Minhas asas não eram mais fortes que o ar
Fui caindo, caindo e não parava de rodopiar,
Vivendo o Eu de outra vida quase morri da mesma morte,
Com minha bússola sem nenhum sinal de norte
Vivi uma música de Gardel, um filme com Darín
Fui expulso do meu falso céu,
Maldizendo - Hija de puta aos quatro ventos,
Madrugadas que pareciam não ter fim,
Fumei mil cigarros, xinguei Kirchner, tomei antidepressivo
E o espelho insistia que eu ainda estava vivo
Vivi um drama Argentino, interpretei um dramalhão
Finalmente me despedi da outra encarnação,
Não virei um triste tango por um triz,
Um dia acordei, lembrei do Eu menino e quis ser feliz.
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Transtorno Poético
PoetryPoesia patológica, verso subversivo, sob o crivo do enredo. O poeta tenta apreciar a vista, ele não é atração, tampouco artista, sofre disso.