- Chegamos meninos. - Não posso acreditar! A voz de Letícia me deixa em transe, não estou preparado para vê-la, sei que ela está aqui, tão próxima, merda! Talvez seja apenas a minha imaginação pregando-me uma peça, estou de cabeça baixa, lendo as minhas mensagens distraído, então olho para cima e lá está ela.
- Demorou meu bem. - Diz Rodrigo com Letícia que a abraça e beija, senta e da passagem para que Isabela se aproxime.
- Boa noite. - Aquela voz, ainda tão nítida em minhas lembranças, a voz que me tirou dos eixos, olho para ela que ruboriza e vem se aproximando, analiso cada detalhe seu, contornos suaves e delicados, é pequena, sou o seu dobro, está tão linda com uma blusa curta de ombro branca e uma saia cumprida rosa claro com fenda, seus seios empinados e pequenos, muito sedutores, cintura fina, pele alva, o cabelo está solto, me desestabiliza, me vejo embriagado por Isabela e não sei o que fazer, a não ser...
- Diego, essa é a famosa Isabela. - saio do choque ao ouvir Rodrigo apresentando-a, ela também se espanta e fica claro que não aprova a maneira como é apresentada a mim, também não gostei de Rodrigo ter causado esse desconforto a ela, quero deixa-la a vontade e me repreendo por está me rendendo ao seu encanto, parece que tem esse dom sobre as pessoas, estou ferrado, logo eu que afirmei que não ficaria bajulando-a.
- Quer matar a minha prima amor? Bela, esse aqui é o Senhor...
Quando Letícia ia me rotular com adjetivos de mulherengo a interrompo imediatamente, me incomodo em ser taxado de namorador, agora, no entanto, quero ser apenas Diego, sem passado, vivendo apenas este presente que me satisfaz bastante.
-Senhor nada, sou novinho, apenas 28 anos! E então, finalmente chegou ao seu destino hein? - ela respira aliviada e sorri, me confirma com um aceno de cabeça, levanto-me e estendo a mão para cumprimentá-la, sua mão tão pequena, fria e macia é envolvida pela minha grande, grossa, áspera e quente, tenho medo até de quebra-la, olho para ver seus detalhes e sua pele se arrepia, estremece e num movimento brusco ela puxa-a, levanto meus olhos desconcertado com a situação, meu corpo exige que sua mão retorne aonde estava, a olho indagando, me aproximo do seu rosto, como me controlar estando tão perto de sua boca? E que boca, não posso, não por enquanto, então sigo em direção ao seu maxilar, minha barba aparada desliza em sua pele, o vento sopra os seus cabelos e eu inalo um cheiro doce que exala dela, maldita, beijo sua pele e sinto sua respiração sofrer alterações, ela cora novamente, tão linda, luto para me distanciar, preciso, retorno ao meu lugar, puxo a cadeira para ela se sentar, noto que está nervosa, ela é tímida e sei que está afetada por mim, seu perfume me invade novamente com sua deliciosa fragrância, estou perdido.
- Então vão beber o que? - Tento agir naturalmente, também quero ouvir sua voz, quero que ela relaxe, que fique a vontade, se torna prioridade pra mim.
- Eu quero cerveja. - Diz Letícia na mesma empolgação de sempre.
- E você? - Pergunto olhando fixamente em seus olhos, peça e terei o prazer de lhe servi. Não consigo me conter diante desta beleza tímida, ela tem uma pureza no olhar.
- Um suco é o bastante, não vamos demorar, a Lê insistiu que viéssemos dar uma volta pela cidade, cheguei tem pouco tempo, estou um pouco cansada.
- Que bom que vieram, foi uma surpresa e tanta. - Digo para que ela se sinta querida.
- Ela nem queria vim, mas insistir e quando Rodrigo me falou que vocês estavam aqui, não pensei duas vezes. - Diz Letícia mal se contendo. - Estou passada com vocês aqui, em plena sexta a noite, achei que estariam no clube. - La vem ela querer falar da minha vida boêmia.
- Vocês querem ir para o clube? - Rodrigo pergunta, todo disposto a atender os caprichos de sua namorada.
