Capítulo 3

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Kwon Ji Yong

Jiyong foi acordado por seu segurança após estacionar o carro.

Os olhos sonolentos encararam a lateral do restaurante lotado, fazendo-o soltar um leve sorriso ao finalmente despertar de seu sono.

Algo em seu interior dizia que as coisas seriam divertidas. E ele gostava.

— Primeiro ou segundo andar? — perguntou, descendo do carro.

Escutou a leve batida do mesmo se fechando e logo em seguida seu segurança disse:

— Segundo.

— É uma boa escolha. Reservado. Menos pessoas irão ver os estragos.

— O que irá fazer?

Jiyong começou a caminhar para entrada do restaurante.

— Eu? Nada que eu não possa fazer.

Quando parou frente à enorme porta, foi recebido por uma atendente um tanto formidável. Olhos castanhos claro, cabelo curto meio ondulado, corpo violão... 

Ela sorriu e perguntou qual mesa ele desejava se sentar, mas Jiyong apenas recusou, informando que alguém já estava o esperando.

Em ocasiões normais eles confirmariam primeiro tal informação, mas talvez o homem fosse intimidador demais para ousarem ter algum resquício de dúvida.

Sua beleza também ajudava em boas mentiras.

Atravessou o primeiro salão com seu segurança enquanto analisava o local.

Várias pessoas. Diversas pessoas. E nenhuma delas significava droga alguma. Nem mesmo Jiyong.

Subiu as escadas tranquilamente, olhando para o lado apenas para observar pelo vidro transparente as pessoas que iam e vinham da vida noturna.

Essa era a melhor parte do dia de Jiyong. A noite. A escuridão. Os desejos que finalmente se davam vida.

— Esse desgraçado está gastando o meu dinheiro com restaurantes caros e luxos desnecessários — disse para si mesmo, puto de raiva.

Nunca errava a esse ponto. Na verdade, nem mesmo agora estava errado em sua decisão.

Jiyong sempre dava poder para seus colaboradores primeiro e depois assinava mentalmente quem deveria eliminar.

Porque é no poder que as pessoas revelam suas verdadeiras intenções.

É no poder que ele visava que suas próprias atitudes, embora incorretas, eram ainda assim melhores que esses grandes sacos de merda.

Porque pelo menos ele era real. Porque pelo menos ele era ciente do que queria, não um fodido traidor que ferrava tudo na primeira oportunidade.

Parou de andar no último degrau e olhou em volta do salão, procurando-o.

Uma de suas poucas qualidades era sua boa visão. E ele não a trocava por nada.

— Seu mimado do caralho... — falou, ao observar um pouco mais distante, um garoto.

Ou melhor, um homem.

Tyron já havia se tornado um homem há muito tempo. Agora estava com vinte e cinco, quase sete anos mais novo que Jiyong, mas não mudava o fato que já era maior de idade. E que suas atitudes ainda eram equivalentes a um fedelho de 14 anos.

Um adolescente mimado sem lealdade alguma.

— Tirem todos do local — falou, vendo Joseph acenar.

The Demon:  heaven or hell? ❄ Kwon JiyongOnde histórias criam vida. Descubra agora