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☑️ Revisado

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BENJAMIM

Assim que eu a vi entrando decidi que era melhor me afastar dela. Eu estava começando a sentir algum sentimento por ela. Ao qual nunca senti por ninguém. Principalmente por uma funcionária. Eu deveria tê-la mandado ir embora quando terminamos o sexo, mas algo em mim parecia mais forte.

Eu posso estar sendo um canalha. Mas eu preciso me afastar dessa mulher.

Enquanto ela fala eu decido tratá-la com indiferença. Escuto apenas o que ela diz e mexo em meu computador não fazendo nada, mas se eu olhasse para ela ou para seu corpo, eu não responderia por mim.

Ela sai da sala e é impossível continuar a não encara-la antes. Ela pode até não demonstrar mas está com ódio. E é impossível eu não ter bons pensamentos do que tivemos em minha casa.

Ela com essa roupa elegante é de matar qualquer um, esse bumbum grade completa em tudo seu corpo escultural. Da vontade de pega-la e fode-la até cansarmos.

Caralho! Estou duro só de pensar no que tivemos, virei um adolescente virgem agora?! Mas tenho  certeza que foi o melhor sexo da minha vida.

O dia passou como um borrão, apenas fui cumprindo minha agenda diária e converso com Heitor. E agora ele estava aqui na minha frente, relaxado e tomando seu whisky

Cara, você não sabe tratar uma mulher, como você pôde fazer isso com Alessandra. Qual o teu problema? Mulher gostosa pra caralho, inteligente, elegante...

— Eu sei tudo o que ela é! — falo de forma raivosa por ele estar dizendo todos os seus dotes com de uma forma carinhosa que eu não sei identificar qual. — Mas eu sou assim com todas. E não seria com minha funcionária. — declaro tomando o meu último gole de whisky. Minha voz sai vacilante e eu já não tenho tanta certeza do que eh falei.

— Sabe o que eu acho, Benjamim?! Que você não está concordando com suas palavras. Aquela mulher te amarrou, tenho certeza. — fala seriamente, o que me faz perceber que ele não está brincando.

Eu tinha certeza que aquilo não era verdade, nenhuma mulher me amarraria. Decidi mudar de assunto logo e voltar o assunto para o processo que a empresa fez contra uma loja que vendia peças exclusivas para nós.

— Vou para uma boate, barzinho, talvez. Você quer ir? — pergunta já abrindo o trinco da porta e saímos por ela.

— Eu não... — não dá tempo de terminar e logo vejo Alessandra procurando algo na bolsa de forma concentrada.

— Boa noite, ma belle. — diz Heitor com seu sotaque francês e brincadeira que ela já estava acostumada pela convivência de muitos anos. — Linda como sempre.

— E você, como sempre, perturbando o resto de noite que eu tenho. — diz tirando a chave e o celular da bolsa. Até que nossos olhares sem encontram, porém ela logo desvia.

— A gatinha está selvagem hoje. Posso ajudar a terminar sua noite muito bem. — filho da puta tá se oferendo para transar com ela? dá um abraço nela, já tão característico quando eles se encontram. — Está bem?

— Nos vemos depois. — despede-se com um sorriso pequeno.

— Acho que vamos para o mesmo lugar. — Heitor diz tramando algo.

Ela responde em concordância e logo se retira, pedindo o elevador, fica lá esperando e é o tempo em que eu e Heitor saímos também, ela já sabia, então segurou a porta para que nós entrássemos também.

— Ela tá muito puta contigo. — fala só para eu escutar a caminho do elevador.

Vejo ela nos olhar e depois desviar novamente seu olhar para o celular. Entramos no elevador e logo sinto o cheiro tão característico dela. Esse perfume de flores mais ao mesmo tempo forte e marcante, que combina muito com ela, ela não é suave ela é autêntica, e é uma mulher forte igual a sua personalidade.

No elevador fico à sua direita perto dos painéis e Heitor a sua esquerda.

