DIEGO

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Estou no restaurante almoçando com Rodrigo e meu telefone toca. É Maria, atendo imediatamente, já preocupado com a minha mulher e meu filho, pense em um homem feliz, sou eu, jamais imaginei que constituir família fosse algo tão bom, por mim já estava casado, mas ela pedi que eu vá com calma, ela quer preparar os pais antes e eu estou a um tris de ir em São Paulo e enfrentar as feras, mas por ela e por seu estado estou me controlando.

- Oi Maria, tudo bem?

- Diego, só liguei para te avisar que os pais da Isabela chegaram hoje pela manhã e não a encontrou em casa, chegaram de cabeça feita por Rafael, me demitiram e estão levando-a embora. Estou indo para a rodoviária voltando para casa, só queria me despedir do senhor. - Me levanto tão rápido que a mesa balança, derrubando a taça, Rodrigo me olha assustado.

- Maria aonde você está? Não ouse ir sem antes me ver e explicar direitinho essa história. E a Isabela? Como assim foi embora? Maria vá para minha casa agora, está me ouvindo bem ? Para minha casa.

- Rodrigo acerta as contas para mim tenho que resolver um problema. - Saio desesperado e vou a casa de Isabela ver o que aconteceu e para o meu desespero ela não está, esmurro o portão , chuto mas ninguém aparece. Ligo em seu celular chama, chama e ninguém atende, tento por várias vezes e ninguém atende, aciono meu advogado, mas ele está viajando, estou abatido na porta trancada de Isabela, olho adiante e vejo Maria caminhando com uma mala na mão, ando até ela, pego sua mala com um ódio tão grande, quero matá-los.

Quando entramos em minha casa Maria me conta detalhes do que aconteceu, José aparece para entender o problema mas não estou para conversas, tremo de raiva, tento respirar, mas está impossível.

- Maria você vai ficar não vai? Eu preciso de você para cuidar do meu filho e minha esposa, aqueles crápulas, malditos. - Ela começa a chorar e eu abraço-a. - Maria fique por favor, nós precisamos de você. - ela acessa e eu agradeço. 

Busco a chave de meu carro mas não encontro, procuro sem sucesso, nervoso, vou em busca da chave do outro carro, mas que porra, só me faltava essa, perder as chaves. Já irado, entro na sala novamente jogando as almofadas no chão tentando achar, mas nada, não encontro e num impeto, pego um vaso do aparador e lanço na parede, bem na hora que meus pais chegam.  Minha mãe se assusta e vem em minha direção, todos se aproximam, Maria, José e meu pai. Quem os chamou aqui, só pode ser o maldito José, filho da puta, como não pensei nisso antes, ele escondeu as chaves de todos os carros.

- Maldito, como ousa se intrometer em minha vida assim, eu sou seu patrão, você está passando dos limites. - Avanço para cima dele, mas meu pai toma a frente e eu paro imediatamente.

- O que é isso meu filho. - Ouvir a voz do meu pai, me faz desabar, eu caio ajoelhado derrotado, minha mãe se joga em mim, chorando, pedindo explicações.

- Desculpe Diego mas no estado em que está você não poderia ir atrás dela, esse povo é barra pesada cara. Vamos pensar, eu te ajudarei a resgatar tua mulher e teu filho. - José fala tentando explicar sua ação, meu pai me coloca no sofá, não reajo a nada. Maria conta toda a história desde o início aos meus pais e revela a grande novidade que serão avós. Meus pais ficam extasiados com a confidência. Agradecem a José e a Maria.

 - Diego se recomponha agora, ou é assim que pretende recuperar sua vida meu filho? - Meu pai fala com autoritarismo. - Vamos buscar minha nora e meu neto, mas respaldados pela lei, vocês são maiores, estão em um relacionamento sério com um filho a caminho, ninguém os separarão, o que eles fizeram é ilegal, então se componha meu filho, reúna suas forças, pois você não está sozinho.

- Perdão José e obrigada a todos, vocês estão certo, esse não sou eu e irei sim trazer de volta a minha família, podem aguardar.     

O teu amor me cura! [COMPLETO] - Revisão em breve!Onde histórias criam vida. Descubra agora