36. Confie em mim

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Não sei dizer quanto tempo se passou até conseguir normalizar minha respiração e levantar meu rosto que descansava na curva de seu pescoço. Saí de seu colo e o cacheado retirou a camisinha antes de se levantar.

— Vou tomar um banho. — assenti. Ele pareceu esperar uma resposta, contudo não disse mais nada. — Quer vir comigo?

Por um segundo, fiquei sem resposta.

— E-eu tomo banho em casa. — falei.

— Qual o problema? — perguntou, achando graça da minha reação.

— Sei lá... apenas não quero. — sei que ele já havia me visto nua outras vezes. Mas tomar banho juntos... parecia íntimo demais. Mas preferi não lhe dizer que pensava assim.

— É vergonha? — ele debochou.

Ao invés de me irritar com sua insistência, resolvi entrar na brincadeira e fechei a cara.

— Não.

Ele ri e vai até seu armário para pegar uma toalha. Com um sorriso, o observei enrolar sua cintura para baixo na toalha e sair do quarto.

Peguei minhas roupas do chão e comecei a me vestir, aproveitando para deixar as de Finn sobre a cama. Amarrei minha blusa de lã na cintura, ficando apenas com minha camiseta amarela masculina, que não tinha estampa. Ao terminar, fiquei deitada olhando o teto até Finn retornar ao quarto.

Ele procurava uma roupa no guarda-roupa enquanto bagunçava o cabelo úmido na toalha. Era estranho vê-lo sem o volume dos cachos, porém não deixava de ficar atraente.

Finn vestiu uma calça de moletom branca e fechou a porta do guarda-roupa, indicando que ficaria daquele jeito. Ele se aproximou da cama e esticou o braço para pegar sua roupa, para colocá-la para lavar enquanto eu o observava em silêncio.

— Vista uma camisa ou não respondo por mim. — falei. Não me pergunte de onde tirei coragem, porque eu também não sei.

Ele sorriu de lado e balançou a cabeça:

— Não.

Ele pegou a roupa sobre a cama, deixando a carteira, o celular e saiu. Após deixar a toalha novamente no banheiro, colocou algo para assistirmos na Netflix. Deitei minha cabeça em seu peito enquanto assistíamos e Finn passou a fazer carinho ali. Após um tempinho, minhas pálpebras começaram a pesar. Entretanto, ele parou o cafuné quando ouvimos minha barriga roncar.

— Está com fome? — perguntou, pegando o celular para checar algo. Assenti. — São quatro horas, Megan deve estar preparando algo.

Sussurrei um ok e ele voltou com o cafuné, contudo a fome afastou meu sono e consegui prestar mais atenção no filme. Porém, as partes que eu havia perdido pareceram importantes, pois já não conseguia entender nada e o filme ficou chato.

Uma ideia me surgiu e, apesar de sentir um pouco de vergonha, decidi seguir em frente. Inclinei minha cabeça um pouco mais para o lado e virei meu corpo de forma discreta. O corpo de Finn se enjireceu no instante em que comecei a beijar seu pescoço, descendo rapidamente para seu peito.

(N/A: NÃO ESTOU TE RECONHECENDO, MILLS :o)

— Millie — Finn me chamou e há certo tom de surpresa em sua voz, apesar de ter soado mais como um gemido.

— Eu falei para você colocar a camisa. — falei sarcasticamente, interrompendo o que estava fazendo.

Ele inclinou a cabeça para trás, entregando-se à sensação, enquanto descia ainda mais meus lábios.

You Belong With MeOnde histórias criam vida. Descubra agora