Por Voce. (COMPLETO)

Capitulo 34

- Como assim ele sumiu mãe?
- Eu não sei filha, ele deixou uma carta se despedindo.
- O que estava escrito?
- Que ele iria embora.
- Mas pra onde?
- Eu não sei Bela, ele não falou, eu não to acreditando que ele fez isso comigo, com a gente, com a nossa família.
- Mãe eu preciso falar com você um assunto muito sério, mas tem que ser pessoalmente.
- O que? fala logo Bela.
- No celular não, é um assunto muito sério, você vai ter suas respostas.
- Respostas de que Bela, você está me assustando.
- É um assunto delicado, mas o Joe ele sumiu pra fugir de uma coisa que ele fez no passado.
- Joe? Bela ele é seu Pai, por que você está chamando ele assim?
- Porque esse é o nome dele, mãe você consegue vir para Flórida?
- Quando? filha eu não estou com cabeça pra viajar.
- Mãe é algo sério.
- Tudo bem, amanhã eu chego ai, me mande o endereço de onde você está.
- Tudo bem, vou mandar pela mensagem, preciso desligar agora, mas fica calma, tudo vai ficar bem.
- Ok filha, te amo.
- Te amo.

Desliguei o celular e eu ainda não estava acreditando que meu Pai fugiu, ele deve ter percebido que eu não estava falando com ele da forma que costumo falar e fugiu.

- O que houve?
- O meu pai fugiu.
- Fugiu? pra onde?
- Eu não sei, mas precisamos descobrir.
- Você está disposta mesmo em colocar seu Pai na cadeia.
- Sim, estou, o que ele fez foi um crime Bailey.
- Eu sei, mas ele é o seu Pai, ele errou, deve estar arrependido.
- Não, ele não está, se ele tivesse ele teria me contado a merda que ele fez.
- Você está certa, ele errou feio.

O silêncio tomou conta do ambiente, eu estava pensativa, eu precisava falar logo com o Steve e contar tudo o que tinha acontecido.

Ruby

Acordei com o Steve roncando, peguei a almofada e joguei nele e ele se assustou e levantou.

- Que merda é essa? - reclamou.
- Eu que digo, você está roncando no meu ouvido.
- Tampa ele. - debochou.
- Vai se fuder. - mostrei o dedo do meio.
- Você é muito grossa. - jogou a almofada de volta.
- Sou mesmo, não sou obrigada ouvir seu ronco.

Me levantei e fui até o banheiro, tomei um banho e lembrei que não peguei a toalha.

- Não acredito!! - pensei alto.

- STEVEEEEE. - gritei.
- Quié?
- Pega a toalha pra mim? eu esqueci.
- Problema seu, se você quer ela vem pegar.
- Então sai do quarto.
- Não.
- Steve é sério eu estou com frio.
- Frio nesse calor dos infernos na Flórida? conta outra Ruby. - riu.
- Vai logo. - ordenei.
- Tá, tabom.

Ele bateu na porta, eu me escondi atrás e abri ela devagar.

- Cadê a toalha?
- Tá aqui, pega. - jogou na minha cara.
- Você é um brutamonte.
- Que bom, agora vai logo que eu quero tomar banho tambem.
- Além de brutamonte é folgado. - bati a porta.

Me enrolei na toalha e sai do banheiro.

- Vai logo tomar o seu precioso banho. - debochei.
- Uau. - sorriu.
- Não começa, parece que nunca viu uma mulher de toalha.
- Ver, eu até já vi, mas você... é a primeira vez.
- Primeira e última, agora saia, eu preciso de privacidade Steve.
- Tudo bem, calma, vou jogar uma água no corpo, sua vó já deve ter preparado aquele café da manhã maravilhoso.

Eu revirei os olhos, me troquei e desci e meus avós estavam na cozinha.

- Bom dia. - sorri.
- Oi meu amor, senta pra comer.
- Tudo bem, a senhora que manda. - sorri
- Cadê a Bela? já foi falar com aquele Buyce, Brice, sei lá. - riu
- É Bruce Vovô.
- Esse cara mesmo, ela já foi?
- Sim, ela saiu que eu nem vi, do jeito que ela estava ansiosa bem capaz dela ter acordado antes do galo cantar. - ri

- Dona Alice o jardim está em perfeito estado, agora é só regar as plantas com cuidado.
- Muito obrigada Max, se não fosse você esse jardim iria estar um desastre. - riu.
- Magina, ér... essa é sua neta?
- Sim, prazer Ruby. - sorri.
- Prazer Max, que bom te conhecer, você é muito bonita, sua vô tinha razão. - apertou minha mão.

- E eu sou bonito também? - apareceu na cozinha.
- Steve... - o repreendi.
- Oi, prazer Max. - esticou o braço.
- Prazer Steve. - ignorou o cumprimento.
- Ér... ok, já está na minha hora, foi um prazer Ruby e... Steve. - engoliu o seco.
- O prazer é meu Max. - sorri

O Max saiu e o Steve me olhou e debochou.

- O prazer é meu Max. - debochou.
- Qual é o seu problema?
- Nenhum, só achei engraçado esse cara, ele é diferente.
- Ainda bem, imagina se ele fosse um babaca igual a você.
- Ei, parem vocês dois, senta Steve para tomar café.
- Obrigada dona Alice, pelo menos alguém aqui é gentil.
- Idiota. - revirei os olhos.

Bela

- É aqui, muito obrigada pela carona Bailey e por me levar naquela roda gigante enorme. - sorri.
- Não precisa agradecer, quando precisar estarei aqui.
- Ér.. ok, então, eu vou indo. - gaguejei de nervoso
- Tudo bem, beijos. - sorriu.

A gente estava com uma tensão, eu dei um beijo no rosto dele e sai correndo do carro, eu estava com as mãos soando de nervoso, nunca me senti dessa forma com ninguém, ele ficou parado com o carro esperando eu entrar, eu acenei com tchau e entrei.

- Oi Bela, que bom que você chegou, fiz uma mesa bem farta para o café da manhã. - sorriu.
- Muito obrigada Dona Alice, mas eu já tomei café antes de sair.
- Tudo bem, quando sentir fome você pode comer, a casa é sua.
- Obrigada. - sorri.
- E como foi lá?
- Foi tenso, mas realmente era tudo verdade, o meu Pai vendeu minha filha. - sentei na mesa.
- Você está bem?
- Se eu falar que estou eu vou estar mentindo, mas eu vou tentar ser forte.
- Falou com a mamãe sobre isso Bela?
- Então entrando nesse assunto, ela me ligou hoje, falou que o papai fugiu, ele desconfiou de algo e abandonou nossa mãe.
- O que? ele não fez isso. - arregalou os olhos.
- Sim, ele fez Ruby.
- E como está a mamãe, preciso falar com ela, cadê meu celular? - se levantou.
- Calma Steve, ela vai vir pra cá amanhã e vamos contar a verdade pra ela.
- Será que ela vai aguentar tanta decepção?
- Minha mãe é forte Dona Alice, eu tenho certeza que ela vai conseguir lidar com isso.
- Olha a minha filha a casa está aberta para sua mãe, a casa não é tão grande, mas a gente se ajeita.
- Muito obrigada, a Senhora é um anjo. - segurei sua mão.

Ficamos ali conversando, o Steve estava preocupado com a minha mãe sozinha em casa, ele tem medo dela não aguentar tanta dor, mas vamos lidar com isso juntos, como sempre lidamos, somos uma família e família apoia um ao outro.