Capítulo 27

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- Eu não acredito que isso está acontecendo, eu estou com a minha filha, ela não morreu, em 3 anos eu pensei que eu fui insuficiente e que eu não fui forte o bastante pra trazer minha filha ao mundo com saúde. - chorei.
- Não chora, você conseguiu. - sorriu.
- Por que meu Pai fez isso comigo? eu não consigo entender.
- Infelizmente quem a gente mais ama é quem mais nós magoa.

- Bela? ér.. Digo? Oi percebo que vocês já se conheceram, o que está acontecendo? por que você está chorando Bela?
- Por que você não me contou? - me aproximei.
- O que?
- Que a Amber é minha filha. - aumentei o tom.
- Digo eu não acredito que você contou.
- Contei, não acho certo esconder isso dela, ela merecia saber.
- Sua boca é maior que o seu cérebro, esse assunto não é nosso.
- Esse assunto é mais meu do que seu, eu sabia tudo, o Joe veio falar com o nosso Pai com a minha presença, eu sei de tudo.
- Você não tinha o direito de falar pra ela sem perguntar para o Pai se podia.
- Dane-se o que ele for falar, meu coração disse que eu deveria contar e eu contei, pronto já foi, ela já sabe a verdade.
- Bailey eu não acredito que você sabia e não me contou.
- Eu soube a pouco tempo Bela, um pouco antes de você vir para Flórida.
- Que seja, não culpo vocês dois, culpo meu Pai que mentiu pra mim e vendeu a própria neta.
- Que bom, por que a nossa família só quer te ajudar, a gente te trouxe pra cá pra você ficar próxima da sua filha.
- Eu posso ficar mais um pouco com ela? eu esperei tanto por isso.
- Bela tenha consciência que ela não te conhece, ela vai ficar confusa então não fala que é mãe dela.
- Bailey não me diga o que eu devo falar para minha filha.
- Bela ele está certo, a Amber vai ficar confusa, ela não vai entender, ela ainda é uma criança.
- Tudo bem, fiquem tranquilos.

Eles sairam do parquinho e a Luiza veio até mim e me deu um abraço.

- Estou feliz que a mãe biológica da Amber é uma pessoa boa. - sorriu.
- Obrigada. - sorri.
- Vou deixar você aproveitar o momento.

Ela saiu e eu me aproximei da Amber e sentei no chão junto com ela.

- Oi Amber. - sorri.
- Oi. - sorriu timidamente.
- Você gosta de fazer o que?
- Blincar.
- Quer brincar com a titia?
- Sim. - acenou com a cabeça.
- Essa boneca é sua filhinha? qual o nome dela?
- Lunna. - sorriu.
- Que nome lindo, ela é muito linda, igual a você.
- Obligada. - sorriu.
- Posso te dar um abraço de novo? - comecei a chorar.
- Por que você está cholando?
- É de alegria, é de alegria. - sorri.

Dei um abraço forte nela, eu ainda to achando que estou sonhando, parece que tudo isso não é real.

- Bela? voltei. - sorriu.

- MAMAEEE. - levantou correndo.
- Oi filha, gostou de ficar com a Titia Bela?
- Sim. - sorriu.
- Oi Jamie. - me levantei.
- Você está chorando?
- Não, eu só estou com uma coceira nos olhos, deve ser alergia.
- Quer ir ao médico?
- Não, eu estou bem. - sorri.
- Muito obrigada por ficar com a Amber, quebrou um super galho.
- Magina, foi um prazer, ela é adorável.
- Obrigada, bom eu estou indo embora agora, se você quiser pode ir também.
- Tudo bem, eu só estou esperando meu irmão e minha amiga voltar da praia.
- Tudo bem, fica a vontade. - sorriu.

Ela saiu e eu me sentei no banco do parquinho e peguei meu celular pra ligar pro Steve, mas estava dando na caixa postal, eu estou ansiosa e quero contar pra ele logo o que aconteceu.

