Paper Rings || Larry Stylinson

XIV. Shine things

"I like shiny things..."

...

Mal posso acreditar que já se passou uma semana desse meu último mês em Holmes Chapel, parece que quanto mais eu quero ficar, mais o tempo resolve correr. Percebi o meu descuido com o orfanato e resolvi usar meu resto de tempo para visitar as crianças o máximo que eu pudesse. Eu não queria dizer isso, de verdade, mas, Lily é a minha criança favorita. Eu sei, é horrível escolher, mas, se eu pudesse a levaria para casa, assim como Taylor deseja fazer com seu pequeno Bob. Sei que não posso fazer isso, então, aproveito meu tempo com ela e peço todos os dias que uma boa pessoa ou uma boa família a encontre e dê a ela o lar maravilhoso que ela merece. Comprei brinquedos em uma lojinha de artesanato para todas as crianças. Há um garotinho que gostou da boneca de pano de Lily, então, eu voltei à loja e comprei uma para ele também, afinal, brinquedos não tem gênero e ele ficou definitivamente mais feliz do que quando eu sugeri que ele jogasse uma partida de futebol comigo.

Lily gritou por uma hora quando mostrei a ela o meu colar de avião de papel e disse que meu namorado Harry tinha me dado. Nem ela acreditava que aquele casamento de papel pudesse dar tão certo. Ela me disse que queria ser a daminha das alianças quando nos casássemos de verdade, mas, eu fui obrigado a contar que isso pode demorar alguns anos ainda e para minha surpresa ela simplesmente respondeu "e daí?", então, assim selamos uma promessa sem data definida. Quando contei isso a Harry, ele piscou pra mim e saiu do cômodo comendo uma banana que roubou da fruteira da cozinha, encarei isso como uma visão positiva para nosso possível futuro juntos.

Sempre que eu posso, eu também cuido do pequeno Ethan Styles, o garotinho da família que mais recebe o meu amor, mas, Harry não tem ciúmes porque ele adora quando eu seguro meu pequeno cunhadinho em meus braços ou ajudo Anne a dar banho nele e o colocar nas mais absolutamente lindas roupas de neném que eu já vi na minha vida. A adoração é tão grande que eu perguntei a Harry se ele queria ter um bebê comigo — brincando, obviamente —, mas, isso é algo que ele também não respondeu, contudo, ele sorriu e me abraçou, então, eu levei isso como um gigante sim. O que, é claro, me fez pensar como seria construir uma família com ele, nós dois com nossas carreiras bem estabelecidas, uma casa para chamar de nossa, um gato para nos tirar o juízo e dois filhos crescendo e aprendendo coisas conosco. Desde então, eu fico tão divido em viver o nosso bonito agora e querer ver o nosso futuro de sonhos. Porque Harry esteve no meu passado, crescemos juntos, está comigo no meu presente e eu o quero no meu futuro.

Eu meio que o quero para sempre.

Assim como eu quero todas as pessoas que consideramos nossa família. Niall, com sua vontade imutável de ficar em Holmes Chapel dando seguimento aos negócios dos Horan; Liam, que também vai para Londres cursar faculdade e, provavelmente, morar em uma república; Zayn, que quer começar seu próprio negócio online; Gemma e sua futura confeitaria (o que Niall ama!) aqui na cidade mesmo junto com a avó; Taylor e as hologramas, enviando demos para todas as gravadoras do país com a esperança de algo bom acontecer.

Eu nunca mais vou perder contato com eles na minha vida, nunca mais vou deixar de viajar para cá, nunca mais vou esquecer como esse lugar é importante.

E é com isso em mente que eu convido Harry para um encontro em um lugar simbólico da nossa infância... E que eu resolvi multiplicar sua importância. Pedi para ele se vestir bem formal e ele me olhou esquisito quando eu o fiz. Mas, tenho todo um plano perfeitamente feito em minha cabeça. Também me vesti o mais formalmente possível com as roupas que eu trouxe na minha bagagem. Peguei uma mesinha dobrável no quintal de casa e preparei snacks e ponche, colocando tudo em uma cestinha para levar ao meu lado na caminhonete. Do lado dela, também resolvi trazer um rádio antigo que ainda possibilita a colocação de fitas. O que também seria importante.