- Vamos Bela! Lá é bom demais, poderemos dançar à vontade e aqui está tão parado. - Letícia fala, mas muda o semblante quando olha para a prima, isso não me passa despercebido, o que há de errado?
- Gente me desculpem mesmo, sou péssima companhia, vão vocês eu vou voltar para casa, é melhor, meus pais estão esperando, tenho coisas a resolver, fique aí com seu namorado e aproveite a noite por nós! - Sinto o desconforto em sua voz, na verdade é um desespero disfarçado, ela está tensa e isso acaba comigo, não me contenho e seguro a sua mão que está úmida, ela olha surpresa pra mim, lhe dou um sorriso, quero que ela encontre em mim um abrigo, aqui é o seu lugar, perto de mim, e está se acalmando, aceitando a minha proteção, sua mão se agarra a minha e eu descubro a minha necessidade, preciso tocá-la sempre.
- Não iremos por agora, afinal estamos aqui e não lá, tive uma semana estressante no trabalho, estava procurando um lugar mais calmo para relaxar e tomar uma cerveja. - Pisco para ela, o garçom se aproxima trazendo os pedidos das meninas. Letícia e Isabela começam a nos contar sobre suas infâncias aqui em Holambra, eu e Rodrigo não lembramos dela, uma pena. Sua delicadeza e expressão são reais, ela não sabe disfarçar as emoções, sou bastante observador, guardo-as todas, preciso conhecê-la melhor.
As 22 horas elas se despedem, não por Letícia e sim por Isabela, me sinto incompleto com a sua partida, é estranho, mas me revolto com a sua decisão de ir para casa cedo como se fosse uma pré-adolescente que tem um horário certo para chegar em casa e eu assisto isso me sentindo um inútil por deixá-la ir, essa impotência me irrita muito, chamo Rodrigo para irmos ao clube. Isabela não saia do meu pensamento e agora conhecendo-a de perto se fixou a mim, e o que foi aquele rompante quando Letícia a chamou para ir ao clube?
Chego ao clube e me junto a galera, a música alta chega aos meus ouvidos e me deixo envolver, quero curti esta noite como se não houvesse o amanhã, pensamentos dela invadem minha mente, e se estivesse aqui comigo, dançando, sentindo aquela pele sedosa, aquele cheiro, mordendo aqueles lábios, estaria perdido, estou com ódio, ódio porque se negou a vim, queria ela aqui, merda. Estou excitado, como posso estar neste estado sem ao menos beija-la? Maldita, me privou de matar este desejo que está tomando conta do meu corpo. Preciso de uma bebida mais forte. Peço um uísque, bebo num só gole, cai rasgando e a satisfação vem com tudo, quero mais, preciso de mais, volto para o meio da pista, começo a dançar, chamando a atenção das mulheres que se roçam em mim, Bruna é uma delas, dança bem próximo, passando as mãos em meu corpo, eu deixo e quero mais, em meu estado uma só não vai servi, se ela me quer tanto terá que dividir.
-Descola mais duas amiguinhas suas e vamos curtir à noite só nós quatro? - Falo com Bruna, ela me olha com mágoa, nunca prometi flores e alianças a mulher alguma, quero curti, apenas isso. - É pegar ou largar? - Reforço meu pedido, ela larga e some entre as pessoas, se não quer procuro outras, continuo dançando e uma ruiva se aproxima, vou logo beijando, preciso de sexo, sexo intenso, animal e uma não bastará, quando menos espero vejo mãos empurrando o meu peitoral me afastando da mulher a qual sugava a língua com vontade, sou tirado dos braços da ruiva que nem sei quem seja, olho para o lado e vejo Bruna com mais duas amigas. É disso que estava pensando, preciso extravasar e será hoje, puxo Bruna, que vem me seguindo com as outras, entramos no carro, partindo para o triplex.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O teu amor me cura! [COMPLETO] - Revisão em breve!
RomanceIsabela é uma jovem de 19 anos, que nasceu em uma família amorosa e super-protetora da alta sociedade Paulistana, tornou-se uma mulher sensível, vulnerável e insegura. Vê sua vida mudar radicalmente ao se mudar para uma cidade do interior, tendo qu...