Capítulo 4

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          - Onde você está? O que aconteceu? Por que não me atendeu? – Pergunto para Daniel apressadamente, demonstrando meu nervosismo com seu sumiço.

          - Os pais de Ramon foram viajar e ele acabou me chamando para passar o dia com ele. Porém quase não tem sinal nessa cidade. Desculpa Jenny! – Fico boquiaberta na expectativa que fosse algo mais grave.

          - Poxa, eu fiquei tensa o dia inteiro, achando que tinha acontecido algo e você vem me dizendo que estava ficando com o Ramon? – Naquele momento sinto meu rosto ficar quente, eu estava realmente muito nervosa! – Você sabe que se alguma coisa acontecesse com você, eu iria atrás do culpado até o inferno! – Ele fica em silêncio do outro lado por um breve momento, mas logo responde.

          - Desculpa amiga. Não achei que ficaria tão preocupada assim. – Diz ele com um tom de culpa. Percebo que eu estava alterada e respiro fundo.

          - Mas me conta, foi bom? – Rio, tentando descontrair a situação.

          - Foi ótimo! Não poderia ser melhor. Mas vou ter que desligar, ele está vindo... Ah, inclusive já mandei mensagem para minha mãe, vou passar o final de semana por aqui. – Fico aflita após ele dizer que ficará o final de semana na casa do Ramon. Não gostava quando ele ficava tão longe de mim ou sumisse por determinado período. Mas me acalmo e percebo que ele precisava desse tempo para aproveitar e curtir o garoto que ele gosta.

          - Aproveita amigo, depois quero saber dos detalhes. Ah, irei para o meu pai esse final de semana. Então nos veremos apenas na segunda-feira. Qualquer coisa me ligue. – Digo mais aliviada.

          Daniel se despede e desligamos a chamada. Não havia percebido que Jonatan continuava a meu lado. Ele me observa e pergunta.

          - Está tudo bem com ele? – Ele me abraça de lado, pois estávamos sentados no sofá.

          - Está sim, ele apenas está passando o feriado em uma cidade do interior. Já avisei a ele que irei para meu pai. Espero que vocês dois se cuidem sem mim! – Digo apertando Jonatan em meus braços.

          O dia seguinte chega, e era o momento de ir até a casa de meu pai. Estava um pouco ansiosa, fazia alguns meses que não o via. Minha mãe como de costume me acordara bem cedo e me levou até a estação de trem, onde no final do trajeto eu encontraria meu pai.

          Observo atentamente a janela do trem, a chuva ainda estava caindo lá fora, mas o sol insistia em aparecer. A estação de destino enfim chega, era antiga, pois na minha cidade os governantes não se empenhavam muito em reformar ou melhorar as ferrovias. Desço e tento encontrar meu pai, mas ele não havia chegado, fazendo com que eu sentasse e o aguardasse. Após algumas horas fico preocupada, eu estava sozinha e começava a escurecer. O relógio da plataforma marcava 17h53. – Onde está meu pai? Por que ele não me atende? – Me questiono após inúmeras tentativas de ligação. Mas qualquer questionamento era em vão, pois eu estava sozinha e abandonada.

          - Filha? – Escuto a voz de um homem vindo atrás de mim enquanto eu estava jogando no celular. Era meu pai, ele estava com a aparência cansada e aflita. – Desculpe-me a demora, tive um pequeno problema na empresa e meu celular descarregou. – Ele me abraça e por mais que eu estivesse cansada de esperar, não o deixo mais aflito.

          Logo em seguida, vamos para a casa dele. Meu pai era um Sem demorar muito, minha madrasta aparece na varanda onde meu pai mora, ela me vê através do vidro do carro e sorri. A casa de meu pai era bem parecida com a minha, porém, maior e mais moderna. Afinal, meu pai trabalhava em um emprego, onde ganhava bem e sua esposa também ajudava em casa.

          - Lucia estava com saudades de você. Sempre me perguntava porque havia sumido. – Meu pai sorri esperando uma resposta, mas não tem. Continuo a observando com seus cabelos lisos e compridos. Naquele momento só queria saber de uma coisa... cama! Saio do carro, abraço Lucia e entro na casa.

          Sem demorar muito, euestava onde queria, deitada no quarto que me pai havia feito para mim. Erapequeno, mas eu gostava. Nunca fui muito fã de quartos enormes. Na verdade, soufã de poucas coisas, quase nada me agrada. Volto para meu celular e mando um áudiono WhatsApp para Jonatan. Ele havia tirado uma foto para mim. Um nude. Rio.

Alice - Um Desejo de VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora