Prólogo

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Oi, eu sou Bela Morphine, tenho 22 anos e bem vindos a minha história, eu moro em uma pequena cidade nos Texas junto com o meu irmão gêmeo Steve, ele é um pé no saco, mas é o meu irmão, depois que meus pais decidiram se mudar pra California eu e meu irmão decidimos alugar um apartamento, eu trabalho em uma lanchonete a 2 anos, tive que fazer algo da vida pra poder me sustentar e o Steve... ah o Steve, ele só quer saber de sair, beber e transar, típico dele.

Já são 7h e eu preciso levantar pra começar a semana, ontem a noite foi longa, meu irmão me levou para uma festa, eu não estava muito na vibe, mas acabei indo e fiquei bêbada.

Meu celular despertou pela segunda vez e eu me levantei, arrumei a cama e fui tomar um banho, me olhei no espelho e realmente a minha cara não esconde a ressaca.

Tomei um banho gelado, está um calor aqui em Texas, maldito verão, aonde os jovens só querem passar madrugadas bebendo e transando com qualquer cara que pague suas bebidas.

Terminei meu banho, voltei para meu quarto e abri meu guarda roupa para me trocar e vi a primeira roupinha da minha filha, tenho costume de sempre pegar ela e cheirar, sim, eu já fui mãe, mas infelizmente ela morreu no parto, tive várias complicações que eu fiz o parto totalmente com sedativos para dormir, eu nem tive a oportunidade de ver o rostinho dela e isso acaba comigo todos os dias.

Terminei de me arrumar e desci para tomar café e o Steve já estava acordado e sim, isso me deixou um pouco surpresa.

- Bom dia irmãnzinha, fiz um café da manhã pra você. - sorriu.
- Que milagre é esse que você já está acordado?
- E quem disse que eu dormi? - jogou a panqueca no meu prato.
- Steve é sério você precisa tomar jeito e ir procurar um emprego.
- Bela esse papo de novo? - revirou os olhos.
- Sim esse papo quantas vezes eu achar necessário, eu trabalho duro pra pagar o aluguel desse apartamento.
- Relaxa irmãnzinha, eu vou tomar jeito, mas agora eu vou sair.
- As 8h da manhã?
- Tenho um compromisso, vou tomar café com uma gatinha que eu conheci ontem. - sorriu.
- Steve... - revirei os olhos.
- Até mais tarde e bom trabalho.

Ele saiu e eu revirei os olhos, realmente ele nunca vai mudar.

Terminei de tomar café e dei uma ajeitada na bagunça que o Steve deixou na cozinha e fui para o trabalho, entrei no meu carro que estava caindo aos pedaços, mas dava pro gasto e fui a caminho a lanchonete.

Depois de alguns minutos eu cheguei, fui até o deposito e me arrumei, eu estava totalmente cansada, mas não posso deixar minha chefe perceber isso.

- A noite foi boa ein. - sorriu .
- Nem me fala Ruby.
- Deixa eu adivinhar... Steve te levou pra noitada?
- Acertou na mosca. - coloquei o avental.
- Amiga não querendo se entrometer na sua vida, mas você não acha que já não está na hora do Steve começar a trabalhar? porque você não pede pra Dona Mary arrumar um emprego pra ele aqui na lanchonete?
- Aqui? você enlouqueceu, ele vai colocar essa lanchonete de ponta cabeça, eu conheço a peça e eu sei que ele só vai fazer merda.
- Então tudo bem, bora trabalhar. - me deu um tapa na bunda.

Ruby é minha melhor amiga desde a época da escola, ela que me indicou para esse trabalho quando meus pais se mudaram, confesso que não é o meu trabalho dos sonhos, mas é aonde eu consigo um bom sustento.

A lanchonete estava um pouco cheia, consegui atender todos os clientes com rapidez e voltei para o balcão, quando a Mia Clarke entrou na lanchonete com uma criança muito linda por sinal, ela era a garota mais linda do colégio, todos os meninos babavam por ela, até o Steve que sempre foi o garoto mais desejado no colégio.

- É a Mia Clarke?
- A própria.
- Ela teve uma filha?
- Acho que sim, depois de transar com varios caras a barriga finalmente veio. - ri.

Me aproximei da mesa para atendenda-la e ela me olhou debochadamente e sorriu.

- Bela Morphine você está trabalhando em uma lanchonete? que nível. - sorriu.
- O que você vai querer?
- Eu ainda não me decidi, por enquanto apenas um suco de laranja com muito gelo, esse calor está infernal. - sorriu.
- Tudo bem, é a sua filha?
- Não acho que isso seja da sua conta, mas não, é minha irmã.
- Sua mãe teve um filha? - levantei a sobrancelha.
- Não, ela adotou, você acredita que jogaram essa bebê linda em um lixo na frente da minha casa.
- Meu Deus que horror, que bom que ela está bem agora. - sorri.
- Sim, mas agora vai trabalhar, não quero te atrapalhar. - sorriu.
- Tudo bem.

Voltei para o balcão e contei para a Ruby a fofoca e ficamos chocadas em saber que a bebê foi jogada no lixo, que tipo de ser humano faz algo tão ruim assim? e eu só querendo minha filha de volta pra mim.

Por Voce. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora