32 - Apocalipse (Parte 1)

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— Gente, o que ela quer com o Maicon? — William se perguntava desesperado.

— Eu não faço ideia — responde Carla enquanto andava de um lado para o outro — Ela falou que precisava de uma cobaia e iria usar ele.

— Cobaia pra que? Meu Deus.

— Não faço a mínima ideia também.

— Nós precisamos ir atrás dele, precisamos resgatá-lo — solta Denyse.

— É isso que a Eleonora quer — diz Jhonatan e todos se viram para ele — Vocês já repararam que toda vez que ela pega alguém como refém sempre nos avisa! Isso é pra nos atrair, sempre foi e sempre caímos feito um patinho.

— Mas não temos outra opção, precisamos ir atrás dele — explica William.

— Só que dessa vez temos que armar uma tática diferente. Pois toda vez que nos encontramos com ela, alguma coisa ruim acontece: Nossas pedras, Jonas e a... Suzy.

— Sim — agora quem se pronuncia é James — Mas o que podemos fazer? A não ser que cheguemos lá escondidos sem ela perceber, pegamos o Maicon e damos o fora.

— Então, é isso que precisamos fazer.

— Tá, já temos uma tática — confere Carla — No entanto, precisamos saber onde é que eles estão. Na hora que eu tava na casa do Maicon achei um bilhete dizendo para encontrá-los no Labirinto, mas a questão é QUE LABIRINTO É ESSE, MEU PAI!

— Espera um pouco — William liga os pontos — Eu acho que eu sei. O Maicon curte pra caramba um jogo chamado Labyrinth Of Fear, consiste num labirinto cheio de armadilhas em que sua missão é chegar numa plataforma que fica no centro dele sem perder todas as vidas, se você consegue, ganha uma recompensa que te ajuda no próximo nível.

— Tá — fala Denyse — Você nos explicou o jogo mas ainda não sei como isso pode nos ajudar a encontrá-los.

— Daí que tem uma atração aqui na cidade, esse labirinto em tamanho real, onde qualquer um pode entrar, visitar e tentar chegar ao centro. É igual ao do jogo, só que sem as armadilhas, lógico.

— Bem que eu passei perto deste lugar por esses dias, ele vai ficar mais duas semanas aqui na cidade. Você pode estar certo, William! — Denyse diz para todos — Vamos lá salvar o nosso amigo.

Eles se olham entre si e concordam que sim com a cabeça.

Denyse então forma um portal para o local e eles partem para lá sem hesitar.



O céu estava com um tom alaranjado e no fundo dava para ver o sol se pondo, em frente se localizava a entrada do Labirinto, a atração estava fechada no momento. Não era muito grande e as paredes eram feitas de uma grama sintética, era simples, algo que podia ser facilmente montado e desmontado para ser levado rapidamente de um local para outro.

Na entrada havia uma placa dizendo ENTRE, DIVERSÃO GARANTIDA. Denyse a analisa e comenta:

— É, se não tivesse alguém correndo risco de vida talvez a nossa diversão poderia estar garantida.

Carla então se coloca na frente de todos e pronuncia:

— Olha, vamos fazer o seguinte. Entramos e nos separamos, o primeiro a achá-lo tenta resgatá-lo sem chamar a atenção da Eleonora e o leva para fora. Depois manda uma mensagem pra dizer que estão seguros, pra aí sim, eu fazer o favor de tirar a vida daquela garota com as minhas próprias mãos.

Quando ela falou isso, todos puderam ver a raiva refletir em seu olhar, nunca tinham visto Carla assim e com certeza não queriam ver de novo, no entanto, compreendiam o ódio da garota. Assim como ela, queriam dar um basta em Eleonora e sentiam, sabiam que aconteça o que acontecesse, esta noite seria crucial.

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