Novas investigações.

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'' Your body was tan and your hair was long. You showed me your smile and my
c

ares were gone. Falling in love filled my soul with fright.You said: "Come on, babe, it'll bealright"
 Here With Me. – The Killers.

Xxx

Eu ignorei a presença dele, e coloquei meu, sobretudo no ganchinho. O ar estava pesado, difícil. Edgar era um homem miserável, ganancioso. Eu me sentia intimidada por ele, mas não iria deixar transparecer. Ele gozava por estar ali, sentado e despótico como um maldito Leão descansando sobre a sombra de uma árvore. O cheiro de seu perfume caro tornou-se abusivo, tal como sua presença. Ainda dando indícios de que não me importava, caminhei até uma das cadeiras e sentei pronta para dialogar com ele. Edgar inclinou as costas na cadeira, e olhou através da janela, como um garoto sonhador, idealizando a vida.

– Certa vez meu pai disse ao seu rival: Se quer comer o pão do rei, deve cortá-lo com a espada. – sorriu, ao saborear algo que se passava dentro de sua cabeça. – E o pão era minha mãe. Ela era uma vadia. Meu pai não a perdoou. Cortou-a ao meio com uma espada. Eu presenciei tudo, mesmo pequeno entendi que a traição era algo perigoso, como aquela espada. – endireitou-se. – E então ele limpou o sangue dela em seu thobe, e me disse: É a mulher que faz ou desfaz a casa.

Corri o rosto dele com os olhos, agonizando aquela merda toda que ele relatava. Em sua face não era evidente sinais de ressentimento, mas sim de aprendizado. Orgulho. Apertei os braços da cadeira, para aliviar o meu desejo de sufoca-lo com as mesmas mãos.

– Você está disposta a cortar o pão com a espada Srta. Blossom? – seu sorriso cresceu, na mesma proporção que meu ódio por ele.

– Não cortaria o pão de alguém que, obviamente, me lembraria da oferta. – respondi, genuinamente. Não estava amedrontada. Estranhamente parecia o certo jogar um pouco com a cara dele. Cruzei as pernas, e sustentei o olhar acumulado de ódio que foi me lançado.

– Eu te obrigarei a cortar o pão. – insistiu naquele assunto. – E o pão será Toni Topaz. – Baixei os olhos, como alguém prestes a desmaiar. Era como se eu estivesse em um brinquedo fodidamente alto em um parque de diversões, e esse despencasse sem voltas, sem segurança, despencando para o fim. – Veja.. – Ele abriu uma de minhas gavetas, e puxou uma pasta negra. Seus pés foram ao chão, e ele ajeitou sua postura, chegando mais perto da mesa. Calmamente, abriu a pasta e espalhou as imagens diante de meus olhos cansados. Eram fotos de Max no playground. Ele sorria imensamente feliz, ao seu lado estava Toni, com o mesmo sorriso do garoto. Eu estava mais a esquerda, apenas contemplando os dois. – Depois que você se meteu no caminho de Toni, as coisas deram uma complicada significativa para os meus oponentes. – puxou a caneta, e fez um círculo no rosto dos dois. – Toni me deu um prejuízo de seis milhões de dólares. – eu engoli o ar, e enfiei as mãos entre as pernas. – Já não é engraçado matar pessoas que ela ama. – fechou a pasta, e amassou as imagens. Ainda com a gaveta aberta, ele tirou de lá uma espécie de chaveiro, com três botões vermelhos. Um sorriso êmulo era visto em seus lábios. – Embora eu não espante os pássaros da árvore que me deu frutos podres, farei com que você presencie a morte dela. E claro, começaremos pelo filho retardado que ela tanto ama. – cada ameaça recente, mexia com as células do meu corpo, deixando-me apavorada. – Você escutará os gritos sortidos pela dor da tortura, a verá sangrar como os animais no matadouro, e não poderá fazer nada, a não ser se culpar.

Too CloseOnde histórias criam vida. Descubra agora