'' I need your magic touch, don't you know. I got a habit and i can't let go (...)
Feel the fire burnin slow, you better get it while it's hot now babe , cause i can't let
go..'' Magic Touch – Aerosmith.Xxx
A vontade que eu tinha de gritar por ajuda simplesmente se perdeu no meio daquele beijo inesperado. A boca dela era totalmente doce, misturado ao brilho labial que, no momento já se misturava entre nosso beijo. Minhas mãos subiram lentamente até seus seios, para afastá-la de mim. Aquilo não era certo. Eu não gostava de mulheres. Eu não gostava dela. Mas aquele beijo estava agradável. Toni me apertou ainda mais, minhas pernas estavam bambas. E o mundo paralelo. Sua língua massageava a minha, enquanto uma de suas mãos apertava a minha nuca, vacilante. Um gemido escapou de meus lábios assim que ela mordeu a pontinha da minha língua, um sorriso safado brotou em seus lábios. Olhamo-nos. A essa altura eu já estava toda molhada, sua boca veio de encontro a minha, a habilidade da recusa estapeou minha consciência e eu me afastei.
– O que merda está acontecendo? – provavelmente, fiz uma cara bem engraçada, pois ela sorriu como se estivesse diante da TV assistindo a cômica Ellen DeGeneres.
– Você é um E.T? – perguntou, cercando-me.
– Eu me pareço com um? – lancei uma careta nauseada em sua direção.
– Você quer mesmo que eu responda? – sua voz perdeu a força, seus olhos me fitavam com intimidade já conquistada, seu risinho idiota bailava com maestria naqueles lábios carnudos, uma covinha em seu rosto ganhou vida e a minha simpatia. Eu simplesmente as adorava. Passado. Lembrei-me. Ali estava uma traficante maluca que havia me levado para o meio do nada e batido em minha cabeça. Quanta falta de sensibilidade. Se bem que eu atirei em sua perna. O jogo estava empatado.
– Você está invadindo o meu espaço, sua fora da lei. – empurrei-a.
– Fora da lei? – ela estreitou os olhos, divertida.
– É o que você é.
– Eu já invadi seu espaço antes, e a beijei. Que merda de diferença faz agora?
– Essa.. – tirei a minha arma do coldre que estava em minha coxa esquerda, e apontei para ela. Seus olhos emitiam sinais de pavor, e me segurei ao máximo para não rir e lhe assegurar que não atiraria.
– É isso que ganho por beijá-la em voto de caridade?
– Caridade?! – dobrei o braço, perdendo a compostura.
– Opa! – suas mãos puxaram a arma das minhas, e ela estava no controle. Poder absoluto. Bati o pé no chão, bufando igual um touro nas festas de São Firmino em Pamplona.
– Cheryl, meu bem.. – Ouvimos a voz de minha mãe dar o ar da graça. O barulho de seus saltos ao se aproximar de onde estávamos, fez com que minha mão empurrasse Toni para dentro de uma das cabines, ela caiu e deixou minha arma ir ao chão, neste instante, minha mãe parou, travando suas pernas bem definidas no salto Prada. – Cheryl Marjorie Blossom! O que você pensa que está fazendo?
– Eu estou curtindo demais esse jantar, tanto é que no meio dele decidi entrar no banheiro e me suicidar. – eu disse, já encaixando a minha arma no coldre. Meus olhos insistiram em olhar Toni, mas eu obedeci meu senso e olhei minha mãe. Ela parecia abismada, pasmada. Eu sorri. – Vamos lá! Eu estou brincando, mamãe. – tratei de me retratar de uma vez. A última coisa que eu gostaria no momento era matar minha mãe de enfarte. – Fui usar o banheiro e arma caiu. – mentir, obviamente ela ficaria convencida.
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Too Close
ActionCheryl Blossom é uma detetive do FBI. Sua vida se baseia em trabalho que, acaba usufruindo grande parte de seu tempo. Ela não era uma pessoa paciente, e não procurava ser. Era considerada uma mulher de fibra, competente. Mas no fundo, sentia-se sozi...