Capítulo 11

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Luna Winther

Depois de um dia agitado de trabalho fui para casa com o pensamento em Nathaniel, lembrando do que havíamos feito em sua sala na sua mesa de trabalho. Entrei em casa e olhei para o relógio, 19 horas. Estava bastante cansada para poder ir a academia, além do mais já exercitei hoje. Acabei rindo do meu pensamento e nem notei que minha mãe estava sentada a mesa da cozinha.

- Posso saber do que ri? – Perguntou enquanto folheava uma revista de fofocas.

- De nada. – Dei um beijo em sua testa. – Apenas estou feliz. – Sorri.

- Será que o motivo dessa felicidade é o dono que mandou essas flores? – Perguntou e apontou para o vaso de flores que estavam na bancada da cozinha.

- Flores? – Me aproximei delas e cheirei. Acabei sorrindo lembrando de Nathaniel.

- Alguém está apaixonada. — Cantarolou Elizabeth, sentada à mesa e apoiando o queixo nas mãos.

- Quem, eu? — Cheirei a rosa novamente.

- Evidentemente. Mas também aquele pedaço de homem que deixou essa rosa para você. — Ela piscou teatralmente várias vezes.

- Nathaniel West? — Perguntei, deleitando-me com o som de seu nome em meus lábios. — Ele é só alguém com quem tenho saído. - Tudo bem, isto é mentira. Estive fazendo muito mais do que sair com Nathaniel. A rosa não passava de um agradecimento por eu não o ter decepcionado. Elizabeth se levantou.

- Uma rosa creme com um leve rosado é coisa séria.

- É mesmo? — Parei de cheirar a rosa. — Por quê?

- John Boyle O'Reilly? — Perguntou ela. — O poeta irlandês?

Balancei a cabeça. Nunca ouvi falar dele.

- É tão romântico. É de um poema dele, "Uma rosa branca..."

- Ela não é branca. - Mamãe me lançou um olhar maligno.

- Sei disso. Só estou falando do título.

- Desculpe. — Gesticulei, interessada em descobrir aonde ela ia chegar. — Continue.

Ela pigarreou:

"A rosa vermelha sussurra paixão,

A rosa branca exala amor;

Oh, a rosa vermelha é um falcão,

A rosa branca a pomba em flor.

Mas lhe trago este alvo botão

De pétalas a ruborizar;

Pois até no amor mais puro e doce

Há o desejo de seus lábios beijar"

Isso não quer dizer nada. Não quer dizer ABSOLUTAMENTE NADA. Ele gostou da rosa, é só isso. É só uma coincidência. Mas desde quando Nathaniel fazia alguma coisa que fosse simples coincidência? Nunca.

- Luna?

O desejo de seus lábios beijar. Nada. Não quer dizer nada, pensei. Claro. Continue dizendo isso a si mesma. Diga a si mesma que é só uma coisa que ele faz todo fim de semana. Tanto faz. A verdade não importa mais, importa? Nathaniel havia me beijado duas vezes apenas e eu nem lembrava mais do gosto de seus beijos, ele ditou essa maldita regra de não podermos nos beijar e eu realmente até agora não sei o porquê, se não fosse para se apaixonar não funcionou porque eu estou perdidamente apaixonado por ele.

- Luna?

- Desculpe, Mãe. — Peguei a flores e a coloquei na mesa. Olhei para ela. — É um lindo poema. Muito romântico.

Meu Chefe DominadorOnde histórias criam vida. Descubra agora