Por Voce. (COMPLETO)

Capitulo 26

- Conta logo. - me levantei.
- Espera, vou levar a Amber pra Luiza cuidar.
- Eu prometi a sua mãe que iria cuidar dela.
- Relaxa, minha mãe não vai brigar por causa disso.
- Tudo bem.

Eu estava tremendo, meu coração estava acelerado, eu estou confusa, não estou entendendo nada, eu só quero descobrir logo a verdade.

- Vem, a Luiza já está com a Amber, vamos até a minha sala.

Caminhamos pelo corredor e todo mundo ficou olhando pra gente.

- Pode entrar, fique a vontade, quer beber algo?
- Eu não quero nada disso, apenas a verdade.
- Senta. - puxou a cadeira.
- Fala logo eu estou ficando nervosa.
- É uma história bem complicada, mas eu sempre falei que você deveria saber a verdade.
- Quem sabia disso?
- Eu, meu Pai, Bailey e o seu Pai.
- Meu pai?
- Ele que é o motivo principal da Amber estar com a gente.
- FALA LOGO. - gritei.

- Tudo bem... tudo começou quando...

flashback

Joe

- Mônica essa criança vai fazer a Bela morrer.
- Vira essa boca pra lá Joe, você ouviu o médico?
- Ouvi, ele estava tentando tranquilizar a gente, mas tá na cara que a gravidez é de risco.
- Mas ela vai ficar bem, a gente vai ficar bem.
- A gente precisa de dinheiro, estamos com o aluguel atrasado a 3 meses e agora a Bela gravida, Steve desempregado.
- Se acalma Joe, vamos conseguir sair dessa.
- Como? me diz como Mônica?
- Eu não sei meu amor, mas vamos. - me abraçou.

A Mônica foi fazer o jantar e eu me sentei no sofá e comecei a ver o jornal na tv.

"Jamie Johnson perde seu bebê com apenas 5 semanas de gestação, fontes proxima a familia Johnson disse que eles estão tentando recorrer para a adoção."

- Que Deus me perdoe por isso. - pensei alto.

Jantei com a minha família e fui dormir, eu estava ansioso e precisava fazer algo para colocar as contas em dia, mesmo que o que eu faça seja errado, isso vai ajudar muito a minha família.

Acordei cedo e fui até a empresa da família Johnson em Texas.

- Olá Senhor precisa de alguma coisa?
- Eu preciso falar com o Bruce Johnson.
- Você agendou?
- Infelizmente não, mas é algo de interesse dele.
- Vou entrar em contato com a sala dele, qual é o seu nome?
- Joe Morphine.
- Tudo bem.

Ela pegou o telefone e ligou para a sala dele e logo em seguida liberou minha entrada, subi até a sala e bati na porta.

- Entra. - gritou
- Oi, Prazer me chamo Joe Morphine.
- Prazer, o que você deseja? eu estou um pouco ocupado, estamos resolvendo umas coisas para nossa nova empresa na Flórida.
- Desculpa o incomodo, mas é algo do seu interesse.
- Diga. - bebeu um gole de café.

Alguém bateu na porta e entrou, eu engoli o seco e fiquei quieto.

- Oi Pai posso entrar?
- Sim filho, pode entrar.
- Então está tudo certo para a inauguração, só precisamos marcar a data.
- Veja isso com o Bailey.
- Tudo bem, ah desculpa a falta de educação, prazer Digo.
- Prazer Joe Morphine. - cumprimentei.
- Você que é o nosso novo sócio?
- Na verdade não, eu vim aqui fazer uma proposta.
- Proposta? que proposta?
- Na verdade é algo sigiloso, queria tratar com o Bruce.
- Relaxa Joe, meu filho é de confiança, pode falar a sua proposta.
- Tudo bem então, eu vi no jornal que vocês estão pensando em adotar, eu conheço alguém que está gravida e está querendo dar o bebê.
- Isso é sério? - se levantou.
- Sim, ela não tem condições, então está procurando uma familia para o bebê e eu pensei em vocês. - sorri.

flashback off

- Não, nao, meu Pai jamais faria isso comigo ele quer o meu bem.
- Mas fez, ele vendeu a sua filha.
- Isso não, não, ele não fez isso, você está mentindo pra mim, é isso. - comecei chorar.
- Bela acredite em mim, o seu Pai é um monstro.
- E o seu não? ele comprou uma bebê.
- Meus pais queriam outro filho e eles aceitaram, mas quem foi errado foi seu Pai de vender a própria neta.
- Eu não acredito nisso, eu não acredito que ele fez isso.
- Acredite, ele fez. - segurou minha mão.
- Continua... - ordenei.

flashback

- Isso é realmente sério?
- Sim, você me ajuda e eu te ajudo.
- Como assim?
- Estou precisando de dinheiro, eu te dou a criança e você me ajuda financeiramente.
- Acordo fechado. - esticou o braço.
- Sério? - sorri.
- Minha esposa está muito triste e tudo que ela quer é um filho.
- Na verdade filha, a bebê é menina.
- Minha esposa vai amar.

- Pai você tem certeza disso? isso é tão cruel.
- Filho se a moça quer dar a criança que mal tem eu pegar?
- Você quer dizer comprar, não se compra ser humanos, isso acabou na era da escravidão.
- Digo sem esse papo, a criança vai ter uma familia linda pra amar ela.
- Eu não sei... eu acho que você deveria conhecer a moça.
- Tudo bem e então Joe você pode me trazer a moça aqui?

- Ér...então, ela é muito tímida, ela não vai querer vir até aqui.
- Então nada feito.
- Digo por favor esse assunto é meu.
- Pai você não desconfia?
- Vou dar um voto de confiança no rapaz.
- Não irá se arrepender Joe. - sorri.

Sai da empresa com um sorriso no rosto, vou conseguir ajudar minha familia e dar uma boa condição, crianças só trás gastos e isso vai piorar nossa situação.

flashback off

- Eu não acredito, eu estou sem saber o que falar, meu Pai é um lixo, ele vendeu minha filha, minha mãe deve saber disso também, todo mundo me enganou.
- Sua mãe não sabe.
- Como você pode me garantir isso?
- Joe deixou bem claro que sua mãe jamais faria isso com você e não iria aceitar a escolha do seu Pai.
- Preciso falar com minha mãe, ela precisa saber o monstro que meu Pai é. - me levantei.
- Calma Bela, ainda não é a hora.
- Não? vão esperar mais 3 anos para contar a verdade pra ela também?
- A gente queria te contar, mas não podíamos, não sabíamos quem era você, descobrimos a pouco tempo e por isso a gente resolveu trazer você pra cá, pra ficar perto da sua filha.
- Eu preciso ver minha filha, preciso abraçar ela, eu preciso falar o quanto eu amo ela.
- Você vai fazer isso, você tem todo tempo do mundo pra isso, mas a minha mãe ainda não sabe disso, ela sabe que a Amber é adotada, mas não que você é a mãe.
- Por favor me leve até minha filha. - implorei.
- Tudo bem, mas por favor não chame atenção.
- Tabom, eu só quero abraçar ela.

Ele me levou até aonde a Amber estava com a Luiza, eu entrei na sala e abracei ela com toda força do mundo, eu esperei tanto por esse momento.

- Oi filha, sou eu a mamãe, eu estou aqui, eu jamais vou te deixar, eu estou aqui, eu não acredito que isso está acontecendo, obrigada meu Deus. - comecei a chorar.