Por Voce. (COMPLETO)

Capitulo 20

Bela

Depois que eu escutei o que meu Pai disse eu decidi sair do quarto e falar com ele, quando ele me viu ele se assustou e eu desconfiei.

- Oi filha, você me assustou.
- Com quem você estava falando?
- Com ninguém. - sorriu.
- Não parecia. - cruzei os braços.
- Estava falando com um amigo meu.
- Uma hora dessa?
- Aham, ele precisava da minha ajuda, já resolvi, vou voltar pra cama, boa noite filha.
- Boa noite Pai.

Ele voltou pro quarto, eu fiquei parada olhando, ele entrou no quarto e eu peguei um copo d'agua, eu não sei se escutei direito, mas eu tenho certeza que ele ameaçou alguém no telefone.

Terminei de beber água e voltei para o quarto, amanhã eu vou assinar meu contrato e eu ainda não sei se estou 100% confiante da minha decisão, mas eu sei que vai dar certo.

7h

Acordei com o liquidificador ligado e deve ser o Steve, levantei da cama parecendo um zumbi, hoje finalmente é sexta feira, essa semana parece que durou mil anos.

- Bom dia irmãzinha, fiz vitamina. - sorriu.
- Como foi no trabalho? você parece está sóbrio.
- Eu resolvi beber pouco, afinal nossos pais estão em casa.
- Ahhh que engraçadinho você, quando eles não estão você bebe igual louco e eu tenho que cuidar de você.
- Não exatamente. - riu.
- Sei... sei.

Peguei um copo no armário e coloquei a vitamina que o Steve fez, me sentei na mesa e tomei café junto com ele.

- É hoje que você vai assinar o contrato?
- Sim, acho que segunda já vamos se mudar.
- Mas já?
- Eu acho que sim, não tenho certeza.
- Eu ainda nem comprei roupas novas.
- Steve isso é de menos, lá deve vender roupas mais bonitas que aqui.
- Você tem razão, me passa o açúcar.

Eu queria contar pro Steve sobre o que eu escutei ontem, mas eu ainda não tinha certeza do que eu escutei, achei melhor esperar mais um pouco.

Quando me levantei pra pegar minhas coisas para ir trabalhar o meu interfone tocou e o Steve levantou.

- Deixa que eu atendo. - gritou.

Eu peguei minha bolsa em cima da cama e já estava pronta pra sair para o trabalho.

- Tem um tal de Bailey lá embaixo.
- De novo. - revirei os olhos.
- Pode deixar subir?
- Não precisa, avisa que estou descendo.

O Steve avisou para o Pedro que estou descendo, mas ele disse que o Bailey queria subir, então eu concordei.

Me sentei no sofá esperando ele subir, maldita hora que a Mary passou meu endereço pra ele, a campainha tocou e eu abri a porta.

- Oi, bom dia. - sorriu.
- Bom dia, o que você está fazendo aqui?
- Vim trazer o seu contrato.
- Mas eu não iria assinar ele hoje na lanchonete?
- Você não trabalha mais pra Mary, então não precisa mais trabalhar.
- Oi? mas eu ainda nem assinei nada com a Mary ainda, sobre a transferência.
- Ah sobre isso, eu também trouxe as papeladas da Mary pra você assinar.
- Ok, isso está estranho.
- Por que?
- Eu pensei que iríamos tratar isso junto com a Mary..
- Você está desconfiada? se quiser pode ficar com os papéis e ler.
- Vou mostrar para meu advogado.
- Tudo bem, perfeito. - sorriu.
- Quando eu assinar eu te aviso.
- Eu preciso desses papéis até o final do dia.
- Sem problemas, a tarde eu te ligo.
- Tudo bem, tenha um bom dia.
- Obrigada, você também.

Levei ele até a porta e me joguei no sofá, finalmente dia de folga.

- O que ele queria?
- Trouxe as papeladas do contrato e transferência.
- Vai assinar agora?
- Ainda não, vou entrar em contato com o Dr. Rick, preciso que ele dê uma olhada.
- Entendi, adoraria te ajudar, mas preciso dormir.
- Ok, pode ir, vai descansar.

Ele foi para o quarto, eu peguei meu notebook e enviei um email para o Dr Rick, ele é advogado da minha família a anos, ele vai saber me ajudar, tirei foto de todas as folhas e enviei para ele.

Enquanto eu não recebia respostas dele eu resolvi voltar dormir, eu estou caindo de sono.

12h

- Filha acorda, já são 12h. - me balançou.
- Só mais um pouquinho mãe... - revirei na cama.
- Vem almoçar, eu já preparei ele.
- Estou sem fome, depois eu como.
- Tudo bem, estou indo ao mercado com o seu Pai.

Ela saiu do quarto e eu voltei a dormir, fazia tempo que eu não dormia até tarde, isso é bom demais.

14h

Acordei com o Steve escutando musica super alta, eu levantei da cama, fui no quarto dele e desliguei o som.

- Tem como abaixar essa merda?
- Não, não tem. - ligou de novo.
- Steve abaixa esse som, os vizinhos vão reclamar.
- Dane-se os vizinhos, já estou indo embora desse lugar mesmo.
- Qual é o seu problema? - desliguei o som.
- Nenhum, você que está com problemas, aproveita seu dia de folga e vai beijar na boca e para de reclamar com tudo.
- Vai se ferrar.

Sai do quarto e bati a porta, eu odeio ser acordada e odeio musica alta no meu ouvido, tomei um banho e precisava sair um pouco desse apartamento se não eu vou surtar com o Steve.

Está um tempo super agradável aqui em Texas, então eu resolvi fazer um pouco de exercício físico, coloquei uma roupa de academia e fui correr pelo quarteirão.

Corri por 1h, quando estava virando na minha rua dei de cara com a Ste Clarke com a Sophia.

- Oi mocinha. - sorriu.
- Oi. - sorri.
- Não foi trabalhar hoje?
- Desculpa ser ignorante, mas eu não falo da minha vida pra quem eu não conheço.
- Como assim você não me conhece? vi você crescer, estudava na mesma escola que a Mia.
- Eu sei, mas você nunca gostou de mim.
- Quem disse isso? sempre achei você uma menina super inteligente e carismática.
- Obrigada, bom eu preciso ir agora.
- Ah claro, não quero te incomodar.
- Tchau e tchauzinho Sophia. - segurei sua mãozinha.
- Como você sabe o nome da minha filha?
- Ér... ée.. a Mia me contou. - sorri.
- Entendi. - sorriu.

Ela se virou e eu vi um sinal na perna da Sophie que era igualzinho ao que eu tenho, meu coração acelerou.

- Que coencidencia. - me aproximei.
- O que?
- Ela tem um sinal igual o meu.
- Você deve estar enganada.
- Não estou, olha. - mostrei o sinal.
- É parecido, mas não é igual.
- É idêntico Ste Clarke.
- Pode até ser, mas por quê o espanto? não vai me dizer que você tá achando que é sua filha? Bela sua filha morreu.
- E se...
- Não pense essas coisas, você vai enlouquecer, sua filha morreu, eu fui no enterro dela, todo mundo foi e viu que ela estava no caixão, ela morreu isso é apenas uma grande coencidencia.
- Posso segurar ela um pouco?
- Não, não pode.
- Por favor, só um pouco.
- Bela não, se você der mais um passo eu vou chamar a polícia.