Por Voce. (COMPLETO)

Capitulo 23

2 dias depois...

Meus pais já foram embora, no fim de semana a gente saiu para um parque de diversões e depois fomos jantar.

Estou organizando algumas coisas aqui no apartamento, graças a Deus ele já foi alugado e eu resolvi deixar minha mobila para os novos moradores, eu levei meu carro no ferro velho e ganhei um dinheiro com isso.

- Tudo pronto?
- Sim, nem acredito que estou fazendo isso, essa é a maior loucura que estou cometendo.
- Relaxa irmã, vai dá tudo certo.
- Espero. - sorri.
- Bora? cadê a Ruby?
- Ela vai esperar a gente no aeroporto.
- Tudo bem, vamos.

Ele segurou minha mão e saimos do apartamento, eu sou muito sentimental, mas eu tentei o máximo não chorar, mas não consegui, sair da nossa zona de conforto é muito dificil, mas se a gente não se permite tentar, vamos sempre viver naquela bolha.

Me despedi do Pedro e de outros funcionários do prédio e peguei o táxi que estava esperando a gente na portaria.

A Ruby vai com a gente pra Flórida, ela pegou as férias dela e decidiu ir junto, a gente vai ficar na casa dos avós dela, até a gente alugar um lugar pra gente morar.

Chegamos no aeroporto e o Bailey estava junto com a Ruby, eu não sabia que ele iria junto.

- Oi bom dia Bela Morphine.
- Bom dia. - sorri.
- Eu vou junto com vocês tudo bem pra você?
- Sem problemas. - sorri.
- Já andou de avião?
- Já sim, não tenho medo.

- Vamos parar de conversa, estamos atrasados.
- Steve por favor sem pressão.
- Estou ansioso pra conhecer a Flórida.
- Então vamos logo, não vamos te deixar ansioso.

Fomos até o portão de embarque e subimos no avião, e infelizmente o Bailey vai sentar do meu lado e o Steve do lado da Ruby, não consegui mudar os acentos, espero que ele fique calado o vôo todo.

- Está confortável?
- Estou, por que não estaria?
- Sei lá, apenas preocupação.
- Entendi. - olhei pra janela.
- Estou feliz de ter você na nossa equipe.
- Eu também estou feliz.
- A Ruby me disse que você vai ficar na casa dos avós dela, mas isso não será necessário. - sorriu.
- Como assim?
- Meu pai reservou um quarto pra você e o seu irmão em um Hotel.
- Hotel? dispenso.
- Por que?
- Bailey eu não quero caridade, eu estou indo trabalhar com vocês, eu não preciso de ajuda pra encontrar um lugar pra ficar.
- Calma Bela, apenas queremos te passar uma boa impressão.
- Pra que? vocês não precisam disso, eu conheço a empresa de vocês, sei que vocês tem mais de 50 lanchonetes no mundo todo, eu pesquisei sobre e sei o que vocês fazem.
- Me desculpa, de verdade!
- Está tudo bem.

Eu surtei, eu não entendo essa gentileza toda, eu sou apenas uma funcionária, nada mais que isso.

- Vocês tratam todos os funcionários assim?
- Com gentileza?
- Sim. - concordei com a cabeça.
- Sim, nós gostamos de tratar eles bem, afinal se não fossem eles a gente não teria nada disso.
- Legal, mas por favor comigo não precisam forçar a barra.
- Tudo bem, já entendi a sua personalidade.
- Ótimo. - sorri.

O avião decolou, o silêncio tomou conta, estava tudo muito calmo, até o Steve começar a rir assistindo o filme.

- Steve, silencio. - sussurrei.
- Desculpa. - fez um sinal segurando a boca.

O Bailey acabou dormindo e eu fiquei olhando pra ele, como pode um cara tão charmoso ser as vezes tão inconveniente.

Fiquei olhando detalhes do rosto dele, cheguei mais perto e ele abriu os olhos e eu me assustei.

- O que você estava fazendo? - sorriu.
- Nada, estava, érr... estava apenas... - gaguejei.
- Me olhando? - riu.
- Não, não estava. - senti minhas bochechas ficando vermelha.
- Você está com vergonha?
- Não, claro que não, por que eu estaria? magina, eu com vergonha? puff, jamais. - olhei pra janela.
- Sei... - riu.

Eu realmente estava com vergonha, eu sou pessima em mentir e ele percebeu, já tinha se passado algumas horas e faltava apenas 20min pro avião pousar.

A Ruby e o Steve estavam dormindo, eu achei fofo eles dormindo um com a cabeça em cima da outra, o avião começou a pousar e dava um frio na barriga, mas eu estava aliviada, eu não aguento ficar muito tempo em um só lugar sem poder se movimentar.

Pegamos nossas malas e descemos, a Ruby e o Steve acordaram e o Bailey ajudou eles com as malas.

- Meu Pai mandou um carro vir nos buscar.
- Não precisava a gente pegava um taxi.
- Sem chances, os táxis daqui são caros demais.
- Tudo bem então. - sorri.

Saimos do aeroporto e entramos no carro que o Pai do Bailey nos enviou.

- Pra onde vamos Bailey?
- Para a empresa Jon.

- Espera ai a gente vai pra casa dos avós da Ruby.
- Eu sei, mas antes você precisa conhecer meu Pai, ele chegou hoje na Flórida e está ansioso pra te conhecer.
- Mas depois vamos para a casa dos avós da Ruby né?
- Claro que sim, fique tranquila. - sorriu.

Eu estava fascinada com a beleza da Flórida, todos aqueles coqueiros em cada parte, as casas eram lindas, as praias, as pessoas, eu estava tão animada pra conhecer tudo.

Depois de uns minutos chegamos na empresa e era enorme, paramos na frente e eu fiquei hipnotizada com aquele lugar.

- Uau.
- Gostou?
- É enorme.
- Lógico é uma empresa né durr burrinha. - riu.
- Cala boca Steve.
- Vamos entrar?
- Estou nervosa. - sorri.
- Não precisa, vem. - segurou minha mão me puxando.

Entramos e era lindo, a decoração era perfeita, os funcionários andavam pela empresa rapidamente, cada parte tinha o logo da lanchonete.

- A sala do meu Pai é no 5 andar.

Entramos no elevador e a vista dele era pra rua, eu fiquei um pouco com medo da altura, mas ao mesmo tempo fiquei encantada.

- A sala dele é ali, eu vou entrar primeiro e depois te chamo.
- Ah ok. - sorri.

Andei pelo corredor e tinha varios quadros da familia do Bailey.

- Não sabia que ele tinha uma filha. - pensei alto.

- É a irmã dele adotiva, ah desculpa te incomodar, prazer Luiza. - sorriu estendendo a mão.