Capitulo 42

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Bailey

Eu estava nervoso porque eu precisava falar com a Bela e o meu celular estava descarregado.

- Lizzie eu vou até a recepção ver se alguem pode me emprestar um carregador, eu preciso usar o meu celular.
- Pra que?
- Eu estou aqui com você, mas isso não significa que eu te devo explicações da minha vida.

Deixei ela sozinha no quarto e fui até recepção e por sorte vi a recepcionista mexendo no celular e o carregador do lado.

- Oi boa tarde, posso ajudar? - sorriu.
- Oi, eu sou o Bailey Jackson, eu to precisando de um carregador, você poderia me emprestar o seu?
- Ér... é que eu não te conheço.
- Calma eu não vou roubar seu carregador. - ri.
- Eu sei, desculpa.
- Eu te devolvo daqui 30 minutos, olha eu vou deixar aqui meu documento pra você confiar em mim.
- Tudo bem, qual quarto o Senhor está?
- Estou no quarto da Lizzie Maxinne.
- Tudo bem, daqui 30 minutos mando alguém buscar.
- Ok, muito obrigado. - sorri.

Ela me deu o carregador e eu deixei meu documento com ela, eu voltei para o quarto e coloquei meu celular pra carregar.

- Você deve estar desesperado mesmo.
- Lizzie não começa.
- Deve ser pra conversar com aquela garota.
- E se for?
- Aquela garota não é pra você Bailey, você é um cara rico, de boa família, tem estudo, viajou bastante e aquela garota é uma... uma.
- Uma o que?
- Sem sal. - virou pro lado.
- Sem sal pra você, pra mim ela é o saleiro inteiro.
- Você tá fazendo a maior burrada da sua vida se envolvendo com essa garota, todo mundo sabe que a gente é melhor juntos. - sorriu.
- Já disse que eu e você não existe mais, entenda isso.

Ela ficou quieta, eu liguei o celular e tinha uma ligação perdida da Bela, eu soltei um sorriso e liguei pra ela de volta.

Bela

Eu estava tão decepcionada com ele, mas eu tenho que seguir a vida, não posso deixar que isso estrague minha performance no trabalho, enxuguei as lágrimas e entrei na empresa de novo e fui para o refeitório almoçar.

Meu celular começou a tocar e era o Bailey, meu coração acelerou, eu não sabia se deveria atender ou não, então eu desliguei, eu não quero falar com ele, mas sinto que preciso de uma explicação.

Fui até o restaurante, fiz um prato pra comer e me sentei na mesa e o celular tocou de novo, eu respirei fundo e atendi.

- Alo Bela?
- Oi.
- Me desculpa por não ir hoje, é que...
- Tabom Bailey, eu já sei que sua namorada sofreu um acidente e você está aí cuidando dela.
- Namorada?
- Sim ou vai mentir de novo falando que não namora pra me fazer continuar criando expectativas?
- Mas eu não namoro com ela, a gente terminou.
- Eu não acredito mais em você Bailey, não sei se isso que você tá falando é verdade.
- Bela acredita em mim, eu fui até na recepção do hospital pra pegar um carregador pra falar com você.
- Parabéns, que grande esforço.

- Amor quem é? desliga o celular e vamos voltar a se beijar.
- Lizzie para. - a reeprendeu.
- Vai lá Bailey, sua namorada está te chamando.

Desliguei o celular na cara dele, eu estava com tanta raiva que eu queria dar um soco em alguém nunca senti uma sensação tão estranha como essa, tentei esquecer o que aconteceu e almocei, o Digo apareceu e se sentou na mesa.

