Capítulo 24

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Pov. William

Se passaram quase meia hora desde que Alice havia entrado no quarto onde Evan estava. Não quero interferir nesse momento entre pai e filha. Sei como se sente quando se perde um pai, sei que ela sentirá uma dor que no momento não se deterá e o choro é a melhor opção no momento.

Vejo que uma enfermeira junto com um medico entram no quarto. Eu não estou gostando disso. Minutos depois vejo Alice saindo com os olhos vermelhos de tanto chorar é como se estivesse olhando para o nada.

Quando ela se dá conta da minha presença, ela se aproxima de mim e me abraça. Sei que ela esta mal, por isso eu não digo nada. Ela fará quando estiver bem.

Esperamos por alguns minutos que os médicos fizessem todos os trâmites para que pudéssemos levar o corpo de Evan.

- "Temos que cremá-lo." - ela diz em um sussurro.

- "Quer queimar os seus restos?"

- "Sim. Ele queria que as suas cinzas fossem espalhadas no bosque que fica atrás da casa de Helena." - ela diz.

- "Mas quem poderá fazer isso?"

- "Talvez o senhor Trent possa nos ajudar." - ela diz enquanto me abraça mais forte.

- "Vamos falar com ele. Mas eu não o conheço."

- "Isso é o que acontece você ter ficado sempre enfurnado na fazenda, você não conhece as pessoas do povoado. Eu por ter sempre vivido aqui, conheço quase todo mundo."

- "Você tem razão. Mas agora que você esta do meu lado, o povoado me parece mais interessante. Vamos?"

Ela assente com a cabeça e me guia para onde esse homem fica. Quando Alice conta a ele o que aconteceu, o homem se assusta, ainda mais quando essa pessoa é o prefeito dessa cidade. Ninguém esperava por isso e acho que quando essa notícia vai  se espalhar, mais de um chegará na prefeitura para uma missa.

E como eu disse, a notícia se espalhou rápido. Muitas pessoas chegaram trazendo muitas flores, eu nunca tinha visto tantas pessoas juntas nesse povoado. Acho que Alice esta farta de tantas condolências. A pequena capela que há na prefeitura, ficou ainda menor com tantas pessoas dentro.

Edward chegou depois de deixar Lara e Charlotte cuidando dos bebês, ele chega ao lado de Alice e a abraça, ele sabe que isso será difícil

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Edward chegou depois de deixar Lara e Charlotte cuidando dos bebês, ele chega ao lado de Alice e a abraça, ele sabe que isso será difícil. Há menos de um mês estávamos comemorando o aniversário de Lily e agora estamos em um funeral. E sei que a minha pequena não esta tão forte quanto queria estar. Ninguém é forte quando se trata da morte.

O padre faz uma pequena missa em homenagem ao melhor prefeito que esse pequeno povoado poderia ter tido. A maioria ainda não acredita no que aconteceu e alguns delas choraram durante a missa. Se nota que Evan era muito amado por todos.

Durante todo o tempo Alice segurou uma rosa branca nas mãos e acariciar cada pétala da flor. Ela já deveria conhecê-la de cor. Me aproximo dela e me abaixo na sua frente.

- "Querida, temos que cumprir a promessa que você fez ao seu pai." - digo suavemente, ela me olha e suspira pesadamente.

- "Vamos."

Durante a cremação, Alice se manteve abraçada a mim até que ela acaba adormecido. Em seus sonhos, ela se queixa mas no final sorri. O que ela esta sonhando?

Vejo algumas lágrimas escorrerem dos seus olhos. No final, ela os abre e me surpreendo ao ver tantas paz em seus olhos. Ela me olha e sorri.

- "Não posso me despedir do meu pai triste. Então vamos logo com isso." - ela me diz.

Ela esta muito calma.

- "O que você sonhou?"

- "Com coisas que não posso te dizer. Ninguém pode saber, nem mesmo você." - ela beija os meus lábios me deixando surpreso.

Vejo ela falando com o homem, ele se vá e depois aparece com uma urna e eu suponho que dentro dela esta as cinzas de Evan.

Vejo como o homem diz que é um presente por ter um bom pai. Temos estado toda a noite nisso e quando vamos para a casa no bosque, os raios de sol já estavam começando a aparecer.

Alice caminha até ficar na frente da casa. Ela diz algo mas a sua voz é como um sussurro e não escuto o que ela diz.

No final e depois de vários minutos em silêncio, uma pequena ventania passa por nós e Alice lança as cinzas no ar. Cada partícula é levada pelo vento e quando passa pelo riacho que há ao lado da casa, aparece um arco íris.

Depois Alice se aproxima de mim e me abraça

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Depois Alice se aproxima de mim e me abraça.

- "Esta na hora de irmos. Não temos mais nada para fazer aqui. Temos que deixar que os mortos descansem." - ela segura a minha mão, me puxa e me leva de volta para o povoado.

- "Alice, amor você esta bem?"

- "Sim, há coisas que não posso explicas mas você deve saber que eu estou bem e que podemos continuar vivendo tranquilos, e isso é o que importa."

- "Mas..."

- "Mas nada, William. Esta na hora de seguir em frente. Isso era o que meu pai queria e isso é o que eu vou fazer." - ela me diz com total confiança.

- "Pois então, mãos a obra. Temos que ir ver os nossos pequenos." - eu digo.

Alice sorri pra mim, pega a minha. mão e me leva até a caminhonete.

Quando a patroa manda, o peão obedece. Ela ordena e eu obedeço. Que louca é a minha vida.

LIVRO 3: Olhares de Amor: O Destino (Completo) Onde histórias criam vida. Descubra agora