12. Jogo da velha

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Eu não sabia onde aquilo iria dar, mas sabia que não seria nada fácil. Ser amiga de Finn Wolfhard? O.k., talvez eu tenha exagerado quando sugeri aquilo porque eu não fazia a menor ideia de como iria funcionar.

Depois que ele concordou, eu decidi que já estava na hora de irmos embora. Me perguntei outra vez para onde ele iria após a escola. De certa forma, duvido que seja pra casa. Ainda mais depois do que ele havia me dito...

E quem disse que eu amo eles?

Aquilo não poderia ser verdade. Como poderia? Um filho não amar seus próprios pais? Isso seria possível?

Bem, deixei claro que para sermos amigos não poderíamos ficar nos beijando. Obviamente. Mas ele, sendo logicamente Finn Wolfhard, respondeu que não se importaria se eu quisesse, mas resolvi ignorar seu comentário e neguei.

Repetindo, não sei onde tudo isso vai dar, mas tenho certeza que não será nada fácil. E que, muito provavelmente, será cansativo.

Assim que cheguei em casa, fui assaltar a geladeira. Ansiava por comer alguma coisa e rezei para encontrar algo pronto, pois não estava com nenhuma vontade de preparar algo agora e planejava tentar dormir um pouco depois, estava com muito sono. Mas tudo o que eu encontrei foi um pedaço de bolo de morango com chantilly então resolvi que seria isso.

Sou uma formiga, simplesmente não posso ver doce na minha frente. Eu nem sabia que minha mãe havia comprado bolo. Estranho...

Depois de comer, fui para meu quarto e deixei minha mochila em um canto e após trocar de roupa, fechei as janelas e deitei na cama abraçada com meu ursinho de pelúcia.

As vezes me pergunto quando eu vou parar de dormir com ele. Eu sinceramente não quero mas tenho que admitir que isso é algo bem infantil. Apenas meus pais sabem sobre o quanto Lucky é extremamente importante pra mim. Ele não é apenas um ursinho de pelúcia pra mim.

Nunca foi e acho que nunca será.

Eu não havia planejado dormir o dia inteiro, na verdade era para eu ter tirado apenas um curto cochilo mas eu havia esquecido de colocar meu celular pra despertar e acordei às 17h00.

Levantei em um pulo e corri para o primeiro andar para dar uma arrumada na sala que estava uma completa zona.

Assim que piso no cômodo, dou um pulo de susto quando minha mãe abre a porta. É, estou frita.

Ela me encara e sorri.

- Estava dormindo, querida?

Abro um sorriso amarelo.

- Desculpe, mãe. Acabei dormindo demais.

- Está tudo bem. - diz, colocando sua bolsa sobre o sofá. - Eu vou preparar o jantar e depois você me ajuda?

- Claro. O que vai ser hoje? - pergunto enquanto a sigo até a cozinha.

- Fried Chicken - ela responde.

- Está bem. - me viro mas volto a encarar a mesma, acrescentando: - Ah, mãe eu comi o pedaço de bolo que estava na geladeira.

- Sim, foi aniversário de um colega de seu pai ontem e ele trouxe um pedaço para você. Gostou? - pergunta, abrindo a geladeira.

Dou um riso.

- Macaco gosta de banana?

Ela ri também.

Após tirar o pó e varrer a sala, volto para a cozinha e ajudo minha mãe a terminar de preparar o Fried Chicken - deliciosos pedaços de frango especialmente temperados e fritos. Tradicionalmente, Winona prepara o prato com batata frita ou outros acompanhamentos, tais como milho cozido, feijão estilo americano ou purê de batata.

You Belong With MeOnde histórias criam vida. Descubra agora