fifteen

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O sol estava nascendo, seus raios brilhantes acertavam tudo ao redor enquanto espantavam a escuridão da noite e, se Andressa não estivesse em uma missão, ela com certeza estaria admirando tudo isso.

A Sanchez estava deitada embaixo de um arbusto, o vestido antes rosa claro agora estava todo sujo e ela cheirava a lama, mas valeu a pena quando ela ouviu o cavalo chegando e passos não muito longe dali.

O mesmo homem de tapa olho da noite passada chegou com seu cavalo e, não muito depois, lá estava o Conde de Clermont.

- Dimitri. - O Conde cumprimentou.

- Clermont. - Dimitri cumprimentou de volta. - O dinheiro?

O Conde tirou um saquinho não muito pequeno de dentro da capa que vestia e entregou para o de tapa olho, Dimitri abriu o envelope e contou o dinheiro.

- O resto será para quando terminar o trabalho. - O da realeza disse e Dimitri assentiu.

- Quando vai acontecer? - Ele perguntou guardando o saquinho dentro das vestes.

- Dois dias antes da coroação, na dança tradicional com as espadas. - O Conde falou e Dimitri assentiu. - Agora vá, em poucos momentos os guardas vão passar por aqui.

Andressa assistiu Dimitri sair do castelo e o Conde Louis voltar a caminhar por ali. A ruiva sorriu, agora elas sabiam qual o momento certo de atacar. A Sanchez esperou os passos se afastarem e saiu debaixo do arbusto, se esgueirando até o castelo.

Em uma das sacadas ao norte do castelo, estavam Coralie e Louis dividindo uma garrafa de vinho, que Dominique havia contra bandiado para eles, enquanto conversavam sobre a situação da noite anterior.

- Então você gosta de mulheres? - Ele perguntou pela terceira vez naquela manhã.

- Sim, só mulheres. - Coralie respondeu e bebeu um pouco de vinho direto da boca da garrafa.

- Você e Dominique estão juntas a quanto tempo?

- Não estamos juntas, ontem a noite foi a primeira vez que algo do tipo aconteceu conosco. - Ela o respondeu e passou a garrafa para ele, que imediatamente deu um gole.

- Eu acho que gosto de homens e mulheres. - Ele soltou e Coralie olhou para ele sorrindo.

- Isso é legal. - Ela respondeu. - Você está gostando de alguém no palácio?

- Na verdade sim...mas ele não sente o mesmo por mim. - Ele tomou mais um gole e passou a garrafa para a noiva.

- Sinto muito por isso, é realmente muito ruim quando eles não sentem o mesmo. - Ela tentou o consolar e bebeu um gole.

- Pois é.

Os dois ficaram em silêncio, mas não o silêncio estranho...talvez um pouco estranho, mas também confortável, apenas eles ali tomando uma garrafa de vinho e vendo o nascer do sol, sentindo a brisa batendo em seus rostos e o canto dos pássaros passando por seus ouvidos.

- Acha que esse casamento vai dar certo? - Louis perguntou após uns minutos de silêncio.

Coralie ponderou por alguns minutos antes de responder:
- Acho que sim.

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Caroline bufou frustrada, ela estava falando com um comerciante de repolhos a vinte minutos tentando o convencer a vender sua mercadoria pra ela mas, aparentemente, em seu primeiro dia em Paris ela esbarrou em sua carroça sem querer e vários de seus repolhos caíram no chão, então ele se recusa a vender qualquer coisa para ela.

A Delacour acha que Castiel a pôs para comprar as coisas para o palácio de propósito pois quase ninguém nessa vila simpatiza com a forasteira.

Caroline parou de discutir com o velho dos repolhos por alguns e pediu para as garotas que vieram com ela levaram o restante das coisas para o castelo, Caroline queria comprar os repolhos ela mesma e não iria desistir tão fácil.

Após a partida das meninas, Caroline voltou a discutir com o velho senhor, só parando quando Savannah se aproximou.

