V. The ice outdoor pool

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"When you jumped in first, I went in too"

...

A música tocada por Taylor no porão toma conta da casa inteira. Seu encontro com Johnny Doido não foi o que ela esperava. E digo isso de maneira positiva! Tem rolado tantas canções românticas por aqui nos últimos três dias que tia Susan teve que fazer uma intervenção e trancou o violão da filha no quarto dela, contudo, para suprir a falta do insturmento ela arrumou um ukelele com uma amiga e achamos o som muito pior, então, deixamos ela extravasar sua felicidade jovial e encantada pelo cara que a levou para um piquenique no deserto depois de correr como um maluco com sua moto turbinada.

Tenho quase certeza que a essa altura minha prima compôs um álbum inteiro sobre a bendita segunda-feira ensolarada em que seu coraçãozinho foi tomado pelo motoqueiro, mas, eu bloqueio tanto sentimentalismo com meus fones bombando em músicas criadas exclusivamente para que eu rebole o meu corpo inteiro sem vergonha enquanto aspiro a casa. Minhas tias foram para a clínica veterinária e nós ficamos responsáveis por limparmos a casa inteira, mas, Taylor está dispersa, presa em seu mundinho, então, para que ela não me encha de detalhes — que eu já ouvi quatro vezes — sobre o maior encontro de toda a sua existência, a deixei quieta e resolvi que faria da faxina a minha terapia.

Apesar da ótimas condições financeiras, minha mãe sempre quis me manter com o pés no chão, então, nada de uma empregada fazendo tarefas quando, segundo ela, "tenho um menino perfeitamente saudável e capaz de cuidar da nossa casa". Posso me considerar muito bom com um aspirador de pó, um espanador, baldes com água e desinfetante e panos de chão. Mas, o que me empolga mesmo é explorar a biblioteca que meu bisavô começou. Agora lá tem de tudo, virou um museu dos Tomlinson praticamente. Minha mãe não levou álbuns de fotos, troféus, livros ou roupas antigas embora conosco, em sua concepção, esse lar ainda pertence à todos nós, então, nossas coisas não precisam partir.

Ela deseja voltar para Holmes Chapel em algum momento da vida, eu nunca pensei nessa possibilidade.

Limpo a cozinha, a sala, os banheiros e os quartos onde dormimos com uma rapidez invejável e quando me encontro de frente à porta da biblioteca com minhas luvas de plástico amarelas e o meu baldinho de utensílios ouço alguém tocar a campainha. No estado de calamidade, eu saio para atender a porta e claro, Harry está lá esperando.

Por que não estaria? Ele adora aparecer quando eu pareço um trapo velho de fim de liquidação.

— Belo look, Tomlinson.

— Eu sei. — Seguro as pontinhas do meu short e o reverencio como uma princesinha. — O que você quer?

— Você é sempre tão gentil comigo. — Debocha com um sorriso torto e falso — Tia Carol está ai?

— Você chama a minha tia de tia Carol? — Semicerro os olhos.

— Você chama a minha mãe de tia Anne.

— Justo. — Murmuro torcendo o lábio — Ela foi para a clínica.

— Oh, então vou levar o Cookie lá.

Seguro o riso com o nome infantil de seu cavalo parado do outro lado da rua comendo um pouco de grama.

— Não zomba.

— Nada justo, você zomba de mim por qualquer coisa.

— Nós não levantamos bandeira branca de trégua?

— Levantamos?— Levanto uma sobrancelha e ele bufa. — Estou brincando. Leva o Cookie e volta aqui depois.

— Pra que? — Pergunta com desconfiança.

Paper Rings || Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora