6 - Sair do Armário

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— O que você quer agora? — Suzy mantinha firmeza na voz, estava com medo mas não deixaria transparecer.

— Só queria ter certeza de que está cumprindo com o nosso combinado — diz Ameaça.

— Eu não tive tempo ainda, mas vou — a garota tremia por dentro.

— Vai mesmo ou está mentindo para mim? — Ameaça lentamente ia se aproximando dela.

— Sim, eu vou.

— NÃO VAI NÃO — ele pega a garota pelo pescoço e a levanta.

— Me solta — dizia com dificuldade — Eu vou gritar.

— De nada irá adiantar, não tem ninguém na rua, só nós. E você acha que alguém sairá de casa para se importar com uma garota gritando feito uma louca? Acho que não — assim solta Suzy que cai no chão e começa a respirar freneticamente recuperando o fôlego.

— Bom, mas eu não vim aqui para te machucar e sim para dar isso — O ser mascarado tira de seu braço uma pulseira, era feita de pano, branca e com vários símbolos do infinito desenhados nela e entrega para a garota.

Suzy ainda no chão a pega e olha para Ameaça:

— Pra que isso?

— Só quero que fique com você, é meio que uma forma de ter certeza que nos veremos novamente. Mantenha isso por perto sempre, nunca se sabe o momento em que podemos nos encontrar de novo, né? Agora tenho que ir, nos vemos em breve e vou querer informações tá! — Depois de dizer essas últimas palavras, Ameaça começa a correr, levanta voo e some no horizonte.

Suzy o observa indo embora e começa a chorar. Hoje mais cedo tinha ido até James com a intenção de contar pra ele que Ameaça entrou em contato mas pensou, melhor não. Agora tinha certeza, os cinco podiam correr sérios riscos se ela falasse e jamais iria querer isso, então teria que fazer o que o inimigo pediu, mesmo que isso significasse trair os seus amigos.



— Chegamos em casa — fala James adentrando a cozinha, puxando uma cadeira e se sentando.

— To com fome! Será que a mãe fez algo pra gente lanchar? — diz William fuçando no forno e no micro-ondas.

— Tem um pacote de bolachinhas aí dentro do armário.

— Ainda bem que você me lembrou — William pega o pacote, puxa uma cadeira e se senta perto do irmão.

— O dia de hoje foi cansativo, só quero deitar e relaxar.

— Hum, tem uma pessoa que te relaxaria bem agora, conhecida também como Suzy.

— Você é besta hein mano — e ri.

— E aí, como vai você e ela sobre aquele assunto lá!

— Do que você tá falando?

— Daquele assunto, James, não se faz de bobo não, tá.

— Eu realmente não sei do que você tá falando — o garoto sabia, mas estava se fazendo de besta.

— De vocês dois transarem.

— Fala baixo caramba. Se a mãe escutar vai dar uma de sexóloga e ter de novo aquela conversa com a gente de "Como colocar a camisinha, preliminares e tal".

— Nossa, da última vez que tivemos essa conversa minha cara foi no chão.

— Nem me fale, a minha também.

— E ai garotos! — uma voz surge ao fundo, os dois nem precisaram olhar para saber que era Gregório, o pai deles.

— E ai pai — disseram os dois quase ao mesmo tempo.

Mais Perto do que Você ImaginaOnde histórias criam vida. Descubra agora