Capítulo 3

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Se você continua vivo é porque ainda não chegou aonde devia

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Se você continua vivo é porque ainda não chegou aonde devia.

Albert Einstein

Laís Silva

Meu corpo permaneceu extasiado durante cerca de cinco minutos. Meu coração podia ser ouvido a quilômetros de distância e mesmo que eu dissesse a mim mesma que já havia acabado, minha mente congelara naquele momento caótico.

Encaro os livros jogados ao chão e suspiro. Minha má sorte tinha demorado para dar as caras, agora sei que nossa trégua acabou.

— Moça. — O atendente me chama. — Você está bem? Quer que eu chame a ambulância?

— Não. — Minha voz sai com um fiapo. — Estou bem, só um pouco traumatizada.

— Todos estamos. — Em suspiro cansado, ele me olha.

Caminho devagar até a porta e aceno assim que saio do estabelecimento. Júlia, com um olhar preocupado, me esperava diante da livraria.

— Laís, meu deus! — Ela corre até mim. — Está tudo bem? Você se machucou?

— Não. Foi só um susto, a polícia chegou antes. — Ponho minha mão sobre o peito.

— Você não sabe como eu me preocupei garota. — Ela solta um suspiro. — Achei que ia te perder, nunca mais faça isso!

— Pode deixar, não pretendo mesmo. — Dou uma risada fraca. — Sabe o que é pior?

— O quê? — Seus olhos se arregalam. — Fala mulher!

— Ao final de contas nem comprei meus preciosos. — Faço um bico.

— Só você mesmo, Laís. — Ela ri me abraçando. — Pensando em livros depois de ser feita de refém.

— No que mais eu poderia pensar? — Dou de ombros. — Sabe que livros são meu porto seguro.

— Ata. — Ela assente revirando os olhos. — Talvez naquele policial lindo que eu vi saindo, foi ele quem te salvou?

— Sim. E achei ele um pedaço de mal caminho, caramba! — Sussurro e logo rio. — Ele tem olhos lindos.

— Olhos. — Júlia gargalha. — Aquele homem tem tudo de bom e aposto que não são os olhos, Laís.

— Larga a mão de ser pervertida. — Repreendo.

— Não posso fazer nada, é o meu jeitinho. Giovana já entrou, se você não quiser mais entrar, tudo bem viu? — Ela me mostra as chaves do carro. — Depois eu vou com a Gi.

— Nada disso. Tenho que tirar minha cabeça de minha quase morte.

Sorrindo, a acompanho para dentro do local. E assim que entramos, pude perceber o porquê do grande ibope da boate.

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