VHANT
Sinto seu cheiro doce muito próximo de mim, me fazendo despertar com sede de tê-la em meus braços.
Ao abrir meus olhos e me virar para o lado encontro com seu rosto que tem uma expressão serena.Ela está dormindo.
Sinto uma fisgada no meu braço e resmungo de dor.
Ela abre os olhos, alerta e demora algum tempo para perceber que já estou desperto.- Você acordou. Como se sente?
- Bem...? - Estranho sua atitude preocupada.
- Como você se feriu? Me diga a verdade.
- Eu me feri na missão.
Tento me sentar na maca, mas apenas um braço não me permite fazer isso.
Ela coloca seus braços de baixo dos meus e me ajuda a ficar sentado.- Melhor?
- Sim, obrigado.
- Eu gostaria que fosse sincero comigo, caso contrário serei obrigada a realmente quebrar o seu nariz perfeitinho.
- Aquele maldito puto me feriu com sua tjin, satisfeita? - Rosno apenas de me lembrar daquele maldito Yarten.
- Quem seria o "maldito puto" e sua tjin?
- Tjin, uma espada. Maldito puto, um Yarten do planeta Yart.
- Apelido legal, e ele te pegou de jeito com essa tjirin.
Me diverte sua forma errada de dizer tjin.
- Tjin.
- Foi o que eu disse. Certo, por que esse ódio todo, além de ser por ele quase ter cortado seu braço fora?
- Isso aqui é uma guerra, fêmea.
- Mandy, meu nome é Mandy, você diz fêmea e eu me sinto uma cadela.
Buscando significados para cadela... Cadela, igual a palavra Ragnar ou um Vhork fêmea terráqueo.
- Não estou te chamando de Ragnar.
- Ragnar?
- Qual seria a palavra? Ahn... Puta?
- Eu estou falando de um cachorro! Cachorro!
- Ah.
- Tudo esclarecido, agora me conte sobre essa tal guerra.
- Não pense que vou te envolver nisso.
- Me envolver? Eu estou atolada nisso tudo até a cabeça.
- Eu não entendi essa expressão.
- Esquece, quer dizer que eu já estou mais que envolvida.
- Como estão suas costelas?
- Não mude de assunto.
- Quero saber, diga-me como se sente.
- Estou me sentindo bem, na medida do possível, claro.
Ela parece se sentir desconfortável com suas próprias dores, mas continuava aqui.
- Venha aqui.
- Não.
- Venha. - Insisto.
- Me recuso.
Seguro seu braço e antes que possa reagir a puxo para mim, fazendo com que fique entre minhas pernas.
- O que pensa que está fazendo?
- Estou te dando apoio para que durma.
- Durmir?
- Durma.
Coloco a mão em sua cabeça e faço-a apoiar sua cabeça no meu peito.
Seu cheiro doce me deixa cada vez mais embriagado, então solto um rosnado involuntário por não poder tocá-la do modo que quero.
Ela se assusta, colocando as mãos nos meus braços e olhando nos meus olhos como se quisesse ter certeza de que tudo é real.- O-O que foi isso?
- Não consigo evitar, seu cheiro...
Ela se cheira.
- O que tem o meu cheiro? Parece tudo normal.
- É doce, muito doce.
- Quer saber? Quem precisa descansar? Talvez tenha algum livro por aí, não sei.
Ela tenta se afastar, mas eu a puxo novamente para mim.
- O que a assusta tanto?
- Eu não diria assustar... Mas seus olhos... Eles... Eles mudaram de cor, estão mais escuros...?
- Eu a desejo. - Sussurro no seu ouvido.
Suas pernas parecem ceder, então a seguro mais apertado em meus braços sem machucá-la.
- Vhant...
Passo minha boca pelo seu pescoço, sentindo-a se arrepiar.
Mandy fecha seus olhos e eu continuo a beijar seu pescoço, sentindo seu cheiro doce de canela.
Solto um rosnado e de repente ela coloca suas mãos em meu peito, me afastando.- Não.
Beijo sua bochecha, então Mandy coloca sua mão sobre minha boca para me impedir de continuar e eu a lambo.
- Argh! Pare com isso!
- Me deixe sentir seu corpo ao meu... - Rosno de desejo.
- Mais?
Coloco minha mão em sua cintura e uma eletricidade passa de seu corpo para o meu.
- P-Pare.
De repente ela força suas duas mãos no queixo e me afasta de si.
Sinto falta de seu calor e rosno de insatisfação.
Quando me dou conta ela já saiu da enfermaria.[...]
Atenção. Mantenham-se onde estão e se segurem, estamos pousando nesse exato momento no planeta Zuki.
Sinto a nave balançar um pouco e logo sei que a nave pousou.
Desço da maca e vou direção ao meu quarto, entro e encontro Mandy dormindo calmamente em minha cama.
Me sento ao seu lado e toco em seu ombro.- Mandy. - Chamo-a.
Ela se senta na cama e olha para mim, seu olhar é confuso.
- Pousamos.
- Terra? - Ela sorri.
- Não. Zuki.
- Como se eu soubesse onde estamos.
- Sinto muito, mas precisamos descer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Alien de Vhartan - Trilogia Espaço
Random#Livro 3 Mandy é uma leitora nata, ama um romance "diferentão" entre aliens e humanas, além de ser uma desenhista de HQs. Vhant é um guerreiro de Vhartan, sente muita curiosidade sobre os humanos. Mas nunca buscou saber muito sobre sobre os humanos...