- Oi. - sorriu.
- Oi Digo, quer comer?
- Não, obrigado, só vim aqui ver como está seu primeiro dia de trabalho.
- Desafiador. - sorri.
- Eu imagino, trabalhar com a Helena não é fácil. - riu
- Nisso eu concordo, ela é muito brava.
- Brava? ela é insuportável, não sei como que os funcionários aguentam, quando ela trabalhava na lanchonete em Los Angeles ela fazia os funcionários chorar.
- Que doida. - ri.
- Espero que esse seu olho vermelho de choro, não tenha sido por causa dela.
- Não, não foi não. - sorri timidamente.
- O que aconteceu?
- Ér... eu não sei se posso falar sobre isso com você.
- Confia em mim. - sorriu.
- É sobre o Bailey.
- Eu sabia, meu irmão não tem jeito, o que ele aprontou?
- Ele namora?
- Namorava com uma desequilibrada, ela é tão louca por ele que ontem ela veio aqui e quebrou a sala dele todinha.
- Mas por que?
- Eu não sei, ela deve tá querendo voltar com ele, mas ele não quer.
- Sério?
- Sim, eles já tiveram muitos problemas, mas ele acha que tem o dever de cuidar dela, ela é maluca, louquinha mesmo, os pais dela fazem de tudo pra internar ela, eles só não internam porque o Bailey cuida dela, eles terminaram e ela se mudou para o México, ficou com um tempo lá e agora parece que voltou.
- Complicado essa relação dos dois.
- Eu digo que é abusiva e tóxica, bom eu só vim mesmo pra ver como você estava, agora eu preciso voltar para o trabalho e boa sorte com a Helena. - riu.
- Obrigada, vou precisar. - ri.

O Bailey estava falando a verdade, eu soltei um sorriso, mas mesmo assim essa tal de Lizzie vai fazer um inferno nas nossas vidas.

Terminei de almoçar e voltei para meu expediente, o movimento estava um pouco fraco, alguns funcionários preferem comer fora da empresa, talvez seja pra respirar um pouco de ar puro.

- Bela Morphine.
- Oi Senhora.
- Preciso que você vá até o mercado pra mim.
- Tudo bem, sem problemas. - tirei o avental.
- Compre tudo isso que está em falta. - me deu a lista.
- Ah ok. - sorri.
- Agora vai, estou com pressa. - me deu a chave de carro.

Peguei minha bolsa e dirigi até o super mercado com o carro da empresa, estacionei o carro dentro do estacionamento e entrei no mercado, a lista que a Helena fez é enorme.

Caminhei pelo mercado pegando todos os itens e me esbarrei em uma mulher com uma criança no colo.

- Ei olha por onde anda. - gritou.
- Me desculpa... Jamie? - sorri.
- Que coincidência bizarra. - riu.
- Desculpa esbarrar em vocês, oi Amber, tudo bem? - sorri emocionada.
- To bem. - sorriu.
- Bela você acredita que a Amber cismou que você falou que era mãe dela?
- É? - engoli o seco.
- Você sabe que ela é adotada né?
- Sei sim, o Bailey me contou.
- Então... ela falou que você disse que era mãe dela, sabe como é, as crianças fantasiam tudo.
- Sim, eu sei. - sorri.
- E então o que você esta fazendo aqui? não era pra estar no restaurante?
- Sim, a Helena me pediu pra vir comprar umas coisas.
- Então corre, não quero te atrapalhar, Helena odeia esperar.
- Tudo bem, tchau pra vocês.
- Tchau. - sorriu.

Eu estava tremendo de emoção de ver a Amber novamente, a minha filha, ela saiu daqui de dentro de mim, ela parece tanto comigo, o sorriso dela é igual o meu, eu não vejo a hora de contar pra Jamie tudo e eu poder ficar mais proxima da minha filha.

Joe

O Jordan deixou eu ficar na casa dele, eu precisava da ajuda dele pra se vingar do Bruce.

- Jordan já tenho um plano.
- Qual plano?
- Temos que matar o Bruce, conheço uns cara que mata as pessoas por indicação.
- QUE? VOCÊ ENLOUQUECEU? - gritou.
- Calma, não precisa ficar nervoso, o cara roubou sua filha.
- Mas isso não me dá o direito de matar ele.
- Ele poderia ter matado a Bela.
- Mas não matou, eu não vou praticar violência.
- Você não tem escolha ou você me ajuda ou quem vai sair prejudicado vai ser você.
- Você está me ameaçando. - me encarou.
- Entenda como quiser. - sorri.

Por Voce. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora