçado pelo pesadelo que vínhamos tentando prender a mais de um ano.

Jorginho Matador, como o mesmo se denominava, era uns dos maiores criminalistas de São Paulo. Roubava, matava e contrabandeava como queria.

Muitos policias já pegaram o caso, mas nenhum conseguia prender o sujeito. Jorginho era inteligente e sabia nos enganar direitinho.

Ouso dizer que o cara nos botava no chinelo quando queria.

Era muito difícil saber como as coisas se desenrolariam quando se tratava dele, e isso causa uma grande dor de cabeça para Henrique, meu chefe.

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