Ghost Of You | LRH

Cap. 13

- Chloe P. O. V. -

O resto daquele dia foi completamente angustiante. Eu me encontrava desolada, não tinha como escolher entre morrer ou... Matar o bebê.

Eu sempre quis formar uma família com Luke, ter um filho com ele, mas agora tudo mudaria.

- Luke P. O. V. -

— Mike?

— Oi Luke.

— Ele entra acompanhado de Ashton e Calum.

— Gente eu... Queria me desculpar pelo que eu fiz na última vez — falei envergonhado.

— Tá tudo bem cara, a gente entende — Ashton afirmou.

— Eu... Contei pra eles... Sabe, sobre a Chloe. Pensei que seria mais fácil te dar apoio se soubessem da situação — Calum disse meio sem jeito.

— Sinto muito Luke.

— Bom, não tem como escolher o destino, não é mesmo? — acrescentei com um sorriso triste com lágrimas se formando em meus olhos, logo escorrendo trazendo tristeza a minha face.

— Porra Luke, não chora cara. Assim você acaba com a gente. Vai ficar tudo bem, você vai ver. Tenho certeza de que vão tomar a decisão certa.

O Michael estava errado. Nenhuma decisão que tomássemos seria satisfatória o bastante, seja ela qual fosse, um de nós sairia destruído no final.

Não era isso que eu tinha planejado para o meu futuro. Seria tudo tão fácil se ela enxergasse que era melhor viver, teríamos chances de termos filhos se ela quisesse, há tantas crianças que precisam de um lar, poderíamos adota-las e formar uma linda família.

Mas eu estou longe de conseguir transmitir essa idealização a ela.

Sem querer mais lágrimas invadiam meu rosto e mesmo que eu não quisesse demonstrar isso na frente dos meus amigos, era inevitável, pois agora, mais do que nunca, eu precisava deles.

- Chloe P. O. V. -

— Chloe o melhor a se fazer é o aborto, pense bem, talvez você encontre um tratamento ou até mesmo uma cura pra sua doença. Pode até mesmo ter outro bebê! — Kaytlin tentava me consolar mas eu via a agonia nos olhos dela pela minha tristeza.

— Eu acho que você deveria prosseguir com a gravidez, sabe, você tem muita chance de sobreviver Chloe, não seja pessimista e precipitada — Crystal tentava me consolar com outra opinião.

Mas a quem elas queriam enganar? Não estavam ajudando em nada. Toda aquela pressão ia me matar.

— Oi, meninas — Calum de repente entra no quarto meio sem graça, me pegando de surpresa.

Ele parecia nervoso e confuso, eu percebi ao notar uma mão no bolso da sua calça a outra coçando a nuca como ele faz quando está com vergonha.

— Chloe eu... Queria falar com você... Em particular.
    
As meninas logo entenderam o recado e saíram do quarto nos deixando lá, em uma situação bem embaraçosa, para ambos.
    
— Então... Como você tá?
    
— Estava bem até hoje de manhã.
    
— Chloe eu... Eu sinto muito — ele disse se sentando na cama ao meu lado segurando minha mão sem me encarar nos olhos — eu não... Eu não queria que tudo isso tivesse acontecido, eu nunca te quis... Você sabe, daquela forma. Se não fosse por Luke entrar naquela hora... Eu teria seguido em frente. Com ou sem o seu consentimento. Sinto muito Chloe, sinto muito mesmo — mesmo com a cabeça abaixada, eu notei que ele chorava, pois senti quando sua lágrima caiu sobre a minha mão escorrendo até os lençóis.
    
— Calum, eu perdôo você. Apesar de tudo, eu sei que nunca faria nada de ruim a mim — limpei o choro de seu rosto — você estava drogado Calum, não era você, eu sei disso. Eu te perdôo — e então mais uma lágrima até que ele me olhou nos olhos com um brilho de felicidade.
   
Nós nos abraçamos enfim mas mesmo com essa felicidade, ainda havia algo que me angustiava.

Quando nos soltamos do abraço, ele me olhou com aqueles olhos de comoção e eu não pude aguentar. Comecei a chorar desesperadamente.
    
— Eu não sei o que eu vou fazer agora Calum. Eu não quero abortar o bebê! - Eu disse a ele em meio a soluços desesperados enquanto o mesmo me abraçava com força passando a mão com carinho nos meus cabelos como se aquele ato fosse amenizar o meu sofrimento.

— Vai ficar tudo bem Chloe, eu sei que vai...
    
— Não Calum, não vai! — e mais lágrimas escorriam molhando as costas dele.
    
— Vai sim, você vai ver.
    
— Calum?
    
— Pode falar, eu to aqui.
   
— Eu não quero morrer.