Capitulo 33

1.2K 76 0
                                    

Entramos no carro e o Bailey ligou o som com um volume agradável, ele foi por um caminho que dava pra ver a praia, aquele lugar é perfeito.

- Aonde estamos indo? eu quero ir para a casa dos avós da Ruby.
- E você vai, mas antes vou te levar em um lugar especial.
- Que lugar Bailey?
- Não seja apressadinha, você já vai saber. - sorriu.

Ele parou o carro e de longe eu vi a roda gigante, eu olhei pra cara dele e ele sorriu, eu morro de medo de altura.

- Diz que não vamos ali. - apontei.
- Não tenha medo, é totalmente seguro.
- Por favor não, eu tenho medo de altura.
- Bela você tem que infrentar seus medos, essa é a Orlando Eye, é super famosa aqui na Flórida.
- Bailey obrigada por me trazer aqui, mas eu não vou entrar nessa coisa.
- Bela as cabines são seguras, são de vidro, você não vai cair, tem até crianças sentadas, mas se você não quer eu respeito seu desejo.
- Me desculpa, é que eu tenho medo de altura, não sei se estou pronta pra infrentar isso por enquanto. - segurei sua mão.
- Não precisa se desculpar, eu que fui um idiota de te trazer em um lugar sem perguntar se você queria vir. - abaixou a cabeça.
- Relaxa Bailey, eu amei a surpresa. - sorri.
- Tudo bem, vem, vamos, vou te levar embora.
- Quer saber de uma coisa?
- O que?
- Eu vou na roda gigante, você está certo, eu preciso infrentar meus medos, se eu sempre fugir deles, eu nunca vou ser uma vitoriosa.
- É sério? - me olhou surpreso.
- Sim, vamos logo, antes que eu mude de idéia. - sorriu.

Puxei ele pelo braço e fomos até a bilheteria da roda gigante, eu ia pagar, mas o Bailey fez questão, então eu deixei ele pagar, entramos na cabine e ela balançava um pouco, eu estava morrendo de medo, o Bailey sentou na minha frente, mas ele percebeu que eu estava com medo e se sentou do meu lado.

- Você está bem?
- Sim, estou, qualquer coisa eu fecho os olhos. - ri.
- Eu estou aqui, se você estiver com medo pode me abraçar.
- E por que voce acha que no seu abraço vou encontrar proteção?
- Nossa, desculpa então. - fechou a cara.
- Eu estou brincando, claro que vou te abraçar.

A roda gigante começou a girar e a cabine deu uma balançada e eu me assustei, o Bailey percebeu e segurou minha mão.

- Não tenha medo, curta a vista. - apertou minha mão.
- A vista é muito linda. - sorri.
- 120 metros de altura.
- O QUE? - arregalei os olhos.
- Nada não. - sorriu.
- Eu escutei tá. - ri.
- Esquece isso e olha que lugar incrível.
- É muito lindo mesmo, obrigada por me trazer aqui Bailey, estou me sentindo muito corajosa.
- Mas você já é. - sorriu.

Ele me olhou e nossos olhares se cruzaram, eu fiquei com vergonha e desviei o olhar, ele olhou para o outro lado e eu engoli o seco.

- Bela?
- Oi? - senti um frio na barriga.
- Você ficaria com um cara como eu?
- Idiota? inconveniente? babaca? - sorri.
- Uau eu sou tudo isso?
- Eu to brincando, você é um cara legal.
- Só legal? - abaixou a cabeça.
- Não, ér... claro que não, é porque eu não sou muito boa em falar essas coisas, mas eu me sinto bem com você. - desviei o olhar.
- Eu também me sinto bem com você. - sorriu.
- Que bom. - senti minhas bochechas ficando vermelhas.
- Você não respondeu minha pergunta.
- Eu não sei Bailey, eu nem te conheço direito.
- E se a gente começasse se conhecer melhor?
- Ér... Bailey eu não sei, eu não estou pronta pra começar sair com alguem.
- Tudo bem, ainda bem que a roda gigante parou, o clima estava ficando tenso.

A roda parou e o Bailey me ajudou descer porque eu ainda estava com medo, eu notei que ele ficou um pouco chateado, mas eu não posso me envolver com alguém agora, ainda mais com o filho do meu chefe.

- Bailey não fica chateado com o que eu falei.
- Eu não estou, relaxa. - sorriu.
- Depois do Pai da minha filha eu não consegui me relacionar com ninguém.
- Bela está tudo bem, eu te entendo e respeito sua opinião.

Voltamos para o carro e ele estava me levando para casa da Dona Alice, ficamos conversando sobre assuntos aleatórios, falamos sobre musicas, filmes e series e percebi que a gente curte as mesmas coisas.

O meu celular começou a tocar e era minha mãe, eu senti um alivio, eu estava doida pra falar com ela.

- Mãe, ainda bem que você me ligou. - sorri
- Filha... filha, o seu Pai. - falou chorando.
- O que mãe? o que aconteceu? ele fez algo com você?
- Filha o seu Pai sumiu.
- QUE?

Por Voce. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora