Eu te amo, Toni Topaz.

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''Now I lay me down to sleep, pray the Lord my soul to keep.
If I die before I wake, pray the Lord my soul
to take..''Enter Sandman – Metallica.

Xxx

Partimos para Las Vegas com toda a equipe. Edgar já havia sido preso pela polícia local. Ele foi pego, em uma de suas festinhas particulares. Toni estava evidentemente nervosa. Enquanto Veronica descontraía-nos com suas bobagens, Toni se fechou, completamente. Vez ou outra apertava a minha mão, mas nada dizia. Já estava escuro quando os carros pararam em uma rua calma, discreta. Fui a última a descer e bater a porta do veículo. Toni cumprimentava uma mulher, sorridente. Ignorei as duas e segui até um galpão ao lado de Veronica.

Lá dentro havia muitos agentes do FBI, SWAT e CIA. Todos armados. Posicionamo-nos com os outros, até que Toni entrou acompanhada por dois homens, e a tal mulher. Olhando-a melhor, ela era alta, usava um casaco escuro, seus cabelos eram negros como a noite. Toni olhou-nos, e buscou ar antes de começar a falar.

– Boa noite! – ela falou alto, chamando a atenção de todos. – Obrigada por virem assim, em cima da hora. Esta é uma operação ultrasecreta. Em 50 segundos, iremos levar um prisioneiro ao corredor da morte. – Olhei Veronica, para ter certeza de que eu não estava ouvindo demais, mas pelo visto eu estava ouvindo melhor do que nunca! Porra! Então era esse o plano da CIA? Matar Edgar?! – O prisioneiro é Edgar Balik. – Toni olhou-me por um segundo. Balik é o principal chefe de tráfico, e é também o responsável pelo atentado em Times Square. – contou-nos, andando de um lado para o outro. – Vamos garantir que esse desgraçado não veja mais a luz do dia. Faremos essa viagem em segredo, fora do radar. – O elevador chegou, interrompendo-a. Todos nós olhamos naquela direção. Edgar estava escoltado por seis agentes. Ele usava um macacão laranja, algemado pelos pés e pelas mãos. Um dos agentes estendeu algo para Toni assinar. Edgar olhou-a, balançando a cabeça.

– É isso que ganho por confiar em vagabundas. – Toni nada lhe respondeu. – Eu sou o pai do seu filho! Sou o irmão da sua mãe, filho de seu avô, sua desgraçada! Irei matá-la. – Dei um passo à frente, mas Veronica puxou meu braço.

– Cheryl, não! – devido ao meu silêncio, ela cochichou. – Toni está segura.

– Eu vou acabar com você Toni! – Edgar gritou, raivoso.

– Levem-no! – ela ordenou, entregando o tal papel para o agente.

Edgar virou-se, gritando ainda mais alto em turco. Toni fechou os olhos, era como se as palavras dele atingissem-na. Os agentes o colocaram no carro furgão, após um deles entrarem com Edgar, a porta fora fechada. O restante seguiu para os carros. Toni sentou-se ao volante, transtornada. Veronica entrou no carro e nos olhou. O carro em que estávamos seguiria na frente. Aguardamos toda a equipe se posicionar para darmos partida. Eu me voltei para Toni, beijando-a no rosto. Apesar do desconforto, ela sorriu para mim, dando partida.

Ao todo eram dez carros. As ruas estavam vazias, por ser uma parte mais afastada das ruas mais badaladas de Vegas. Paramos diante do farol vermelho. Ninguém no carro falava nada. Eu deslizava as pontas dos dedos em minha arma sobre meu colo, aquilo parecia aliviar minha tensão. – O comboio está mantendo a posição alfa. No aguardo de posição para prosseguir. Toda a equipe fique atenta. – disse um homem pelo rádio. Toni moveu os lábios, insatisfeita pela demora do farol.

Escutamos um barulho enorme, e ao olharmos para fora, era possível ver um caminhão limpa-neve abrindo caminho para cinco carros. Os veículos do FBI eram arrastados, como se fossem sacos de lixos.

Too CloseOnde histórias criam vida. Descubra agora