Capítulo 7

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VHANT

- Fique calma, ranim*. - Sussurro no seu ouvido.

Ela parece ter chegado ao seu máximo.

- Eu estou cansada disso tudo, eu nem deveria estar aqui, então não sou obrigada a ouvir nada disso.

- Eu sei, eu sei.

Levo-a para fora para que se acalme.

- Se sente melhor?

Mandy respira fundo e evita me olhar nos olhos.

- Estou melhor.

- O que te deu?

- Nada.

Seguro seu queixo e a faço olhar para mim.

- Fiz algo de errado?

- Não.

- Está me evitando por Kisar?

- Ela me fez ver algo...

- O que?

- Você é um mulherengo.

Pesquisar a palavra mulherengo...
Não encontrada nas buscas.

- Não sei o que isso significa.

- E, não serei eu a te dizer o significado.

- Mandy...

- Mandy coisa nenhuma. Agora me diga.

- O que?

- O que diabos é ranim?

- Não vou te responder até me dizer o que significa mulherengo.

- Entendi, certo. Direitos iguais que fala, né?

- Parece que sim.

- Ah, faça-me o favor!

Ela tira seu sapato e joga em mim.

- Isso é tudo culpa sua! Sua e sua! - Grita.

Parece que a raiva dos humanos nunca acaba.

Me aproximo dela e seguro suas mãos com as minhas, então ela abaixa seu rosto e morde minha mão direita, o que me faz soltá-la.

- Você deveria ter me deixado onde encontrou, vou fazer com que se arrependa da decisão que tomou de me trazer com você.

Nunca.

Dou risada de sua coragem e força de vontade.

- Tá rindo de que? É masoquista por acaso?

Puxo sua mão, fazendo-a tropeçar em seus próprios pés e se agarrar a mim.

- Ora, seu...!

Calo sua boca com a minha, passo minha língua sobre seus lábios doce.

As fêmeas Vhartanianas odeiam esse tipo de atitude, tocar seus lábios com os de um macho ou qualquer que seja, mas sei que os terráqueos gostam disso. Posso entendê-los também.

Coloco a mão em sua cintura e a puxo ainda mais para mim, sua única reação é retribuir ao movimento que meus lábios fazem contra os seus e se segurar em minha camisa.
Quando me afasto, ela continua com seus olhos fechados e agarrada a mim, então apoia sua cabeça no meu peito.

- Isso foi golpe baixo.

Sorrio.

- Farei quantas vezes forem precisas para que me queira. - Sussurro no seu ouvido.

- Não ouse...!

Antes que possa voltar a me atacar, encurralo-a na parede e volto a colar nossos lábios, entrelaçando nossas línguas em uma dança envolvente.
Passo minhas mãos por suas coxas grossas e paro em sua cintura larga e macia, aperto-a.
Sinto suas mãos em minha nuca, apertando-a como se dependesse daquilo.

- Vão procurar um quarto! - Escuto a voz de Betty.

Afasto nossos lábios e me viro.

- Eu achando que você tava morrendo e eu encontro vocês...assim.

Ela resmunga algo e volta a entrar no dormitório das fêmeas humanas.

- Me solta. - Mandy fala tão baixo que quase não a escuto.

Volto meu olhar a ela.

- O que disse?

- Quero que me solte, Vhant.

- Isso...

- Por favor, me solta antes que eu te meta a mão na cara.

Faço o que ela "pede" e me afasto, então ela se afasta ainda mais e volta a entrar no dormitório.
Ficamos o resto do dia afastados, até que todos são alojados em quartos diferentes no andar de cima, e é aí que recebemos uma nova missão de Katara.

- Preciso que vocês venham o mais depressa possível para nave.

- Estarei chamando por todos e chegaremos aí em breve.

- Apenas seja rápido.

Desligo meu comunicador* e subo as escadas, chamo por todos os tripulantes que ali ficaram hospedados e nos juntamos na sala.

- Katara está nos chamando para mais uma missão, precisamos estar preparados para qualquer coisa.

Ranim: Uma flor de cheiro doce de Vhartan, muito difícil de ser encontrada.
Comunicador: Uma espécie de relógio no qual eles podem, assim como o nome diz, se comunicar a distância.

Alien de Vhartan - Trilogia EspaçoOnde histórias criam vida. Descubra agora