Observo ela digitando mensagens e sorrindo animada. Algo que ruim tomou conta dos meus pensamentos, eu vejo que ela fala com um tal de Taylor.

— Algum namorado novo, Srta. Alessandra? — pergunto sarcástico não conseguindo conter minha pergunta.

Heitor me olha como se eu estivesse louco. Ela sobe o olhar para mim e eu logo vejo o quão mal eu a fiz. O quão homem escroto eu fui.

— Não lhe diz respeito, Sr. Cavill, visto que estamos falando sobre minha vida pessoal e não sobre trabalho. — responde elegantemente e me deixando com fumaça nos olhos.

Heitor apenas finge uma tosse e logo o elevador  para. Seguimos a mesma direção, com Alessandra na frente. Olho de soslaio para Heitor e o vejo olhando para a bunda da minha mulher. Dou uma batida na cabeça dele e logo ele percebe.

— Calma, porra! — passa a mão na cabeça para poder amenizar a dor. Da próxima vez eu arranco as bolas dele. Desgraçado.

Vejo Alessandra ir ao seu carro e logo dar partida. Eu e Heitor entramos no nosso, respectivamente e logo damos partida também.

•••

Os dias passaram-se rapidamente. Alessandra e eu estávamos do mesmo jeito, ela me
tratando com frieza e profissionalismo e eu tratando-a como sempre.

Agora eu já estava no meu avião com destino a Espanha. É um lindo país, já estive lá muitas vezes, porém nunca à diversão, sempre à trabalho.

Não consegui dormir à noite, então tiro esse tempo para me acomodar em um quarto que tenho no avião. Meus planos parecem não sair à risca quando uma certo pessoa me liga.

— Diga. — tiro meus sapatos e minha blusa colocando-os em qualquer lugar.

— Senhon Cavill, desculpe incomoda-lo, mas o senhor esqueceu sua pasta com os documentos da empresa. Enviei todos para seu e-mail. — só de escutar essa voz já me dá tesão, essa mulher está me deixando louco. Outro motivo por eu não saber o que fazer e tentar me afastar dela acho que seria a melhor opção.

— Obrigado. — digo com a voz rouca de desejo. Pigarreio.

— Apenas meu trabalho. — diz amarga desligando o celular em seguida.

Quando percebo eu acabo dormindo e acordando apenas com a aeromoça me chamando. Ela me olha sugestiva para meu peitoral que está nu.

— Diga. — digo ainda sem dar importância para a loira siliconada.

— Nós iremos pousar, senhor. — sua voz melosa e sugestiva me dão ânsia.

— Pode ir. — obrigo meus olhos a se abrirem e não vejo mais a mulher quando os abro.

Pego minha blusa que fica no guarda-roupa e logo à ponho, depois os sapatos. Não tomo banho, visto que preciso passar no hotel ao qual estou hospedado antes.

Desço do avião e vou direto para o Sedan luxuoso que me esperava junto com meus seguranças.

A semana passou muito lenta. Eu não aguentava mais ficar na Espanha, nunca me foi tão inconveniente ficar neste país. Eu precisava ver, ouvir sobre a Alessandra.

Quando ela me ligava para resolver algo pendente eu ficava com vontade de dizer diversas coisas para ela sobre o que eu estou sentindo.

Talvez eu de nos dar uma chance. Isto é, se ela ainda quiser, eu já fui tão cafajestes com ela.

Porra! — falo socando a mesa e rebolando o copo de Wisk no chão.

Hoje era meu último dia aqui, ainda bem. Eu estava bebendo e vendo a noite lá fora. Estava começando a ficar com sono me jogando na cama logo em seguida sentindo o efeito do álcool sobre mim.

Acordei e logo fui ao meu ponto de embarque. Fiz algumas ligações dizendo que havia dado tudo certo perfeitamente na conferência.

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Meu Chefe Tatuado Onde histórias criam vida. Descubra agora