Capítulo 22

2.4K 269 2
                                    

MANDY

MANDY

- Mamãe... - Kala chama por Betty.

Betty dá um passo a direção dos dois e o mesmo rosna.

- Não vou avisar novamente, Rag*.

Então ela se mantém parada a uma boa distância dos dois, sem mexer um músculo.

- O que quer com minha filha?

- Acha que eu simplesmente contaria? Que seria tão fácil essa informação?

- E você acha que seria tão fácil tirar minha filha daqui? - Sua voz sai irritada. - Use seus neurônios e pense melhor.

Vejo pelo canto do olho Abbi pegar outra coisa.

- Nem pense nisso, sua coisinha insignificante e fedorenta! - Ele olha para ela, mas logo se vira para Betty.

Fico em posição de ataque.
Ele passa sua mão no rosto de Kala e Betty rosna quase como Vhant faz.

- O que pensa que está fazendo!?

- Isso te irrita, humana?

Com toda a distração, Kala morde a mão dele e o mesmo solta um grito de dor, se afastando dela, mas logo a puxa pelo cabelo novamente.

- Sua coisinha imunda! - Rosna.

Ele levanta sua mão e Betty pula na sua direção, atingindo sua mão com a tjin e a mesma rola pela chão, com o sangue gosmento escorrendo pelo chão.
Kala consegue se solta, corre então em direção a Airun, assim como Abbi.

Ele pega uma pequena adaga cheia de ondas da cintura e a segura com firmeza com a outra mão.

- O que queria com ela?

- Nem morto eu diria.

- É isso mesmo que prefere?

- Exato.

- Então, faço de seu desejo uma ordem. - Betty ergue sua tjin novamente.

Seguro seu braço e ela para.

- Não pode matar ele assim tão facilmente e ficar sem respostas, pense melhor.

- Parem de desavenças e venham para a morte.

- Esse porco magrelo se acha o tal. - Betty resmunga.

Betty empunha a tjin corretamente e tenta atingi-lo, mas antes que o faça ele bate a adaga na mesma.
Os dois se encaram, ela com um olhar de ódio e ele com um sorriso presunçoso no rosto.

- Eu odeio tipos como você. - Betty rosna.

- E eu adoro dominar o seu tipo. - Ele lambe os lábios.

Betty chuta sua barriga e ele vai para trás, sendo pego de surpresa, então ele tenta se equilibrar e vai na direção dela novamente.
Os dois batem suas armas uma contra a outra, ele tenta alcançar seu corpo para puxá-la, mas Betty é mais rápida e dá um chute em sua mão.

- Nem pense nisso.

Ele a acerta um soco em seu braço, ela vai para o lado e ele a segue.
Dou um passo na direção dos dois e Betty protesta.

- Fique onde está, esse assunto diz respeito à mim e minha filha.

- Certo, mas se lembre de que não deve matá-lo.

Ela faz um movimento e ele a segue para lhe acertar, mas ela o puxa e o acerta com a ponta da tjin, e se afasta com um olhar de ódio quando ele cai desacordado no chão.

Talvez ela tenha pensado melhor.

Me viro para os tripulantes.

- Dêem uma olhada pelo dormitório, pode haver mais algum por aí.

Eles prontamente somem no corredor.

- Tem uma corda em algum lugar?

- Talvez nos armários da cozinha. - Responde Betty.

- Da cozinha?

- Nem me pergunte.

Betty verifica a mulher desmaiada e Airun.

Saio do quarto e vou até a cozinha, pegando uma pequena corda.
Volto para o andar de cima e o amarro fortemente.

[...]

As portas da frente se abrem novamente, revelando toda a tripulação.

Não havia me dado conta antes pela correria, mas Katara não esteve conosco em nenhum momento.

Assim que avisto Vhant me aproximo.

- Você está bem? Viu Katara em algum lugar?

Vhant sorri e aponto para algo atrás dele, sigo seu dedo e encontro Katara com outra mulher, mas não uma de seu planeta e sim uma humana.

- Está estava com vocês?

- A encontramos se escondendo entre nós e quando íamos mandá-la de volta fomos atacados.

- É uma teimosa mesmo.

Quando vou me dirigir até onde Katara está Vhant me puxa pela cintura.

- Deixe, ela está em seu momento agora e não devemos interromper. Sem contar que não estar na batalha, por mais perigoso que fosse para sua saúde, significaria para ela que já não é uma boa Capitã.

- Isso é um verdadeiro absurdo.

- Se trata de honra e para nós é uma honra proteger nosso povo.

- Não somos seu povo.

- Está errada.

- Estou?

- Claro. Olhe a sua volta. - Faço o que ele diz e todos parecem estar conversando com as mulheres ou com seus amigos. - Somos todos um só, independentemente de onde viemos.

- Entendo o que diz.

- Agora, vamos para casa.

- Como? Você acabou de voltar.

- A quero em minha casa, na minha cama.

Sinto minha bochechas queimarem.

Olho para seus braços com alguns cortes.

- E seus ferimentos?

- Isso pode esperar.

Rag: Derivado de Ragnar*.
Ragnar: Significa "puta".

Só pra não ficar confuso, Kala chamou Betty de "mamãe" pois ela tem aprendido nossa língua com Betty, já que algumas palavras são bem diferentes.
E, sim, esse é o último capítulo, mas ainda temos o epílogo.

Alien de Vhartan - Trilogia EspaçoOnde histórias criam vida. Descubra agora