Steve

- Steve é melhor a gente ir embora, já está ficando tarde.
- Só mais um pouco, a vista aqui é tão linda. - sorriu.
- A vista ou a bunda das mulheres? - ri.
- Os dois, na verdade os três.
- Três? que três garoto?
- O mar, as mulheres e você.
- Ah meu Deus eu sabia que você iria falar alguma besteira. - revirei os olhos.
- Não foi uma besteira.
- Nessa sua cabecinha nada é besteira, agora vamos voltar. - se levantou.
- Tudo bem, me ajuda levantar. - estiquei o braço.
- Não. - colocou a roupa.
- Você é muito insensível Ruby Benson.
- Faz parte, vai levanta logo. - ajudei ele.
- Será que a Bela já acabou o expediente dela de babá?
- Expediente. - gargalhei.
- O que? - riu.
- Você é insano.

Pegamos nossas coisas e voltamos para a empresa e o segurança parou a gente na portaria.

- Ei espera. - esticou o braço.
- O que?
- Vocês não podem entrar.
- Isso é sério?
- Sim, vocês estão sujos e molhados.
- Então você pode chamar a Bela Morphine pra mim?
- E quem é essa?
- Minha irmã.
- Tá, mas em que área ela trabalha?
- Ainda não está trabalhando, mas vai trabalhar na lanchonete.
- Não posso sair da portaria pra procurar uma pessoa que não trabalha aqui.
- Você está brincando comigo? Viemos com o Bailey Jonhson, estamos com ele.
- Tem alguma prova disso?
- Olha meu amigão eu sei que esse é o seu trabalho, mas eu estou ficando sem paciência.
- Vocês podem se retirar?
- Eu não vou me retirar.
- Rapaz por favor, se você não se retirar eu vou chamar a polícia.
- Espera, escuta Senhor a gente estava na empresa, apenas saimos para irmos a praia, viemos do Texas junto com o Bailey, pode chamar ele se você quiser.
- E quem é você?
- Sou Ruby, amiga da Bela.
- Por favor se retirem se não vou ter que usar a força.
- Usa, pode usar. - debochei.
- Steve... - me repreendeu.
- Ué ele quer usar a força pode usar.

Ele se aproximou, me encarou e me empurrou, eu cai no chão, eu me levantei e quando eu ia revidar o Bruce apareceu na porta.

- O que está acontecendo aqui?
- Senhor esses dois estavam tentando invadir a empresa.
- Deixem eles entrar, estão comigo.
- Tudo bem, desculpa Senhor. - abaixou a cabeça.

Me levantei e o segurança me encarou, eu passei por ele e dei um soco e a Ruby me segurou.

- Steve você está louco?
- Ele me bateu primeiro, apenas revidei.
- Vocês dois na minha sala, agora. - ordenou.

O Bruce me olhou com olhar furioso e eu estava preocupado de ter estragado tudo, entramos na sala dele e se sentamos.

- Bom eu chamei vocês dois aqui porque eu preciso contar algo.
- O que?
- Olhe. - deu um envelope.
- O que é isso Senhor?
- As papeladas de adoção da Amber.
- Ok, mas o que a gente tem a ver com isso?
- Abra.

Eu abri o envelope e comecei a ler, eu fiquei confuso por que estava escrito o nome da minha irmã.

- O que é isso? não entendi.
- Chegou a hora de você descobrir quem é o seu Pai.
- Não vai me dizer que você é o meu Pai, era só o que me faltava eu ser adotado.
- Hã? não, não é isso.
- Então explica.
- Espere, é melhor eu contar tudo com a Bela presente.
- Eu não estou entendendo nada.
- Vai entender, espera.

Ele pegou o telefone e fez uma ligação.

- Luiza por favor você pode trazer a Bela até a minha sala?
- Senhor se eu fosse você se preparava.
- Por que?
- Ela descobriu tudo.
- Quem contou? era pra eu contar.
- Foi o Digo, mas Bruce não brigue com ele, ele só quis ajudar.
- Tudo bem, chame a Bela e o Bruce por favor.
- Tabom.

- O que está acontecendo?
- Calma rapaz, você já vai saber.

Por Voce. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora