O teu amor me cura! [COMPLETO] - Revisão em breve!

ISABELA

Acordei! Pense em uma pessoa feliz e apaixonada, sou eu!

Todos os dias falo com minha mãe, hoje contei a ela que irei me matricular em uma academia, o início das aulas estavam se aproximando, então melhor ir logo, depois não teria tempo para mais nada.

Nunca me senti tão confiante como estou me sentindo agora, o amor tem dessas coisas, nos transforma e eu estou amando. Não contei nada para minha mãe ainda e pedi que Maria mantivesse o segredo, queria ter a certeza que daria certo, e conheço bem os meus pais, eles sufocariam Diego e não quero pressioná-lo a nada.

Hoje irei a rua dirigindo, estou muito confiante,  vou a garagem destravo meu carro, entro e já sentada passo as mãos pelo volante, regulo o retrovisor e dou a partida rumo a academia, dou algumas voltas, observando tudo e gostando muito de dirigir, estou indo muito bem, estaciono na rua principal e me dou conta que deveria ter pedido recomendações a Letícia ou a Diego, resolvo ligar para minha prima, não quero atrapalhá-lo, vai que ele pense que arrumei pretextos só para falar com ele, não de jeito nenhum. Por sorte estou na rua da academia indicada pela Lê, entro, não é tão grande, muito menos se compara as de São Paulo, mas é conservada, conheço o instrutor que se mostrou muito solícito me apresentando a estrutura, explicando as séries que inicialmente eu começarei e me encheu de elogios, me constrange um pouco mas ele é tão educado que tento disfarçar e apreciar sua recepção calorosa. Quando estou de saída encontro Carol e Bruna, elas param para falar comigo e assim vejo toda a minha confiança de antes se esvair em segundos.

- Oi ISABELA. - Bruna fala demorando em meu nome.

- Olá. - Respondo já saindo, mas sou impedida.

- Estou sabendo que você está firme com Diego! Conseguiu dar conta do recado? Desculpa te ser assim tão direta é que conhecemos muito o Di e aquele homem é insaciável, somos provas vivas disso. Uma vez ele fez uma, duas, três vezes direto, fiquei acabada e ainda me fez beber toda a sua gala deliciosa. - Conclui Carol. Sem reação alguma, fico perplexa com a vulgaridade que narra sua relação com ele, me sinto enojada e penso em ontem, o nosso encontro foi tão intenso, mágico, especial, será que estou fantasiando demais? Agora a ouvindo, será que ele pensa o mesmo? Sei que para ele não passou de um momento íntimo padrão nada que o tornasse especial, até porque somente eu sentir prazer, com certeza eu devo estar romantizando uma situação banal.

 - Carol está certa Bela, a última vez que fodemos éramos eu e mais duas em sua cama, ficamos de quatro, três rabos empinados, pense aí, ele metia em nós três simultaneamente, foi uma loucura só, ele acabou com a gente também e mesmo assim queria mais. Acredita que nos expulsou porque não aguentamos? - Ponho a mão na barriga, náuseas intensas invadem meu estômago, elas conseguem tornar o sexo uma ação promíscua, nojenta, imoral e leviana, preciso dá o fora daqui.

- Bruna sua louca, está assustando Bela, olha a cara dela! Não...espera aí...não vá me dizer que é virgem...era só o que me faltava! Você é virgem? Se você for aconselho que fuja o quanto antes. Vou te mandar uns vídeos caseiros que nós fizemos, Diego é um monstro, ele ama sexo selvagem, gosta de bater, foder nossas bocas, tenho fotos para provar e se ele fizer 10% do que faz com a gente em uma mulher inexperiente assim igual a você, já era, você sairá destruída. Mas assista amiga, assim você aprenderá e verá como satisfazer o nosso homem... melhor... quem sabe a gente não o surpreenda, pense aí nós três nuas, juntas, nos entregando para satisfazer o seu desejo... - Nem espero terminar, saio empurrando, ouço de longe elas me chamarem de mal educada e outras coisas mais, olho para minhas mão estão trêmulas, pálidas, entro no carro, não consigo parar de tremer que tenho dificuldades em colocar a chave na ignição, dou a partida, mas sinto falta de ar, desligo  imediatamente, abro a porta rápido e ponho tudo para fora, vomito mais uma vez em plena a luz do dia, limpo a boca e fecho a porta e encosto no banco fechando meus olhos para me acalmar. Ouço um bip e visualizo a mensagem, é de Diego mas não consigo ler, é muita coincidência ela falar comigo agora, outra vez o bip, checo é mais uma dele, não pode ser, agora não é mais mensagens, ele liga, me fazendo sentir perdida, preciso me acalmar, sinto tanto ódio de mim por me deixar afetar tão facilmente pelas pessoas, volto a respirar fundo, lágrimas escorrem por meu rosto apoia, apoio minha cabeça no volante, meu celular começa a tocar de novo e de novo, mas minhas forças se esvaiam, permaneço sentada e os malditos pensamentos me invadem, será que Diego teria coragem de sugerir tal coisa? Meu peito dói só em pensar em tal situação.

Preciso sair daqui, enxugo minhas lágrimas, respiro fundo e desço do carro, há um mercado bem em frente onde estacionei, vou até ele, algumas pessoas me olham, meu rosto deve está inchado por causa do choro, abro o freezer e pego uma água mineral, dirijo-me ao caixa, procuro pelo dinheiro mas vejo que minha carteira ficou no carro, quando faço menção de sair vejo um braço estender o dinheiro, quando olho para cima, é ele, o meu Diego, está furioso, hoje posso notar com clareza o que sente, uma nuvem de lágrimas estão em meus olhos; preciso ser forte, mas está claro que não sirvo para ele, porém não quero perde-lo. Ele me conduz até o meu carro, abre a garrafa e me dá, eu bebo tudo, quando vou tentar entrar no veículo, me puxa para o seu.