Sensei

Capítulo 14

Acordei agarrado a alguém. Abri os olhos e vi que era Eren, a pessoa que transmitia um calor tão bom.

Lembrei-me de tudo o que aconteceu ontem à noite, nesse momento, dei-me conta de que eu tinha falhado completamente na minha missão.

Desde que fiz a oferta de ajudá-lo a estudar que soube que tinha falhado. Amaldiçoei-me mentalmente.

Olhei para a sua cara adormecida e isso me relembrou todas as vezes que acordava ao seu lado, envolvendo sexo ou não.

Notei que ele dormia profundamente, isso me deu coragem para tocá-lo. Levei lentamente a minha mão até ao seu cabelo e fiz-lhe carinho, enquanto observava as suas expressões faciais. Mesmo sonolento ele pedia por mais. Sorri com aquele ato.

Desci a mão até à sua bochecha e acariciei-a. Eren começou a dar sinais de que iria acordar. Rapidamente, retirei dali a minha mão e virei-me de costas para ele.

Talvez assim, ele não viria que eu estava acordado.

Para minha surpresa, ele chegou-se até mim e abraçou-me. O meu rosto deve ter ficado vermelho com aquele ato. Eu podia sentir o membro dele contra mim.

Respirei fundo tentando me acalmar, mas não estava a ter um bom resultado. Imagens de nós a termos relações sexuais vieram, juntamente, com a sensação de tê-lo dentro de mim.

Eu já estava excitado só de me lembrar. Arrisquei levantar-me, mas isso só originou alguém me prendendo contra o colchão.

Eren Jaeger olhava-me com os olhos semicerrados, tinha as minhas mãos presas sobre a minha cabeça e ele tinha uma perna e cada lado da minha cintura.

O pior de tudo é que eu me lembrava de o que aquela posição significava para nós.

Estaria ele ainda a sonhar?

Ele aproximou-se do meu ouvido e disse:

-Eu imaginei que devias ficar bem debaixo de mim, só não sabia que ia ser tão perfeito.

Mesmo com perda de memórias ainda continuava a dizer disparates. Eu tinha de pará-lo ou a situação ficaria mal para nós os dois.

-Eren eu sou o teu Sensei e não podemos fazer isto-disse, esperando ele parar.

-Não é o que o teu corpo diz-disse ele lambendo os lábios.

Era impressão minha ou ele tinha ficado mais pervertido com a perda de memória.

Ele tinha razão, o meu corpo está claramente a pedir contacto com o dele. Se isto continuar não sei o que será de mim.

Eren dirigiu-se ao meu pescoço e atacou-o. Eu tentava com todas as minhas forças não soltar nenhum som indecente, mas era difícil tentar conter a minha voz.

-Ah Sensei o que eu faço contigo-disse dando uma risada nasal contra o meu nariz.

Aquilo me arrepiou.

-Não fazes absolutamente nada-consegui finalmente falar.

-Assim não mete piada nenhuma.

-Também n...

Fui calado com um beijo, ele e a sua mania de me beijar quando estou falar.

Como é que ele consegue ser assim se ele não possuiu nenhuma memória?

Assim que ele introduziu a língua no beijo eu deixei de raciocinar. Eren interrompeu o beijo tirou a minha camisa e atacou os meus mamilos como se fosse uma criança esfomeada.

A voz que eu tanto queria manter dentro de mim, quebrou as barreiras e libertou-se num grito.

-Eren porque...-comecei entre gemidos.

-Eu não sei desde que tu começas-te a tocar-me uma voz apareceu na minha cabeça e dizer para te tornar meu. O meu corpo assim o quis.

Lágrimas começaram a formar-se nos meus olhos, virei a cabeça de forma a esconder, mas ele viu.

-Sensei, gostaria de saber o porquê de ser assim triste-disse ele, enquanto me fazia olhar nos seus olhos.

Eu não podia deixar aquele tema de conversa continuar. Segurei o rosto de Eren com todo o cuidado do mundo e beijei-o da forma mais carinhosa e sentimental que consegui.

Ele ficou surpreso com o meu ato, contudo não deixou de corresponder.

O meu corpo estava em chamas apenas com os toques dele. Peguei na borda da camisola e tirei-a. Eu amo ver aquele corpo sem roupa. Ainda conectados pelo beijo, uso as minhas mãos para desapertar-lhe as calças.

Ele reparou o que eu queria. Quebramos o beijo e tiramos as restantes peças de roupa.

Eu iria-me arrepender, provavelmente, porém lidaria com as consequências depois.

Eu não necessitava de preparação, visto que eu já estava mais que pronto para ele.

Com uma simples penetração, Eren estava dentro de mim. Que saudades eu tinha de senti-lo de novo no interior do meu corpo.

Gemi de aprovação. Eren começou-se a mover ora rápido ora de vagar. Ele estava a ter cuidado para não me magoar.

-E...Eren podes i...ir mais de..depre...depressa-disse entre gemidos.

Ele assentiu e começou a mexer-se mais depressa. Estávamos quase a chegar ao fim, quando ele parou e trocou de posições. Agora eu estava em cima dele.

-Monta-me Levi, quero ver a tua cara enquanto o fazes-disse ele.

Com uma simples frase ele conseguiu fazer com que o meu corpo ficasse mais quente.

Maldito.

Naquela posição pode senti-lo mais profundamente dentro de mim. Naquele momento, eu já não controlava a minha voz nem as minhas feições faciais.

Eu pude ver a cara perversa que ele fazia. Eu provocara-lhe aquilo. Senti-me poderoso por tê-lo deixado daquela maneira. Os nossos corpos moviam-se como se fossem um.

Já ao tempo que não me sentia assim. Eren é fogo.

Após alguns movimentos de cima e baixo eu cheguei ao orgasmo. Depois de alguns segundos, foi a vez do Eren.

E agora?

Como seria daqui para frente?