Capítulo 6

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Pov. Alice

- "Isso é verdade?" - William perguntou.

Ainda estamos no hospital por culpa do meu marido. Ele tem estado com um humor do cão, sem falar que ele desobedeceu o médico e a ferida não se fechou. Há alguns minutos o médico chegou para repreendê-lo por seu mal comportamento e logo em seguida o resmungão do meu marido começou a fazer várias perguntas a respeito da minha gravidez para o médico.

- "Sim, senhor Lawford. Depois do parto a mulher tem que ficar um tempo de abstinência sexual." - o médico lhe diz.

- "Por que?" - ele perguntou grunhido.

- "Porque no momento do parto os músculos da vagina se expandem para que o bebê possa passar e para isso  voltar pro lugar levará algumas semanas."

- "O quanto pode se dilatar?" - ele pergunta.

Não quero continuar escutando isso. Quem vai dar a luz sou eu. Sei que vou sentir dor mas, tenho que saber tudo isso sobre expansão e sobre abstinência?

- "Bom, irei te explicar de uma forma simples para que vocês entendam." - o médico disse pouco irritado por causa de todas essas perguntas.

- "Então, diga." - ele diz e eu o fuzilo com o olhar.

- "Quando uma mulher e um homem tem relações sexuais, as paredes vaginais se dilatam para poder suportar o tamanho do pênis. Com o parto acontece algo parecido mas o tamanho muda drasticamente." - ele faz uma pequena pausa. - "Na relação sexual quando as paredes vaginais se dilatam, leva-se algumas horas para que elas voltem ao normal, mas durante o parto essas paredes se dilatam para ceder passagem para a saída do bebê, só o diâmetro da cabeça é como o tamanho de um melão médio, sem contar que o diâmetro dos ombros é maior."

Toda a cor desapareceu do meu rosto. É isso o que realmente vai acontecer? Eu não quero. Prefiro que eles fiquem dentro de mim.

- "Querida...você esta bem?" - ele pergunta ao olhar pra mim.

- "Podemos deixar de falar sobre isso, por favor?" - digo enquanto acariciou o meu ventre que esta cada vez mais gigante.

- "Senhora, você deve está preparada para tifo isso. Sua gravidez está na reta final. Alias você esta grávida de gêmeos então o risco é maior ainda." - o doutor disse irritado.

- "O que todos ganham em me dizer que a minha gravidez é de alto risco? Já não basta o medo que eu já tenho, querem que ele fique maior ainda?" - eu grunhi.

- "Sei que esse assunto te irrita, mas essa é a verdade. Nós como médicos queremos que os seus bebês nasçam com vida. Essa é a nossa prioridade e devo te recordar que quando o seu esposo chegou aqui, você não descansou quase nada. E nem vou mencionar em todo o estreasse que você teve nesse período de tempo." - suspiro resignada por causa das palavras do doutor.

- "Eu sei, mas já estou muito mais tranquila."

William apenas me olha e eu posso ver as lindas engrenagens de sua cabeça funcionando, enquanto ele processa as palavras do doutor. Eu conheço muito bem o meu marido.

- "Quanto tempo você tem de gravidez?" - o doutor me pergunta.

- "Bom, segundo a médica que me atendeu há alguns dias, disse que um dos bebês esta com 37 semanas e 5 dias e o outro esta com 36 semanas e 5 dias." - eu digo. William franze o cenho ao não entender o que eu disse.

- "O que isso significa?" - ele pergunta.

- "Significa que os bebês foram fecundado com uma semana de diferença." - ele responde. - "Onde está bebê de vocês?"

- "Esta com o avô. Eles estão dando um passeio pelo jardim do hospital." - eu digo.

- "É possível que os bebês tenham uma semana de diferença?"

- "Senhor Lawford, há coisas que para as pessoas que nunca estudaram medicina parecem improváveis, mas para nós que temos visto tantas coisas todos os dias, não são. Sim, é possível que uma gestação de múltiplos onde os bebês tem semanas de diferença. Ocorre quando a mulher ovular uma semana e o homem a fecunda. E na semana seguinte volta a ocular e também é fecundado."

- "Isso é ruim? Ovular duas semanas seguintes?" - eu pergunto.

- "Não,  é so que tenha tido uma desordem hormonal. Pode ser que você não se dê conta, já que muitas vezes as desordens hormonais não tem consequências visíveis diante dos olhos das pessoas que vivem ao redor da pessoa."

- "Isso pode voltar a acontecer? Pode ser que em um futuro tenhamos mais gêmeos?" - ele pergunta.

- "Não da sara responder isso senhor Lawford. Pode ser que esses gemeos sejam iguais, ou podem ser diferentes, já que são bebês fecundado em seus próprios óvulos. Isso quer dizer, que podem ser iguais, terem algumas características parecidas ou ser completamente diferente. Quando eles nascerem, vocês irão saber."

Depois de tanta conversa sobre parto, eu precisava ir ao banheiro. Me levanto com cuidado e me dirijo ao banheiro do quarto de William. Depois de fazer as minhas necessidades, lavo minhas mãos e saio do banheiro. Quando me sento novamente na ponta da cama de William, uma pontada em meu ventre chama a minha atenção. Não doeu, somente me incomodou.

O médico se despede de nós e disse que daqui há algumas horas ele virá ver a ferida de William. Meu marido e eu ficamos conversando por mais alguns minutos e novamente sinto aquela incomoda pontada. Continua sem doer mas é mais incomoda do que a anterior.

- "Querida, você já imaginou chegar a parir somente gêmeos?" - ele pergunta com um sorriso.

- "Parir? Não poderia usar um termo mais bonito?" - digo me queixando um pouco.

- "Mas essa é a palavra."

- "Ela é feia. Você poderia dizer dar a luz, sei lá. E respondendo a sua pergunta, eu busca imaginei, mas talvez possa existir essa possibilidade. Talvez da próxima vez, você não deva me excitar tanto." - ele ri.

- "Pode ser que eu tome a palavra. Não é que eu não queira mais filhos com você mas prefiro esperar algum tempo antes de pensar em mais um filho."

- "Eu estou de acordo com isso. Você precisa de alguma coisa?" - digo acariciando a sua bochecha.

- "Sim, um beijo." - ele aproxima o seu rosto e eu o beijo.

Ele faz com que o beijo fique mãos passional. E como meus hormonios estão cada vez mais loucos, eu aceito com gosto.

Mas interrompo o beijo ao sentir outra pontada. Mas essa sim, doeu. Me separo de William. Ele me olha sem entender Mas quando me levanto vejo os seus olhos se arregalarem.

- "Querida, você fez xixi?" - olho para as minhas calças e vejo que estão molhadas.

- "Ai meu Deus. Não. Acho que a minha bolsa estourou." - eu digo.

- Tem certeza?" - ele pergunta enquanto se senta na cama.

- "Amor, acho que os bebês querem nos conhecer."

LIVRO 3: Olhares de Amor: O Destino (Completo) Onde histórias criam vida. Descubra agora