Alien de Vhartan - Trilogia Espaço

Capítulo 19

MANDY

Vhant tem estado calado e observador desde que decidimos atacar.

Não sei exatamente qual será sua próxima ação, mas isso parece estar mexendo com ele.

Giro a pequena faca na ponta dos dedos.

Tenho a impressão de já tê-la visto antes. Mas...onde?

- Bobagem.

- Falando sozinha?

Me viro para Katara.

- Ah, pois é, sou meio maluca.

Dou uma risada baixa e volto a olhar para a faca.

- Sobre o que está pensando?

- Tenho a impressão de já ter visto isso antes, mas penso que deve ser coisa da minha cabeça.

- Se parece com isso.

Ela tira algo do bolso, uma pequena faca e muito parecida com essa.

- Eram nossas, apenas diferentes. São mais resistentes essas aí.

- O que fazia com eles?

- Nossas cargas foram roubadas a alguns meses enquanto transportados por outra de nossas naves. Obviamente foram eles.

- Desde quando tudo isso começou? Qual o motivo para tudo isso?

- Começou desde que as humanas foram aceitas como seres com direitos em todos os planetas, eles foram contrários à isso devido a suas altas vendas de terráqueos.

- Que coisa horrível.

- É o que pensamos. Eles tiveram raiva por isso, mas passaram a atacar meu planeta depois de outros pequenos e incapazes de se defender dos ataques. Mataram milhares de seres inocentes, povos já relativamente pequenos. Até que vieram atrás de nós, e era o óbvio já que fomos os primeiros a criar leis que as protegiam.

- Por que não os atacaram antes?

- Não sabíamos qual dos povos estava atacando no primeiro momento, outra que eles pararam por um tempo e então voltaram a atacar com força total a pouco tempo. Como eles atacavam planetas ainda pequenos, dificilmente tínhamos noção disso, até que nos atacaram.

- E eu que pensei que estavam atacando apenas vocês.

- Isso é algo muito maior. Eles precisam ser parados.

- Sim. - Sussurro.

[...]

Desço da nave com a ajuda de Vhant devido a altura em que estamos.

- Tinha mesmo que parar nesse lugar?

- Eles nos passaram as coordenadas da localização de sua nave usada para invasões e tudo nos traz até aqui, mas estamos seguros por ser um planeta isolado dos outros.

- Corro o risco de cair daqui e quebrar meu pescoço. Acha isso seguro?

Ele ri e me coloca no chão.

- Se apoie como puder, estou logo atrás de você e não vou deixar que caia.

- Como isso me alivia. Oh!

Minha bota desliza na terra seca e com rapidez me agarro a primeira grande pedra que vejo.

- Você disse que não ia me deixar cair!

Sinto sua mão na parte de trás do meu macacão e um puxão, então estou em seus braços.

Eu odeio altura, eu odeio altura.