Dois Mundos, Um Sentimento. L 1° [Beyblade Burst] (Concluído)

Capítulo 11

P.O.V. Katrina.

Enquanto eu ainda chorava no ombro de Shu, percebi o quê estava fazendo e no mesmo instante me soltei dele, limpando as lágrimas com as mãos.

— Você está melhor? — pergunta ele parecendo preocupado.

— Sim, obrigada. — digo me levantando, decidida a ir embora.

Já tá na minha hora.

— Onde está indo? — questiona intrigado.

— Vou pra casa, minhas irmãs já devem ter voltado. — respondo óbvia.

— Está enganada, elas não chegaram. — diz ele e o encaro com dúvida. — Valt me ligou e disse que elas não voltariam hoje.

— Por que?

— Ele falou que a senhora Aoi não as deixou voltar sozinhas à noite, por ser tarde e perigoso. — explica o albino.

— Mesmo assim, acho melhor eu ir. Não quero incomodar mais do que já fiz. — digo me virando para sair do quarto, mas ele me segura pelo braço.

— Não vou deixar você ir agora. — fala ainda me tomando pelo braço, me fazendo encará-lo. — Está tarde, e onde você ficaria? Obviamente não vou deixar você ficar na rua nessas condições.

Ele tá certo, é melhor ficar. Suspiro.

— Está bem... Mas onde você dormiu? — pergunto, notando estar no que parece ser o quarto dele.

— No sofá. — responde.

— Desculpe por isso.

— Sem problemas, não se preocupe. — diz o albino sorrindo levemente.

— Acho melhor eu ir dormir no sofá e você aqui. — falo de repente.

— Não, você dorme aqui e eu vou para o sofá, pois eu já estava lá. — rebate ele.

— Mas... — iria dizer algo, porém ele me interrompe.

— Ou podemos dormir aqui. — sugere.

Fico vermelha de pensar em dormir na mesma cama que ele. Nunca dividi a mesma cama com algum garoto, então é totalmente estranho pra mim.

Apesar de já ter visto em algum lugar que é normal para os amigos japoneses dormirem juntos, porém, não sou totalmente japonesa e, muito menos, amiga dele.

— Ah, t-tudo bem. — concordo tentando me manter séria.

— Eu vou buscar umas coisas na sala, pode se deitar se quiser.

Aceno com a cabeça, em seguida ele sai do quarto e eu aproveito para me deitar perto da beirada da cama, de costas para a porta. Não seria uma boa ideia ficar de cara pra ele.

Que vergonha!

Alguns minutos se passam e noto as luzes se apagarem, sinto a cama afundar ao meu lado, sinal de que ele se deitou, bem ao lado contrário do meu.