Capítulo 18

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Para fazer uma obra de arte não basta ter talento

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Para fazer uma obra de arte não basta ter talento. Não basta ter força. É preciso também, viver um grande amor.

Wolfgang Amadeus Mozart


Laís Silva

Eu gostaria de lhes dizer que eu e Gabriel estávamos nos comportando como o habitual. A! Como eu queria!

Mas a realidade era um pouco mais dura. Nossos dias se passaram sem muito contato, apesar de querermos, é claro.

As coisas entre nós não se estragaram por causa do ocorrido, gosto de pensar que nossa sintonia é mais forte do que isto. Porém, com toda a correria de nossa vida, nossos horários simplesmente não batiam mais.

E para ser sincera, sinto um leve desconforto só de pensar sobre isto. Sinto falta de tudo o que ele me proporcionava, desde as risadas até os sermões quando eu queria desistir de tudo.

Por isso, cheguei à conclusão que nós tínhamos que, o mais rápido possível, concertar nossas vidas e voltar a se comportar como dois amigos que dividem o AP.

Desta forma segui decidida até a sala, nesta qual, ele permanecia com a cara enfiada naquelas pastas repletas de papéis.

— Bi, a gente tem que conversar.

— Pô, Flor. — Com um olhar preocupado ele larga seus papéis. — Isso soou como algo sério, o que houve?

— Nós. — Aponto para nossos corpos. — Sei que estamos corridos, mas nem parece que somos amigos mais.

— Não discordo.

— Pois é, sinto falta de nossa amizade. Por isso achei necessário termos uma conversa.

Com o olhar repleto de significados,  ele põe sua mão sobre a minha. Sinto o leve formigar - que a esta altura já não era tão desconhecido -, e coloco minha cabeça sobre seu ombro.

— Vim pensando sobre tudo nesses últimos dias. — Continuo.

— E chegou a qual conclusão?

— Uma bem obvia, na verdade. Constatei que mesmo com tudo o que houve, você ainda é uma das minhas pessoas favoritas.

— Você é a minha pessoa favorita, Flor. — Um sorriso preguiçoso, daqueles que derretem todos que tem o prazer de ver, se ergue em sua boca.

Tento sem sucesso não me sentir envergonhada. Acho que virou rotina quando o assunto é Gabriel. Seus olhos me analisaram durante alguns segundos antes que ele voltasse a falar.

— Vem cá. — Ele ajeita uma almofada em seu colo. Deito-me sobre ela e ergo meus olhos para encara-lo. — Sabe no que eu estava pensando?

Aceno minha cabeça em forma negativa e espero sua resposta. Bi me encara por alguns segundos antes de soltar um longo suspiro.

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