Capítulo 18

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VHANT

- Tragam Yrsi para examinar Katara!

- Certo!

Os dois tripulantes correm em direção aos quartos.
Olho para Mandy do outro lado da sala sentada em uma cadeira com as costas apoiada na parede.

Ela continua ali desde que acordou.

Me aproximo, agacho na sua frente e observo seu pequeno rosto com uma expressão serena enquanto dorme.

- Ranim...

Com lentidão ela abre seus olhos e me encara.

- O que houve?

- Precisa ir para o quarto.

- Não vou sair até Katara acordar.

Yrsi entra na sala e coloca as luvas em suas mãos.

- Sabe que eu estava em meio ao treinamento quando me contratou para este trabalho, não sabe?

- Sim.

- Certo.

Ela coloca sua mãos sobre a cabeça de Katara procurando por um ferimento, então seus braços e suas pernas.

- Ela realmente não parece gravemente ferida. A razão pela qual dorme tanto é que seu corpo está tentando se curar. Não se preocupem, ela vai acordar a qual...

Katara resmunga algo e todos nós levantamos.
Seus olhos se abrem rapidamente e observa tudo a sua volta, como se não soubesse onde está.

- Como...? - Sua voz é apenas um sussurro.

Ela resmunga de dor e coloca a mão na cabeça.

- Vou pegar um pouco de água, fiquem de olho nela.

Ysir sai da sala.

- Como se sente, Katara? - Pergunta Mandy.

- Dor. Garganta se...ca.

- Consegue se lembrar o que aconteceu?

Ela fica em silêncio.

É como se estivesse avaliando toda a situação no qual está.

- Não.

Sinto seu tom de mentira.

- Tudo bem.

Mandy volta a se sentar do outro lado da sala, derrotada e cansada.

Ysir entra novamente com um copo de água e ajuda Katara a beber.

- A dor na cabeça continua?

- Sim, mas um pouco menos.

- Posso te passar um remédio apenas passado uma hora. Pode me explicar onde e como se machucou?

- Não me lembro. - Sua resposta é imediata.

Tem algo de muito estranho nessa história, mas algo ainda me diz que Katara não pode estar envolvida isso.

Suspiro e vou para perto de Mandy.

[...]

- Tem certeza de que é uma boa ideia ela já estar andando por aí de um lado para o outro?

- Você está parecendo uma cuidadora. Se acalme, Ranim.

- Estou tentando, mas a meia hora atrás ela estava desacordada.

- Ela é forte, não se preocupe. Vamos, deixe-me cuidar de você longe daqui.

- Tudo bem.

Seguro em sua mão e a levo para o quarto.

- Estamos sendo atacados com frequência. Quando vamos atacar?

- Não fazia parte do plano inicial, mas teremos que fazer isso em breve.

- Estava mais do que na hora. Vou chutar a bunda de cada um que me deixou nessa situação.

Escutamos o som estridente do alarme da nave.

- Então, chegou a hora.

- Oh, mágico, não achei que meus pedidos seriam atendidos tão prontamente. Ainda mais com essa dor do caramba nas cadeiras.

Dou risada de sua fala estranha.

Terráqueos...

- Vamos.

Corremos em direção às portas de trás da nave, juntamente com outros tripulantes, e as abrimos.
Seguro Mandy pelo macacão.

- Segure nas plataformas!

Assim ela o faz.

Subimos pelas plataformas ao lado da nave e quando chegamos ao topo nos deparamos com alguns dos Yartn andando sobre a nave.

- Não acham que andam causando muita confusão? - Rosno.

Eles correm na nossa direção, agarro o primeiro que vejo pelo pescoço, a nave vira e nos joga para dentro.
Aperto seu pescoço e rosno.

- Estou cansado de receber notícias sobre seu povo imundo atacando planetas inocentes.

- Ah...

- Quer falar?

Ele afirma com a cabeça.

- Mas eu não quero ouvir.

Puxo sua cabeça para o lado e escuto o "creck" em seguida.
Seu corpo já sem vida cai sobre o chão de metal da nave.

Com um soco acerto outro, mas ele se mantém no lugar.

Olho para o lado e vejo Mandy grudada a outro deles, segurando sua cabeça e com algo de metal apontado para sua cabeça.

Me viro novamente e acerto outro soco nele, que para se defender coloca a mão a frente do rosto.
Rosno e assustado ele vai para trás.

- Agora sente medo?

Ele tira algo de seu bolso, exatamente como o que Mandy segurava, e o joga na minha direção.
Desvio rapidamente, pego a pequena lâmina de metal e com passos lentos vou na sua direção.

- Você é fraco.

Seguro em sua roupa e então em seu pescoço, o levantando do chão.
Soco seu rosto várias vezes até ver que está inconsciente.

Ao me virar novamente, vejo todos encostados em algum lugar ou frente ao inimigo insconciente.

- Algum mais está vivo?

Todos negam.

- Esse ficará conosco, quero saber a razão pela qual atacaram nossa nave tantas vezes.

O puxo pela roupa por todo o corredor, sendo acompanhado por todos.

Eu esperava um número maior.
Talvez eles estivessem apenas avaliando se íamos mesmo atacar.
Mas isso acaba aqui.

- Levem ele para outra sala.

Entrego ele nas mãos de outros tripulantes.
Mandy se aproximo ainda com o objeto em sua mão e me encara por um tempo.

- O que pensa em fazer?

- Daremos um fim nisso.

- Nisso?

- Se for preciso, vou acabar com todo esse povo que traz o sofrimento a outros.

- Eu não sei muito sobre o que está acontecendo, mas estou confiando em vocês. Espero mesmo que isso seja o certo a se fazer.

- Será.

Eu deveria ter feito isso antes, mas essa decisão não é tão fácil de ser tomada quanto parece.

Passando aqui só pra avisar que estamos na reta final desse livro.

Alien de Vhartan - Trilogia EspaçoOnde histórias criam vida. Descubra agora