O hotel

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Enquanto Anna tentava convencer John de que é melhor permanecer despido, ele pegou seu celular e digitou "190". - Não deu certo, pois ele digitou no WhatsApp. - Sophia tentava ligar à casa de Anna para explicar oque aconteceu.

- Alô? - Disse a mãe de Anna atendendo.

- Oi, a Anna...

- Você trouxe teu irmão pra cidade, né?

- Sim, mas... a Anna...

- Eu sei, ela ta ai. Sempre quando ela sai assim é porque está caçando asiático. Já estou acostumada, logo ela volta. - Ela desligou.

- SOPHIA, TIRA ESSE BICHO DAQUI!!! - Gritou John.

Sophia se virou e viu que Anna estava tentando tirar a toalha do garoto. Ela puxou a garota e chutou para fora do quarto.

- Amanhã a gente se fala, miga! - E bateu a porta.

Anna, do lado de fora, foi andando pelos corredores tentando se encontrar. Quando finalmente achou a saída, Anna foi indo para sua casa. No meio do caminho, ela se esbarrou com alguém segurando uma cesta.

- Victor! - Disse ela.

- Anna! - Respondeu.

- Está vendendo Cockies?

- Exatamente!

- Que engraçado, acabei d falar com o Cockie.

- Como assim?

- Ah. Nada.

- Hm. OK... Nossa, nunca vi você por aqui. Você tem capacidade física para voltar em casa apé?

Anna, com muita convicção, colocou a sua mão esquerda da cintura e fez um OK com a mão direita enquanto piscava um dos olhos - tentando parecer personagem de anime - e disse:

- NÃO!

Victor riu e seguiu seu caminho. Anna chorou por perceber que não voltaria viva.

A garota andou quarteirões e, por incrivel que pareça, chegou em casa. Chegando lá, a garota abriu a porta e sua mãe perguntou:

- Conseguiu um asiático?

Ela acenou que não com a cabeça e subiu as escadas. Entrou no seu quarto e se jogou em sua cama.

Foi assim
que Anna morreu

Depois de um tempo deitada, Anna decidiu ver um filme. A garota foi na cozinha, abriu um pacote de Doritos e pegou um copo do Starbucks vazio e encheu de Guaraná Xereta - Não, ela não é rica à ponto de comprar um Starbucks de verdade. Não, ela não é rica ao ponto de comprar uma CocaCola. - Ela voltou para o quarto, entrou na Netflix e escolheu o Dorama mais clichê que achou. - É tanto nome de marca que parece até patrocínio.

Uma hora e meia passada, a mãe da garota bate na porta e, um milésimo de segundo depois, abre-a. - Sem ao menos esperar uma resposta. - Anna estava chorando, cheirando a blusa que ela roubou de Victor, enrolada em uma coberta, com um pacote de Doritos vazio em seu lado, um copo de Starbucks no chão com guaraná escorrendo dele e a TV ligada passando dois asiáticos se beijando na chuva. A garota olhou para a mãe que, automaticamente, fechou a porta de novo.

Me desculpe por ser capopeOnde histórias criam vida. Descubra agora