Vou vender poemas na Central do Brasil

114 6 0
                                    

Vou vender poemas na Central do Brasil,

Ando numa “pindura” que nunca se viu,

A vaca gorda se afogando e eu fiquei sem uma teta,

A evolução do jeitinho brasileiro, é muita “treta”,

Tem malandro mamando e com bigodinho de leite,

Querem me vender mentiras e esperam que eu aceite.

Essa porra envenena a alma e deixa o cara surdo e cego,

Tem gente dizendo que o céu é vermelho,

Empapuçados de desdém e ocupados com um novo ego,

Vendendo o futuro do país e fazendo selfie no espelho.

A lógica virou piada, só aumenta o peso da cruz,

Um jogo de xadrez onde só vejo movimentos do mal,

A ferida supurada por uma esmola no sinal,

A verdade esperando na fila do SUS,

Porque em terra de cego quem tem um olho é alvo,

Então juro solenemente que a terra é plana, minto pra ser salvo.

Transtorno PoéticoOnde histórias criam vida. Descubra agora