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Caroline andava de um lado para o outro pela casa, estava nervosa, hoje era o dia de contar para sua mãe que iria para Paris seguir os passos de seu pai. A Delacour estava receosa em deixar sua mãe, mas, infelizmente, era preciso.

Caroline estava tão perdida em pensamentos que nem notara sua mãe abrindo a porta.

- Olá, mon amour - sua mãe, Victorie, cumprimentou e abraçou a filha. - O que houve? Você parece tensa.

- Maman, pode sentar comigo por um minuto? - Caroline perguntou nervosamente.

- Só preciso fazer algumas tarefas antes e serei toda sua, ok?

Caroline sorriu com tristeza e concordou. Ela observou a mãe limpar praticamente a casa inteira e arrumar desculpas tolas para se esquivar da conversa.

- Maman, podemos falar agora? - Caroline perguntou, a cada minuto que passava ela estava cada vez mais insegura com sua decisão.

- Claro, mon amour. - Victorie falou receosa, as duas se sentaram nas cadeiras perto da lareira. - O que foi?

- Eu vou para Paris. - Carol falou direta. - Amanhã. - Ela acrescentou.

Victorie ficou em silêncio, ela não sabia o que falar, a Delacour mais velha não acreditava que esse fatídico dia havia chegado, o dia que ela iria perder sua filha para Paris como perdeu seu marido. Os olhos da mãe de Carol começaram a transbordar água e ela abraçou a Victorie.

- Por favor, maman, não chore. - Carol disse em meio ao abraço. - Eu vou ficar bem e prometo que vou te escrever todos os dias.

- Você já está tão grande, já é uma mulher. - Victorie sussurrava no ouvido da filha. - Mas ainda é minha bebezinha.

Caroline riu nasalando e seus olhos começaram a ficar marejados, Victorie separou o abraço.

- Só prometa pra mim, mon amour. - A voz da Delacour mais velha estava falhando. - Prometa pra mim que não vai morrer igual ao seu pai.

- Eu prometo, maman. - Caroline falou e puxou a mãe de novo para mais um abraço.

O dia havia passado, mas as emoções não. Era o dia de Caroline finalmente iria para Paris, a mochila já estava com diversas roupas e algumas comidos, o cavalo que era de seu pai estava com a cela, mas Caroline não se sentia pronta para partir, não se sentia pronta para deixar sua mãe.

- Mon amour, espere! - Victorie saiu de casa correndo com algo na mão. - Tome, é seu.

- O que é isso? - Caroline perguntou ao pegar o envelope da mão de sua mãe.

- É uma carta do seu pai para o comandante dele. - Victorie respondeu. - Foi-me enviada alguns dias antes de sua morte.

- E diz o que?

- É uma surpresa. - Victorie sorriu e puxou a filha para um último abraço. - Agora vá, mon amour, você tem um longo caminho pela frente.

Caroline subiu em Maximus, o antigo cavalo de seu pai, e ele começou a andar, ganhando velocidade aos poucos. Alguns minutos depois eles estavam correndo, Caroline sentia que podia voar, que estava livre, que não tinha mais nada segurando ela de finalmente alcançar seu destino.

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Parecia que ia haver uma festa no Palácio de Paris essa noite, os cozinheiros tinham feito um lindo banquete em seus melhores pratos de prata. A decoração estava impecável, o chão dava para ver o próprio reflexo e os lustres foram tão bem polidos que pareciam um sol assim que acendiam as velas.

ᚕᚕᚕ • αρρℓy ƒicOnde histórias criam vida. Descubra agora