Capitulo 8

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Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado

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Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado.
Platão

Laís Silva

— Laís! — Uma voz soa ao mesmo tempo em que meu corpo fora chacoalhado. — Anda sua fedorenta.

— Para de ser chata, Júlia. — Resmungo ao abrir os olhos. — O que você está fazendo aqui?

— Tive que vir, você não estava atendendo o celular. — Ela se senta na beirada da cama. — E não sabe a surpresa que tive quando vi um homem jogado em seu sofá!

— No sofá? — Franzo a testa. — Gabriel! Pensei que tivesse sido um sonho.

— Nossa! Ele é tão bom assim? — Júlia se espanta. — Não é à toa que temos boatos sobre os Barcellos. E aí, como foi?

— Não fiz isso com ele, Júlia. — Arregalo os olhos. — Ele veio aqui de madrugada e estava bêbado. Como uma boa amiga que eu sou, ofereci o sofá.

— Amiga? Quando vocês viraram amigos?

— Depois de nossos dois encontros. — Falo me levantando. — Ontem ele veio aqui em casa. Além disto, Gabriel é bem amigável.

— Sei. — Ela sorri sugestiva. — Sem bem o amigável que ele é, Laís. Não se faça de sonsa, um homem destes não é só amiga de uma mulher linda como você.

— Talvez ele seja. — Faço uma careta. — Vamos, vou me arrumar. Tenho planos para hoje.

— Com ele, aposto. — Ela retorna com o sorriso. — Não sei não, amiga.

— Não sabe nada mesmo. — Pirraço. — Só vamos treinar, Gabriel vai me ensinar a lutar. Eu disse que ele é amigável.

— Não duvido que seja mesmo, já disse. — Ela dá de ombros. — Se importa de eu ficar aqui hoje? Meu AP está infestado de mosquitos, o sindico disse que não posso voltar lá.

— Claro que pode. — Sigo até a cozinha. Encaro Gabriel por entre a porta e sorrio. Ele estava literalmente jogado sobre o sofá, um dos braços pendido para fora, enquanto o outro cobria seus olhos.

— Para de encarar ele, sua pervertida. — Júlia sussurra. — O coitado está sendo bolinado e nem sabe!

— Sai daqui. Para com isso, idiota. — Baixo meu tom de voz. — Só estava analisando as coisas. Não estava encarando ninguém!

— Ele é muito gato mesmo. — Ela sussurra. — Aposto que tem um belo corpo embaixo dessa camisa, e da calça então! Sortuda.

— Eu não vou falar nada para você, Júlia. — Sigo até o fogão. — Sei que não importa o que eu disser ainda vai continuar achando que estamos tendo um caso.

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