Só existe uma Verdade – imutável, pétrea, imortal, fora do tempo, fora dos impérios terrenos, dessa esfera azul, periferia das galáxias, humanidade ainda equivocada.
Flui perene, Ela, essa Verdade inominada,
Grita da boca calada do pacifista,
Do transe artístico do pianista,
Desenhada nas rugas de Madre Teresa,
No hippie solitário que defende a natureza,
No gari que varre cantando e lhe dá bom dia,
Naquele que quis aprender porque não sabia,
No ateu, que por ironia, resgata almas.
Com calma se esvai o tempo como um rio, mas o rio flui como quem ensina uma criança,
O tempo ainda é tutor, ensina a Verdade a quem um dia também será professor.
É nosso curso margeando o infinito, estrela polar que nos guia,
Sorria o choro e a alegria, a bonança que refaz, também a dor da inevitável mudança.

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Transtorno Poético
PoésiePoesia patológica, verso subversivo, sob o crivo do enredo. O poeta tenta apreciar a vista, ele não é atração, tampouco artista, sofre disso.