- B-boa tarde, Senhor B-bernard. - Savannah cortou a fala de Caroline. - P-poderia me vender alguns re-repolhos? Queria f-fazer uma sopa para A-ava.

- Claro, Senhorita Monroe. - O velho concordou. - Quantos gostaria?

- Uns qui-quinze estariam b-bons. - A de cabelos castanhos disse, enquanto Caroline observava quieta.

Assim que o senhor Bernard lhe deu os repolhos, ela o agradeceu e enroscou seu braço no de Carol, juntas elas começaram a caminhar.

- Obrigada. - A Delacour agradeceu.

- Se-sem problemas. - Savannah disse. - Sei c-como é ser a f-forasteira da c-cidade.

- Você disse Ava, certo? A mãe do Castiel? - Ela perguntou percebendo que estavam a caminho do castelo.

- S-sim, as vezes c-cuido dela quando C-castiel está trabalhando.

- Isso é muito gentil de sua parte. - Carol falou e Savy sorriu para ela.

As garotas continuaram andando até o castelo e conversando sobre assuntos banais.

- Você gosta do Castiel? - Caroline perguntou.

- O-o que? - Savannah disse meio alarmada. - N-não, e-ele é só um a-a-amigo. - Caroline sorriu quando ela gaguejou duas vezes na última palavra, sabendo muito bem o que significava.

- Certo, só queria saber. - Disse com um sorriso presunçoso.

- CAROLINE! - As duas viraram para trás tensas mas assim que viram Thomas elas relaxaram. - Oi, Savannah.

- Oi. - Ela o cumprimentou.

- Eu estava querendo conversar com Caroline, deixa que eu ajudo com isso. - Ele pegou a sacola de repolhos da mão da britânica.

- Na v-verdade, esses são m-meus. - A Monroe pegou a sacola de volta. - Até a p-próxima. - Se despediu já partindo.

Thomas pegou a sacola das mãos de Caroline e ambos voltaram a caminhar até o castelo.

- Thomas? - Ela perguntou com os olhos semicerrados

- Sim. - Ele respondeu em um suspiro. - Eu acordei como eu mesmo hoje. Fico feliz de ver você. - Ele sorriu fazendo ela sorrir.

- Também fico feliz de ver você. - Ela disse. - O verdadeiro você.

- Estou indo falar com a princesa e você? Por que vai ao Palácio?

- Eu trabalho lá. - Ela disse fazendo Thomas soltar um 'oh'. - Sim, você perdeu algumas coisinhas. - A Delacour afirmou sabendo que era isso que ele iria dizer.

Eles passaram o resto do caminho conversando e se atualizando da vida um do outro já que não se viam desde que Thomas deixou a antiga vila dele para se tornar mosqueteiro. Ao chegarem na parte do caminho em que iriam se separar, Caroline parou em frente a ele.

- Eu preciso de um favor. - Ela disse séria.

- O que houve? - Ele perguntou preocupado. Ela tirou um papel de dentro do corset e deu a ele, que pegou. - O que é isso?

- Eu preciso que cheque os nomes desses papéis.

- Por quê?

- Peguei do quarto do Conde de Clermont. - Ela sussurrou. - Eu acho que tem muito mais envolvido do que apenas um assassinato.

Thomas olhou para ela procurando qualquer sinal de mentira ou brincadeira, mas não encontrou nada. Ele suspirou.

- Vou ver o que posso fazer. - Ele informou e Caroline assentiu.

- Obrigada. - Ela disse pegando a sacola de repolhos das mãos dele e indo até a entrada dos funcionários.

Thomas guardou o papel no casaco e seguiu até onde alguns mosqueteiros treinavam.




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Pois é, o thomas tem dupla personalidade quem já sabia levanta a mão🤚

ᚕᚕᚕ • αρρℓy ƒicOnde histórias criam vida. Descubra agora