''And when you smile.The whole world stops and stares for awhile.
Cause, girl, you're amazing, just the way you are..''
Just the way you are – Bruno MarsXxx
– Cheryl! – Ela me chamou pela segunda vez. Meus olhos estavam parados em sua boca. Sua voz estava diferente, fraca, mas ainda assim, tinha o poder de me deixar com a respiração acelerada.
– Eu estou aqui. – Não esperei nem mais um segundo. Precisava abraçá-la, de verdade. Assim o fiz, Toni endureceu, mas recebeu o abraço.
– Você veio me prender? – ela perguntou. Dei um passo para trás, estudando o rosto dela. Toni me olhava, cismada. – Você não pode me prender.
Minhas emoções sofreram um baque, se espatifando no chão. Percebi que a cabeça dela doía, pois suas mãos a prensaram de uma forma apavorante.
– Toni, fique calma. Eu.. Eu não vim prendê-la. – fui convencional, mas ela balançava o pescoço, como se quisesse arrancar fora a cabeça. Segurei-a nos braços, para que ela se acalmasse. Toni estava com a cabeça muito quente, a constatação me deixou preocupada. Já mais calma, ela deitou o pescoço entre os meus braços, e travou o olhar em minha roupa, parecia fora do ar. O nariz começou a sangrar, como uma torneira aberta. Ao lado da cama, havia um botão vermelho, o apertei. Logo em seguida, duas enfermeiras entraram. – Ela está sangrando. – gritei, ao olhar aquela vermelhidão pingar das narinas dela. Toni fechou e abriu os olhos. Seus ouvidos àquela altura também sangravam. Merda!
– Ela vai ficar bem, você precisa sair imediatamente.
Ficar mais tempo ao lado dela era tudo o que eu mais queria. Toni se exaltou por minha culpa. Em sua cabeça, eu era apenas uma agente do FBI, que representava uma ameaça. Sai do quarto, dividida. Meus pais estavam a me esperar, como um robô, me juntei a eles.
– Você está suja de sangue. – observou minha mãe, puxando meu casaco. Suas mãos pararam no caminho, e então pude cair na real. Ela encarava minha barriga, subestimada. – Cheryl?
Tomei o casaco, mas ela o tomou de minhas mãos.
Meu pai incapaz de falar oscilou a cabeça.
Porra!
– Filha, você.. – ela não terminou de falar, e escondeu a boca, com a palma da mão, surpresa. – Meu Deus, Cheryl! Você está grávida?
– Mãe, você quer parar? – todos olhavam para nós três.
– Como isso aconteceu? Eu estou tão feliz. – deixou evidente, me puxando para um abraço carinhoso. Não satisfeita, ela inclinou os lábios, beijando minha colisão. – Eu não consigo crer!
– Mãe! – afastei-a pelos ombros, como um elástico, ela voltou, e se agarrou a mim. Estava me deixando sufocada. – Pai! – o chamei em socorro.
– Você está grávida, meu amor. – Agora os dois me prensavam no meio de seus corpos. Éramos um sanduíche humano na porra de um corredor hospitalar.
– Espere! – Respirei tranquilamente ao ver mamãe se afastar. – Quem é o pai?
Neguei, em um sorriso cansado. Eu estava preocupada com Toni. O fato de ela ter acordado, ainda me deixava nervosa. Ela em coma me preocupava, ela acordada e nas condições em que presenciei, era terrificante. Mas nada comparado à pergunta de Penélope Blossom!
– O bebê é de Toni.
Os olhos dela cresceram na mesma proporção do meu amor por Toni.
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Too Close
ActionCheryl Blossom é uma detetive do FBI. Sua vida se baseia em trabalho que, acaba usufruindo grande parte de seu tempo. Ela não era uma pessoa paciente, e não procurava ser. Era considerada uma mulher de fibra, competente. Mas no fundo, sentia-se sozi...