Capítulo 28

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Pov. William

Dois meses depois...

Estamos arrumando tudo para a festa de aniversário dos gêmeos. Nós preparamos dois bolos iguais para os gêmeos e um pequeno bolo para Lily para que ela não se sinta excluída. A casa está decorada por aviões, carros e trens, tudo na cor azul e vermelho.

Estou feliz, nunca pensei que minha vida um par de meninos me tirariam tantos sorrisos. Ao ver o mundo com os seus olhos, fizeram me dar conta que nem tudo que é caro é importante. Às vezes quando saímos como uma família para passar algumas horas no prado, eles adoram ver os cachorros correndo, ou como os seus olhos brilham quando conhecem algo novo.

Faz alguns dias que um dos pequenos, nesse caso George pegou uma minhoca com as mãos. Eu me espantei, fiquei com medo dele querer colocar aquele bicho na boca, pois são bichos muito sujos e eu não queria que ele ficasse doente. No final, Alice me convenceu e me surpreendeu ver que meu pequeno não o colocou na boca, ele apenas deixava o bicho rastejar e depois voltava a pegá- lo, meu menino não parava de rir.

- "William, me ajuda com as cadeiras?" - Alice me pede.

Ultimamente ela tem estado estranha. Ela tem estado muito cansada mas o seu apetite sexual está nas alturas. Mas especialmente hoje ela está mais pálida.

- "Claro. Você esta bem?"

- "Pra falar a verdade não. Meu estômago está doendo. Acho que algo me caiu mal mas isso vai passar. Embora não seja uma dor como as outras. É algo estranho." - ela diz, pega as cadeiras e sai.

Deixo as cadeiras na parte de trás do casarão e depois vou procurar Lara. Ela está na cozinha e Anthony está no cercadinho junto com o presente que Alice deu, um pequeno pastor alemão de três meses. Os dois dormem tranquilamente.

- "Lara, você pode preparar um chá para Alice? Ela disse que seu estômago está doendo."

- "Outra vez?" - ela me olha.

- "Como assim outra vez?" - franzi o cenho.

- "Ela está se sentindo assim há dias. Ela não teve vômitos ou coisas assim, é só dor no estômago."

- "Essa mulher é muito cabeça dura. Amanhã mesmo irei levá- la ao médico. Não estou gostando nada disso." - digo, Lara me entrega uma xícara de chá fumegante. - "Obrigada." 

Quando chego na extensão da casa, vejo Alice chorando e respirando com dificuldade. Deixo a xícara na mesa e me aproximo dela.

- "O que esta acontecendo?" - pergunto preocupado.

- "É que nada está dando certo."

- "Como assim?"

- "Quero colocar essas bolas penduradas mas não consigo. Elas se solta, cai ou ficam feias. Aliás, eu ainda não consegui me trocar. Tenho tantas coisas para fazer e só duas mãos." - ela diz e volta a chorar.

- "Em que te ajudo, bebê?"

- "Tem que trazer o cordeiro que você sacrificou e colocá- lo para assar. Tem que ir até a adega buscar as garrafas de vinho. Tenho que terminar de arrumar as mesas e as cadeiras. Temos que montar a mesa onde ficará as comidas, também tem a mesa de doces. Também temos que dar banho nos cachorros e arrumar as crianças. Temos que correr..." - não deixo que ela termine de falar colocando um dedo em seus lábios.

- "Por que você não me pediu ajuda? Pensava fazer tudo isso sozinha?"

- "Eu te pedi ajuda, mas você não me deu ouvidos porque estava conversando com Edward. De fato nenhum dos dois me deram ouvidos. Lara esta me ajudando com a comida e a Charlotte, bom, não posso pedir muita coisa para a Charlotte. Não pensava em fazer sozinha, o problema é que não há mais ninguém para me ajudar." - ela diz chorando.

LIVRO 3: Olhares de Amor: O Destino (Completo) Onde histórias criam vida. Descubra agora