Capitulo 1

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Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade

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Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.

Carlos Drummond de Andrade

Laís Silva

Eu sempre pensei nas coisas de um modo simples. Para mim, a vida tem que ser vista de maneira com que se aproveite o máximo.

Porém, ultimamente venho dado o menos possível de seriedade a isso. Claro, não por querer, mas as circunstancias não me deixavam seguir o curso que desejava.

A vida adulta veio como um peso morto para mim, ainda mais fora da minha zona de conforto. Me mudar de Minas para São Paulo me fez perceber um mundo extremamente diferente do qual eu estava habituada.

Hoje, pago meu próprio apartamento e trabalho mais do que deveria. Mas eu não poderia reclamar, como dizia Sid: "Apesar de parecer ruim, existe um arco íris em cada canto".

Nesta noite, um bom ar percorria pelas janelas abertas. Os pelos dos meus braços se arrepiavam com o frescor.

Júlia, minha melhor amiga, sorria alegremente para mim.

E com toda certeza do mundo ela queria alguma coisa, não era de sua natureza me olhar daquela forma pidona sem que fosse algo do gênero.

— Vamos, olha isso! — Júlia me mostra seu celular, onde a foto de uma boate recém-inaugurada fora postada. — Por favor, Laís.

— Não estou a fim de boate hoje. Acho que vou trabalhar um pouco.

— É sábado, porra! — Júlia ergue as mãos indignada. — Tem uma livraria perto da boate, eu compro dois livros para você se a gente for.

— Três!

— Certo, sua esperta. — Uma carranca se forma em seu rosto. — Agora se arruma, e se você por uma calça juro que não compro livro algum.

Gargalhando, sigo até meu guarda roupa.

— Ouvi dizer que o dono só tem vinte três anos, um bebê. — Ela ri, vestindo seu vestido. — Mas boatos me disseram que ele é gato pra caramba e melhor ainda, tem mais cinco irmãos.

— Nem deve ser tudo isso. — Balanço minha cabeça em descaso. — Você sabe que as pessoas tendem em aumentar as coisas.

— Não sei não, em. Já ouvi falar muito dos irmãos Barcellos e todas as fofocas sugerem a beleza da família.

— Se for é bom que a gente faz a festa.

— Sabia que se eu falasse de homem você ia se interessar, danada. — Um sorriso sugestivo surge em seus lábios.

— Não é por que eu sou viciada em livros que não curto um bom homem.

Rindo, Júlia abre minha paleta de sombras. E sem demora, eu me junto a ela.

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