Capítulo 11

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A felicidade é como a saúde: se não sentes a falta dela, significa que ela existe

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A felicidade é como a saúde: se não sentes a falta dela, significa que ela existe.
Turgueniev, Ivan.


Gabriel Barcellos

O sorriso que permeava o rosto de Laís fazia com que o meu se abrisse. Mamãe e ela conversavam sobre muitas coisas enquanto eu a avaliava descaradamente.

Meu pai e os meninos provavelmente chegaria a qualquer momento, e eu temia a reação deles. Não por nada muito específico. Mas sim, porquê algum deles poderiam fazer tempestade em copo d'água apenas por Laís estar aqui comigo.

Pode ser estranho para ela a reação de meus familiares, mas é mais que compreensivo que ele as tenha. Não trago uma mulher aqui desde Daiane. Na verdade, sinto um misto de dor e felicidade ao constatar meu progresso desde que conheci Laís.

Obvio que não pretendo namora-la, isto nem passou por meus pensamentos. Porém, ter sua amizade é mais do que reconfortante.

Devagar, os minutos foram se passando. Flor e minha mãe pareciam se divertir as minhas custas enquanto riam de alguma coisa que eu tenha feito anos atrás.

— Filho. — A voz de minha mãe soa. — Seu pai acabou de mandar mensagem, o pneu do carro furou. Eles vão demorar um pouco mais.

— Acho que vamos embora então. — Encaro Laís. — Outro dia a gente volta. Temos um grande dia amanhã.

— Por quê? — Um sorriso se forma no rosto de minha primogênita.

— Estamos nos mudando para um apartamento, achamos conveniente já que ambos precisam se mudar. — Dou de ombros tentando evitar os olhos avaliativos de mamãe.

— Vão morar juntos? Vocês estão namorando e não querem me contar, não é? — Sua voz vacila em um drama digno de novela. — Você e James não tem consideração comigo.

— Nada disso, Carol. — Laís se apressa em falar. — Somos amigos, mas tive problemas em meu apartamento e decidimos dividir um.

— Isso, sua dramática. — Sorrio. — Além do mais, a senhora sabe que venho querendo me mudar a um tempo. Eis a oportunidade.

— Se é assim, fico feliz por vocês. — Mamãe abre um sorrisão. — Me chamem para conhecer o lugar, estarei esperando ansiosa.

Rindo, Laís se despede de todos e logo seguimos para as grandes ruas de São Paulo. Meu coração batia vacilante assim que descansei minhas costas sobre o colchão macio de minha cama.

Tinha certeza de que as coisas seriam diferentes a partir de amanhã. Tudo o que eu poderia pedir é que desta vez, tudo saísse bem.

 Tudo o que eu poderia pedir é que desta vez, tudo saísse bem

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